Ser melhor…

Ser melhor…

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Pedro Mota / Vice-presidente do CD Nacional

Costumo falar sempre na aposta em qualidade e não em quantidade quando falo do Nacional, porque na minha ideia o Nacional deve querer sempre ser melhor e não maior. Em todas as modalidades desportivas que tem, o Nacional procura ser o Melhor (e tem conseguido!).

Este assunto acaba por ter correspondência directa com a sociedade em geral e com a existência de cada um em particular. Andamos preocupados com o quotidiano e esquecemos que o nosso tempo é finito. Por isso devemos tentar ser melhores. Em tudo: com os outros, com os amigos, nos trabalhos que temos, etc.

Eu acho (tenho quase a certeza) que quando morremos aparece um senhor pequeno com 1 caderninho (daqueles dossiers com uma parte de metal em cima) e pergunta:

“O que é que fizeste pelos outros?”

Penso que só isso releva (e para isso também contribuirá – espero! – o trabalho realizado no Nacional).

Acredito que alguns poderão responder: “Ah sabe, eu apostei na minha carreira!”.

Nessa altura, o senhor pequeno começa a crescer até ficar muito maior que qualquer um de nós e diz:

“Carreira?! O que é isso?”

E começam a passar uns “slides” com momentos em que ajudámos (ou não ajudámos) os outros.

Ele começa a explicar devagar:

“Tás a ver? Quando partiste aquele vaso da avó e a tua irmã é que levou com o vime!”

“Olha esta aqui aos 17 anos quando deixaste o teu amigo meio bêbado para tentar namorar com esta amiguinha”;

“Vá lá que compensaste quando ajudaste o velhinho a acartar o cesto de pão e/ou deste boleia à senhora que vinha com uns sacos pesados”

“Pedrinho, isto tá tudo escrito e não falta informação alguma. Aqui não há contra informação, engano e/ou bilhardice”

“Pronto: resumindo e baralhando até nem tiveste muito mal. Vais ali umas 3 semanas ao purgatório expiar esses vícios e depois a gente arranja aqui um lugar”.

Meus senhores, (os que ainda estão com pachorra para ler isto) andamos por aqui pouco tempo e nesse tempo devemos ajudar os outros e procurar a Verdade e a Justiça. Nada melhor que viver os exemplos de outros que conseguiram isso.

Esta é a minha pequena e sentida homenagem ao Tolentino Nóbrega, a quem o Clube deve muito porque fez com que o Nacional (e quem o dirigia) fosse e quisesse ser Melhor.