Sentar-se na praça do ‘Armazém’, absorvendo toda a luz e tranquilidade do espaço habilmente idealizado pelo arquiteto Paulo David é uma experiência que vale a pena e está ao alcance de todos os madeirenses.
A decoração minimalista com retoques de vintage, harmoniosa, delicada, mas cheia de personalidade é a imagem do projeto que pretende valorizar conceitos como a Família, a Memória, o Ambiente e, enfim, a energia positiva tão própria da nossa ilha.
Reabilitar este prédio que já foi oficina de automóveis, armazém de víveres e supermercado não foi tarefa fácil. “Tivemos muitas surpresas durante toda a obra. Na primeira limpeza da casa descobrimos inclusive que houve aqui um incêndio – por debaixo do soalho estava tudo queimado – e naturalmente que esses percalços complicam todo o processo de reabilitação”, conta Francisco Costa.
O administrador do Armazém do Mercado adianta que houve sempre a intenção de preservar a memória daquele imóvel cuja história está intrinsecamente ligada a todos os funchalenses. E também por isso, justificou-se receber naquele edifício o Museu de Brinquedo, um espaço de recordação, com autênticos ‘brinquedos relíquia’ – pequenas réplicas de automóveis antigos, coleções militares, bonecos Star Wars, Iron Man, Power Rangers e muito mais – distribuídos por várias salas.
Em Dezembro do ano passado, o Armazém abriu finalmente ao público. A ideia que surgiu durante uma viagem a Londres ganhou corpo e tem cativado cada vez mais pessoas. Para tornar todo o espaço mais agradável, Francisco Costa decidiu reduzir a área de construção, “deixar o prédio respirar” e criar a praça do Armazém, onde decorrem agora diversos eventos e onde se localiza a esplanada de um dos cafés ali residentes.
Bem perto do Mercado dos Lavradores, o que se pode encontrar no Armazém são diversas lojas inovadoras com conceitos próprios e produtos diferenciados. É um espaço que alia a componente comercial a uma vertente cultural e de lazer. As lojas estão dispostas em formato de quiosques e em ‘open space’ apresentando produtos de design, artesanais, edições limitadas e brinquedos. Desde roupa de bebé a souvenirs, a condição ‘sine qua non’ para permanecer neste projeto é, frisa Francisco Costa, a qualidade dos produtos e a inovação dos mesmos.
O projeto gerido por Francisco favorece também a cultura da consciência ambiental, privilegiando eventos dessa natureza a exemplo do mercadinho dos produtos bio, aos fins-de-semana, e da exposição “Ser Eco Compatível” que alertou, este fim-de-semana, para o perigo que algumas práticas humanas representam para a natureza e biodiversidade madeirense.
A Casa conta ainda com projetos como o atelier Gatafunhos, uma para eventos e o Mini Clube AM, um espaço para atividades de crianças e festas de aniversário. Num só espaço, um verdadeiro Armazém de atividades para a família.