Foi a sátira política, mais uma vez, a rainha do cortejo ‘Trapalhão’. O corso carnavalesco levou, ontem, milhares de pessoas às ruas da capital da Madeira, numa tarde ‘abençoada’ pelo bom tempo.
‘O Zezinho chegou no seu avião e foi direto para a prisão’, assim cantava um dos grupos que desfilaram na capital madeirense. Da prisão do ex-primeiro ministro José Sócrates – sem dúvida o tema mais recorrente no cortejo de ontem – à eleição de Miguel Albuquerque como líder do PSD-Madeira, as críticas do ‘Trapalhão’ causaram sorrisos e deram azo à boa disposição.
Alberto João Jardim, como sempre, não faltou entre as figuras retratadas, num desfile muito dominado pelo travestismo. 300 inscritos deram azo à imaginação e trouxeram à rua diversos reparos à atualidade regional e nacional. Entre os temas abordados, sobressaíram as críticas a alguns autarcas, às iluminações de natal e às filas de espera no ‘hospital das almas’.
O público agradeceu a diversão. Marina Silva só não gostou mesmo foi “do excesso de travestis” que, acredita, pouco “têm a ver com o espírito crítico do Trapalhão”, uma opinião prontamente contestada por Américo Dinis que viu nas indumentárias ousadas um bom motivo para “umas boas gargalhadas”.
Opiniões aparte, o ‘Trapalhão’ voltou a surpreender pela criatividade. O cortejo atraiu, este ano, muitos turistas, numa edição que, como já se disse, primou pelo bom tempo.
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