Os monopólios
Pedro Trindade / Economista
O tema dos monopólios em economia têm também a sua complexidade. Eu tinha um professor que costumava dizer que há a Microeconomia – que estuda o comportamento\equilíbrio de um dado mercado de um bem ou serviço, com uma dada oferta e respetiva procura, e há a “Máeconomia”- que seria a Macroeconomia, que tenta estudar o comportamento\equilíbrio de todos diversos mercados de bens e serviços em simultâneo. O que às vezes costuma dar erro! 🙂
Hoje, em particular, falo de um estilo de mercado que se situa dentro do estudo da Microeconomia- o Monopólio. O que é isto?
Traduzindo por miúdos, estamos a falar de um mercado em que só existe uma empresa a oferecer à generalidade das populações um determinado bem ou serviço. Cá na ilha, para dar um exemplo, temos a atividade portuária que se encontra toda centralizada em uma só instituição. Ou seja se necessitamos de enviar um carro para o continente, só há um prestador de serviços ao qual se pode recorrer. O que significa que só há um preço no mercado para aquele serviço, ou seja aquele preço. E se quisermos de facto prosseguir com a nossa intenção de enviar o carro , só há uma saída, pagar aquele preço.
Interpretando o Bem-Estar que aprendemos com aqueles gráfico esquisitos em Microeconomia, em Monopólio, 1º há Bem-Estar que é transferido da pessoa que consome para a empresa que “oferece” o bem ou serviço, 2º há Bem- Estar da pessoa que consome que pura e simplesmente desaparece- Kaput, e 3º há bem estar do monopolista que também desaparece.
Quando há aumento da concorrência, o preço têm tendência a ser pressionados para um valor mais eficiente, o que faz aumentar o Bem-Estar. Por vezes parece esquisito, mas aqui, a mensagem de Smith (o pai da economia Moderna, já do Séc. XVIII) faz sentido, e quantos mais indivíduos procurarem o seu sucesso, pela via do comércio, da inovação e da criatividade, sem se aperceberem, estão também a aumentar o Bem-Estar Geral.