O Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA) confirmou hoje a identificação da variante Delta do novo coronavírus na Madeira.

O INSA aponta que na Região esta variante, associada inicialmente à Índia, apresenta uma frequência relativa na amostragem nacional de junho de 13,2%. A variante Alpha continua a ser a variante predominante na Região no mês de junho (69,8%), seguida da variante Gamma (11,3%). Em menor frequência nesta amostragem do mês que agora finda, foram detetadas também a variante Beta (3,8%) e outras (1,9%).

O INSA analisou até à data 9.846 sequências do genoma do novo coronavírus SARS-CoV-2, obtidas de amostras colhidas em mais de 100 laboratórios/hospitais/instituições representando 284 concelhos. No âmbito da vigilância genómica, foram obtidas 1087 sequências da amostragem nacional de Junho de 2021, a qual incidiu nos dias 2 a 15 de Junho (amostragem ainda em fase de finalização). Esta amostragem envolveu laboratórios distribuídos pelos 18 Distritos de Portugal continental e pelas Regiões Autónomas dos Açores e da Madeira, abrangendo um total de 131 concelhos.

Face aos resultados laboratoriais obtidos, este instituto dá conta de uma subida galopante da variante Delta na frequência relativa a nível nacional, ao ter apresentado um aumento de de 4.0% (amostragem de Maio) para 55.6% (amostragem de Junho).

“No entanto, é de destacar que a sua distribuição é ainda muito heterogénea entre regiões, variando entre 3.2% (Açores) e 94.5% (Alentejo) (Tabela 1 e 2; Figura 2). Tendo em conta a tendência observada entre Maio e Junho, é expectável que esta variante se torne dominante em todo território nacional durante as próximas semanas”, aponta este instituto, acrescentando ainda ter detetado 46 sequências (de um total de 766) da variante Delta que apresentam a mutação adicional K417N na proteína Spike.

“No entanto, cerca de 50% destes casos restringem-se a apenas duas cadeias de transmissão de âmbito local, sugerindo que a sua circulação comunitária é ainda limitada. A frequência relativa deste perfil (Delta+K417N) na amostragem nacional de Junho é de 2.3%”, ressalva.

Por sua vez, a frequência relativa das variantes Beta (B.1.351) e Gamma (P.1) mantém-se baixa, sem tendência crescente nas últimas amostragens. “Em particular, destaca-se que a variante Beta foi detetada a uma frequência de 0.1% e em apenas duas regiões (Lisboa e Vale do Tejo e Região Autónoma da Madeira)”, acrescenta o INSA.

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