Difícil resgate a praticante de canyoning durou quase um dia e envolveu...

Difícil resgate a praticante de canyoning durou quase um dia e envolveu 20 bombeiros

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O acidente aconteceu por volta das 12 horas desta sexta feira: um atleta espanhol que participava no Encontro Internacional de Canyoning partiu uma perna, depois de ter caído numa ribeira. A partir daqui, todo o processo de resgate do homem demorou quase um dia, numa mega-operação que envolveu os Bombeiros Voluntários da Calheta, os Bombeiros Voluntários de São Vicente e Porto Moniz e os Bombeiros Voluntários Madeirenses. Foram 20 os bombeiros envolvidos e um tremendo esforço que apesar de ter contado com alguns percalços pelo caminho acabou por ter um final feliz.

No local esteve o chefe de serviço dos Bombeiros Voluntários de São Vicente e Porto Moniz que falou ao AgoraMadeira sobre toda a operação. Assim, depois do atleta espanhol ter partido a perna, os colegas que se encontravam com ele terão tentado entrar em contacto para pedir ajuda mas o sítio em causa não tinha rede telemóvel. Assim, segundo o responsável, pegaram eles próprios no colega e terão conseguido levá-lo para a Levada da Rocha Vermelha.

18.20 de sexta feira foi a hora do alerta para o 112

Foi então, a partir daqui, que o Serviço Regional de Proteção Civil foi requisitado. Eram 18.20 horas. Seguiram de imediato para o local os Bombeiros Voluntários da Calheta que destacaram oito elementos da Equipa de Resgate em Montanha.

Num sítio de difícil acesso, com grandes desníveis, poucas protecções e com alguns abismos a atingirem os 200 metros de altura, o resgate ficou desde logo mais complicado quando a noite caiu. Mas o que obrigou a chamada de reforços foi o facto de três mulheres do grupo que se encontrava com o turista ferido terem elas próprias entrado em hipotermia, o que obrigou a que três dos oito bombeiros presentes tivessem abandonado o local com as atletas em dificuldades.

Às 2 horas da madrugada, entram então em cena os Bombeiros Voluntários de São Vicente e Porto Moniz. Mas já com outra missão em mãos: levar mantimentos, agasalhos e bebidas quentes a dois bombeiros da Calheta que, entretanto, também estavam em hipotermia.

“Saímos do quartel às 2 horas da madrugada e só chegamos ao pé deles depois das 5 da manhã. Só por aí já se vê a distância que eles estavam num percurso muito complicado”, assumiu o chefe de serviço dos Bombeiros Voluntários de São Vicente e Porto Moniz que destacou para o local seis elementos.

A noite obrigou a que, por precaução, o resgate do homem tivesse sido interrompido dada a fraca visibilidade e a perigosidade do local que ponha em risco a própria vida dos bombeiros. A única alternativa era, de facto, pernoitar na serra.

BVM chamados às 05.45

“Quando lá chegamos vimos que era necessário pedir ainda mais reforços e assim fizemos. Os Bombeiros Voluntários Madeirenses (BVM) foram chamados”, conta. Também com seis bombeiros destacados para o local, os BVM receberam o alerta da Proteção Civil às 5.45 horas da madrugada.

Com a primeira luz do dia, o resgate foi retomado e o homem foi levado para o Chão da Ribeira, no Seixal, onde foi transportado para o hospital pelos Bombeiros Voluntários de São Vicente e do Porto Moniz.

No total, estiveram envolvidos nesta mega-operação de resgate 20 bombeiros de três corporações.

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