Emigrante madeirense foi encontrado morto por colegas de trabalho
Emanuel Gouveia, 36 anos, era conhecido por ser uma pessoa sempre bem-disposta e alegre.
Há dois anos saiu da Madeira com visto turístico para tentar a sorte no mercado de trabalho de angolano e assim ajudar a família financeiramente. Nunca conseguiu ser legalizado pela empresa onde prestava serviços e há algum tempo que tentava voltar a casa para visitar a esposa e os filhos, mas a sua situação de ilegalidade não permitiu que isso acontecesse.
Em Janeiro, em conversa com a mulher por telefone, revelou que não se estava a sentir bem e ter-se-á deslocado ao hospital. Todavia, em conversa posterior, descansou a esposa dizendo – segundo revelou ao AgoraMadeira fonte próxima da vítima – que não era nada de grave. Dois dias antes de falecer, Emanuel telefonou à companheira confessando estar a se sentir mal, mas tentou não a preocupar minimizando os sintomas.
No dia seguinte, a ter confessado que estava doente, a esposa de Emanuel começou a receber toques no telemóvel do marido mas do outro lado não ouvia nada. Contactou então alguns antigos colegas de trabalho pedindo para que fossem visitá-lo. Quando lá chegaram, encontraram Emanuel Gouveia morto.
Emanuel Gouveia era um homem muito independente e que pelo facto de estar ilegal não terá pedido ajuda, acredita um familiar. A família está, naturalmente, muito consternada com a situação.