No Alentejo, a produção e transformação de figo da índia (tabaibo) é uma aposta em curso; empresa local tem sucesso na venda do produto como fruta fresca ou em polpa e das suas sementes produz óleo para fins cosméticos.

Teresa_Laranjeiro_figueira_do_diabo

Conhecidos na Madeira como tabaibos, o consumo dos figos da Índia pode ter caído em desuso por cá, mas no Alentejo há quem aproveite o fruto para os mais variados fins.

Teresa Laranjeiro estabeleceu-se perto de Arraiolos. Possuía uma quinta que queria rentabilizar e assim surgiu a Cactus Extractus. O projeto ‘nasceu’ há cerca de quatro anos para dar “rentabilidade à quinta que estava parada” e a escolha do figo da índia aconteceu “quase por acaso”, conta a empresária que diz ter chegado “à agricultura vinda da informática e da gestão”, mas ter revelado em si “a vontade de viver de e para a terra”.

Atualmente, a  CactusExtractus produz polpa de figo da índia e óleo das sementes: produtos biológicos 100% fabricados,  produzidos em Portugal e procurados sobretudo pelas indústrias alimentar e de cosmética biológicas.

Teresa Laranjeiro prevê produzir este ano cerca de uma tonelada de figos da índia, uma parte para vender como fruta fresca e a restante entra na sua fábrica para transformar o fruto em polpa e as sementes em óleo.

A produção deste óleo exige quantidades enormes de sementes, equipamento muito específico e muitas horas de mão-de-obra. O produto pode ser comprado na loja on-line da CactusExtractus. É distribuído em frascos de 15ml, em porcelana preta, com aplicador de roll-on e diz-se que faz maravilhas à pele inclusive no combate ao acne.