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Carina Ferro / Gestora de projetos comunitários

1-Atentados Vs. Refugiados – Confundir terroristas com refugiados é o mesmo que sentenciar à morte todos aqueles que procuram uma vida melhor ou, simplesmente, uma vida. Verdadeiramente preocupante é a política de financiamento deste tipo de organizações terroristas ser feita de forma inédita. A Al-Qaeda autofinanciava-se com donativos de elementos que compunham a organização, o Daesh autofinancia-se através da produção petrolífera em várias zonas do Iraque e da Síria, ou seja, são à volta de 37 milhões de euros por mês para financiar o terrorismo.

2-Cimeira EU-Turquia – Um importante passo na gestão da crise migratória. Oficializou-se o fundo de 3 mil milhões de euros para que a UE e a Turquia possam gerir melhor os fluxos de refugiados oriundos da Síria. Oficial, também, é o plano de ação conjunto UE/Turquia sobre migração. Poderá ser este o novo fôlego nas negociações de adesão à UE? Conseguirá a Turquia cumprir os Critérios de Copenhaga, especialmente depois de se falar sobre o papel activo que tem a Turquia na entrada de células terroristas na UE, em particular, o Daesh? Pode a UE aceitar aquele que é visto hoje como o braço armado do terrorismo como parceiro do sonho europeu? A Cimeira demonstrou que o Governo Turco está preparado para um novo começo. Estarão os turcos?

3- Novo Governo – O Presidente da República indigitou António Costa para Primeiro-Ministro. Um Governo à esquerda, consequente de um acordo à esquerda, de proporções históricas, o qual conseguiu juntar PS, BE e PCP numa estratégia comum de garantia de estabilidade governativa que Portugal não teria com um Governo de Gestão. Debate-se o Programa de Governo por estes dias. Votos de sucesso ao novo Governo.

4- COP21 – Está em curso a 21ª Conferência do Clima, em Paris, que junta 150 países para a consagração de um acordo internacional comum para o combate às alterações climáticas e aquecimento global. Uma conferência, sem dúvida, com desafios sem precedentes – todos são chamados a contribuir (iNDC). Daqui resultará uma agenda de soluções (medidas de acção e financiamento), um conjunto de iniciativas complementares que deverão ser implementadas, também, a nível nacional. Aguardemos. O futuro promete uma transição para economia de baixo carbono.

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