“São candidatos a campeões do Mundo e a conseguirem uma medalha olímpica”
O título de vice-campeão europeu de canoagem conquistado pelo madeirense David Fernandes na distância de 1000 metros em K4 foi um dos pontos altos da última semana. O AgoraMadeira falou com o coordenador da modalidade no Clube Naval do Funchal sobre mais este bom resultado para a modalidade.
David Fernandes é treinado pelo selecionador nacional mas o dia-a-dia do canoista é acompanhado bem de perto por Humberto Fernandes, coordenador da modalidade no Clube Naval do Funchal.
“Este ano, o nível competitivo está mais forte do que nunca porque é ano de Jogos Olímpicos, mas não tenho dúvidas que o K4 tem grandes condições futuras. Ele são candidatos a campeões do Mundo e a conseguirem uma medalha olímpica. É claro que a este nível, tão forte, o mínimo erro pode ser fatal, por isso eles terão sempre de estar no máximo das suas capacidades”, analisa o técnico em declarações ao AgoraMadeira
Humberto Fernandes destaca a importância de o K4 manter o ritmo na Taça do Mundo que se realiza já no próximo dia 15 em Portugal, competição à qual se segue os Jogos Europeus no Azerbaijão, de 14 a 16 de Junho.
O passaporte para os próximos olímpicos terá de ser conseguido no Campeonato do Mundo que se realiza em Agosto. “Os oito primeiros no Mundial têm presença garantida nas olimpíadas”, lembra o técnico que espera que o título de vice-campeão europeu sirva de alerta para o novo Governo Regional.
“Que esta seja mais uma chamada de atenção para quem manda no desporto porque temos atletas de alto nível e não temos condições na Madeira para treinar. E o David está neste momento a treinar na Madeira. Há uma política fraca de apoio às atividades náuticas, até porque atletas destes vão aparecer muito raramente. Terá de haver uma reestruturação de apoios!”, avisa. Humberto Fernandes nota que a canoagem está acrescer muito em Portugal e que “a Madeira está a perder o comboio.”
A UM TRIZ DO TÍTULO
O K4 1.000 composto pelo madeirense David Fernandes, Fernando Pimenta, João Ribeiro e Emanuel Silva mostrou estar na forma habitual – em oito competições ao longo dos anos, foi a sete pódios – e só perdeu para a República Checa, que ‘roubou’ aos portugueses o título mundial em Moscovo em 2014 e agora, em casa, voltou a ser um pouco mais forte.
O quarteto tem composto a tripulação portuguesa claramente mais consistente em termos de resultados internacionais e ontem falhou o ouro por apenas 872 milésimos de segundo, depois de 2.58,152 de prova: o bronze foi para a Espanha.
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