Ponto prévio: a segurança é a prioridade da organização do Madeira Island Ultra Trail (MIUT). Por isso, não faltam preocupações nesta área, a começar pela intransigência no cumprimento das barreiras horárias.

A segurança da edição de 2015 do MIUT começa com os atletas através da utilização dos materiais obrigatórios que levam a que corram menos riscos durante a prova.

Todos os 36 postos de controlo instalados ao longo do vasto percurso são feitos para “minimizar os riscos” tendo em conta que “as pessoas que lá estão acabam por dar o apoio necessário por serem os olhos da organização. Tomam nota das pessoas que estão a passar e vão nos dando a informação de forma a sabermos quantos atletas faltam passar”, explica Sérgio Perdigão, da organização do MIUT, revelando que este ano haverá maior rigor com os horários.

“Nesta edição vamos ser muito rígidos num aspecto: nos quatro postos de barreira horária seremos muito rigorosos”, assegura o responsável lembrando que é a própria segurança da prova que pode estar em causa.

“Nos outros anos podíamos ceder um pouco nesse campo mas aí toda a segurança da prova é posta em causa. Os voluntários têm de esperar mais tempo do que estava previsto, depois há pessoas que fazem segurança num lugar e passam depois para outro sítio que pode mesmo ficar sem ninguém”, constata.

O cálculo da barreira horária é feito com base numa estimativa do andamento do primeiro e daquele que vai mais lento. “Se não houver cumprimento da barreira horária, o atleta é impedido de continuar em prova. O atleta pode, contudo, continuar por sua conta e risco, mesmo já estando desclassificado”, esclarece Sérgio Perdigão.

Há uma equipa de bombeiros que vai acompanhar o percurso do início ao fim, sendo que a GNR ofereceu-se este ano para colaborar com a organização

“Caso haja alguma emergência é chamado de imediato o 112 e a eventual situação segue os procedimentos normais. A Proteção Civil está informada do percurso da prova, vai avisar os bombeiros das horas que a prova passa em determinado sítio. Nós próprios não iremos fazer resgates”, garante.

O número 2 da direção da prova destaca o facto de não terem acontecido até agora acidentes graves no MIUT.

“Já houve algumas lesões, nomeadamente em 2012. Houve um rapaz que logo depois do primeiro abastecimento partiu um braço. Mas geralmente os atletas desistem num controlo de segurança, não ficam parados a meio do nada à espera que alguém venha buscar. Isso nunca aconteceu”, realça, continuando: “Geralmente, quando as pessoas vão num grupo mais depressa de distraem do percurso. Por exemplo, já recebi um telefonema de um atleta, já bem tarde na noite, a dizer que estava a achar estranho estar lá uma seta a indicar para virar à esquerda. Às vezes até, com o cansaço, as pessoas pensam que estão a andar para trás”, conta.

JOSÉ COELHO “REFORÇA” A ORGANIZAÇÃO

Já José Coelho, que este ano “reforçou” a organização, lembra que a segurança na prova é um conjunto de procedimentos que começam no próprio atleta, com o material obrigatório e com o próprio comportamento em prova, passando nos controlos e cumprindo o horário. Mas a segurança, sublinha, implica várias outras coisas tais como a marcação do percurso e a fiscalização aos atletas. O responsável lembra que as zonas mais perigosas do percurso estão devidamente assinaladas e destaca a ideia deixada por Sérgio Perdigão de que, em caso de acidente, serão accionados os meios de socorro.

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