O Dia do Pai está à porta e não há nada como planear esta efeméride tão especial. Por vezes, são as coisas mais simples as que perduram nas nossas memórias. Por isso, sugerimos um passeio à lindíssima freguesia dos Prazeres e à quinta pedagógica ali implementada. Apenas por um euro, deambule entre a natureza, alimente os animais, espreguice-se ao sol e, acima de tudo, fortaleça os laços com a sua família. Vale a pena, nós dizemos que sim!
Já lá vão 15 anos desde que o padre Rui Sousa decidiu implementar, nos Prazeres, um projeto de sensibilização e valorização do meio rural. Assim nasceu a Quinta Pedagógica circundada por flores e animais das mais variadas espécies.
Passando o grande portão de ferro pintado de verde, a calçada em pedra negra – ladeada de hortênsias, ou em bom madeirense bonitos ‘novelos’ – encaminha-nos até ao café, onde se dá o primeiro contato com os maravilhosos produtos caseiros desta terra. Sabia que o doce de papaia e laranja produzido pela Quinta Pedagógica dos Prazeres ganhou, em 2014, uma medalha de ouro num concurso nacionais de ‘Doces de Fruta’?
O modo de produção, as receitas e o uso dos ingredientes genuínos que permitem manter a tipicidade destes doces tradicionais foram os grandes argumentos para atribuição desta medal
ha à Quinta que foi agraciada com prata na categoria de doces de base tradicional, com a banana da Madeira seca.
A casa de chá um espaço simples, convida-nos a uma paragem mesmo antes de iniciarmos o nosso passeio pela Quinta. Agora que começam os dias solarengos, o que mais apetece é deixar-nos sentados, convencidos pelo morno do sol primaveril, mas a criançada não pensa o mesmo. É hora de seguir, em romaria, pelos vários espaços que nos mostram animais diversos. São Emas, lamas, tartarugas, gansos, faisões, pombos… uma oportunidade para os meninos contactarem com uma grande variedade de espécies no seu habitat natural.
Das minhocas para compostagem, à flora madeirense e à compota premiada com ouro
No interior da quinta, os animais mais exóticos conquistam a atenção dos mais pequenos, mas a flora regional, as plantas típicas da nossa ilha, são outro dos grandes atrativos, assim como o espaço direccionado para a compostagem, onde as crianças podem observar minhocas no seu ambiente mais natural.
À entrada, recebemos um saco com milho para distribuir pelos bichos e que ninguém estranhe se o mesmo aparecer espalhado no recinto destinado ao porco ou às vacas. É que as crianças não descriminam, na hora de alimentar os animais. 
Apesar da magia deste espaço, a verdade é que as dificuldades financeiras não são alheias a esta fantástica quinta, pelo que o euro pago à entrada acaba por ser uma pequena contribuição para a sobrevivência do projeto do padre Rui Sousa.
Ao longo do ano, a Quinta desenvolve também uma série de atividades direccionadas para a natureza e para o ambiente – entre elas as festas da Bênção dos Animais, do Leilão dos Galos, da Mostra da Debulha do Trigo e da Sidra – que permitem recolher alguns fundos. Assim sendo, o Dia do Pai pode ser mais uma oportunidade para apoiar este projeto que, além de benemérito, tem uma importante acção pedagógica e de preservação dos doces e produtos típicos da Madeira.
