Heldon com processo na FIFA interposto por ex-empresário
As redes sociais foram a forma encontrada para que o empresário Paulo Teixeira, antigo agente de Heldon em parceria com João José Silva, mais conhecido por Jota, viesse a público criticar o jogador.
«Em Janeiro do ano passado, Heldon era jogador do Marítimo. Ganhava 2000 euros/mês e vivia pedindo dinheiro ao seu agente, o seu conterrâneo Jota. Para além das suas qualidades como jogador, a relação de confiança entre o seu agente e o então treinador do Sporting, Leonardo Jardim, permitiu que fossem criadas as condições para que ele se transferisse para Alvalade. Tirá-lo do Marítimo não foi tarefa fácil, tendo em conta a relação conflituosa entre as partes, mas Heldon acabou por ingressar nos leões com um salário multiplicado por dez», começa por referir Paulo Teixeira na carta que pode ser lida no Facebook na página “Training Compensation.”
E continua: «O jogador, porém, parece não ter ficado satisfeito (…) e a certa altura achou que teria direito a uma participação dos honorários pagos pelos leões aos agentes. Daí a dar uma facada ao homem que o tirou de Cabo Verde foi um ápice», critica, dando conta de um novo grupo de empresários que iria depois se envolver com o ex-jogador do Marítimo.
«A empresa holandesa SEG (Sports Entertainment Group, sediada na Holanda), representada em Portugal pelos agentes João Vaz e Miguel Veloso, atropelando o regulamento FIFA que rege a atividade dos agentes jogadores, namorou o jogador e fê-lo assinar um contrato de representação – ignorando os dois que ele já tinha assinado com o seu agente e seu parceiro comercial, a empresa SFL (Soccer Features Limited), que monitorizou a transferência com o presidente do Marítimo Carlos Pereira», lamenta o agente FIFA Paulo Teixeira, claramente agastado com toda esta situação.
«DISSE QUE A INTERNET NÃO FUNCIONAVA NA GUINÉ»
Mas as críticas ao comportamento de Heldon não se ficaram por aqui: «Confrontado com a tripla assinatura, Heldon sempre esquivou encontrar-se com as partes para que o assunto fosse esclarecido e um pacto de não entendimento fosse estabelecido. Na janela de Janeiro transferiu-se para o Córdoba, fazendo-se acompanhar pelo agente Miguel Veloso, que nada informou a seus companheiros da viagem. A Jota, disse que não podia comunicar-se com ele, porque na Guiné Equatorial, onde estava com a seleção de Cabo Verde durante o CAN, ‘a internet não funcionava’», conta o empresário, deixando uma garantia em relação a todo este caso:
«Conclusão: Heldon vai enfrentar um processo na FIFA por descumprimento contratual. Disso foi informado seu atual clube, o Córdoba, que olimpicamente decidiu ignorar o assunto», conclui.