A Estação Salva-Vidas do Porto Moniz acaba de revelar os dados relacionados com a atividade do ano passado:
18: pessoas que caíram ou foram arrastadas pelo mar;
14: sobreviventes. 8 foram resgatadas pela embarcação salva-vidas afeta à Estação, o Atlântico 1. As restantes 6 saíram pelos seus próprios meios ou foram auxiliadas por populares para o regresso a terra, mobilizando-se a embarcação para garantir o encerramento da ocorrência;
4: óbitos. Ensombram a estatística de um ano em que a causa principal de acidente prende-se com a vontade de se captar fotografia ignorando-se cartazes, fitas de perigo e conselhos de pessoas presentes no local;
3: vítimas que foram arrastadas ao mesmo tempo e recolhidas pela embarcação salva-vidas;
2: populares que arriscaram a sua própria vida para garantir a segurança de outra pessoa e que aguardaram ao largo, agarrados a uma bóia circular, o resgate por parte da embarcação salva-vidas;
Nacionalidades:
Espanhola
Inglesa
Lituana
Alemã
Polaca
Americana
Portuguesa
Idades:
21 – a vítima mais nova
60 – a vítima mais velha
Locais:
Piscina Natural do Seixal
Ribeira da Lage
Cais do Seixal
Cais de São Jorge
«Acompanhamos com séria preocupação a exposição voluntária de cidadãos, maioritariamente estrangeiros, a riscos junto da orla costeira em dias com alertas de agitação marítima em vigor. A causa para estas ocorrências, pelas palavras das próprias vítimas ou pelas dos acompanhantes quando o desfecho é fatal, já se tornou repetitiva: “uma fotografia”.
A estreita colaboração entre o SANAS Madeira e o Sub-Centro de Busca e Salvamento Marítimo do Funchal (MRSC Funchal) permite-nos garantir dos mais baixos tempos de resposta operacional mas, quando as pessoas estão dispostas a colocar em risco a sua própria vida para recriar uma fotografia, acabamos a colocar em risco operacionais e equipamentos por ações inconcebíveis que tendem a ocorrer em dias com alertas de agitação marítima em vigor.
Estamos, internamente e com outras entidades, a estudar opções para se diminuir o número de ocorrências deste género. O facto dos cidadãos ignorarem avisos e fitas sinalizadoras acaba criando um desafio acrescido mas estão a ser ponderadas diversas atuações para se reduzir ou mesmo extinguir este tipo de fatalidades na Região Autónoma da Madeira», adianta o Comandante Operacional, Ângelo Abreu, num comunicado enviado às redações.