Petição com 4500 assinaturas pode já não ser entregue
É com grande satisfação que Policarpo Gouveia, presidente da Associação de Atletismo da Madeira, vê a grande adesão dos madeirenses à petição pública realizada com o objetivo de pedir a construção de uma pista no Funchal para a modalidade.
“Já ultrapassámos as 4500 assinaturas, um número mais do que suficiente para seja apresentado, quer na Assembleia Legislativa da Madeira, quer na Assembleia da República”, começou por exaltar o dirigente em declarações ao AgoraMadeira.
“É com muito agrado que vejo que a grande maioria dos partidos concorrentes às próximas eleições regionais mostrou já o seu acordo em relação à existência de uma pista de atletismo do Funchal. A partir daí, já podemos dizer que a pista do Funchal será uma certeza a curto prazo”, constatou o responsável, revelando que o grande apoio de várias forças partidárias pode mesmo levar a um recuo na intenção de entrega do documento na assembleia regional
“Espero, sinceramente, que não haja necessidade de entregar a petição. Pela recetividade que estamos a ter dos partidos provavelmente já não será necessário entregar o documento”, adiantou Policarpo Gouveia, garantindo, por outro lado, que a petição vai continuar a decorrer até ao final deste mês.
Neste momento, para que a Associação de Atletismo da Madeira organize uma prova de pista, “os clubes e os atletas têm de fazer um trajeto de 50 quilómetros”, constatou o dirigente, lembrando que as provas de lançamento, peso, martelo e disco “têm de ser feitas no RG3″, o dardo só pode ser feito em Machico e as restantes provas são na Ribeira Brava, o que é caso único em Portugal e talvez no Mundo.”
O presidente da Associação de Atletismo da Madeira vai ainda mais longe: “É um absurdo que a capital da Madeira – onde estão concentrados mais de 50 % dos madeirenses – não tenha uma pista. E logo na modalidade que mais tem crescido, que mais tem conseguido atletas internacionais, que tem trazido mais medalhas, que tem movimentado mais pessoas…”, criticou.
“RG3 É A SOLUÇÃO MAIS ECONÓMICA”
A sugestão de local dada pela associação continua a ser o RG3 em São Martinho. “É um local que tem espaço suficiente, não mexe com a estrutura militar e será um benefício para todos. É a solução o mais económica possível para o erário público. Digo mesmo que o investimento será rentabilizado a curto prazo”, assegurou Policarpo Gouveia, deixando uma certeza: “Com o tempo de crise que agora atravessamos não justifica irmos para terrenos privados”, concluiu.