Ex-fumadores podem vir a receber dinheiro
Em vez de comparticipar diretamente os medicamentos para deixar de fumar, os responsáveis do Ministério da Saúde admitem a hipótese de devolver ao “não-fumador comprovado, ao fim de um período de ausência de consumo”, o valor que corresponderia ao apoio estatal no tratamento, anunciou o PÚBLICO está manhã.
O jornal cita o secretário de Estado adjunto do ministro da Saúde, Fernando Leal da Costa, considerando que a percepção do risco associado ao tabaco ainda é incipiente em Portugal.
A campanha que agora vai ser lançada pretende justamente “informar e mobilizar os cidadãos para uma mudança legal que vise proteger mais os menores”. Os menores e também outros fumadores passivos, como as mulheres grávidas e as pessoas que trabalham em ambientes com fumo, como restaurantes, bares, discotecas e casinos.
Mas ideia de devolver aos não fumadores o valor da comparticipação dos fármacos para deixar de fumar é, por enquanto, apenas uma das hipóteses em estudo, adianta o ministro ao Público.
“Ainda não desistimos de procurar a comparticipação dos medicamentos para a desabituação”, afirma Leal da Costa, enquanto frisa que está a ser analisada “a melhor forma de o fazer” em conjunto com a DGS. No final do ano passado, admitia-se que a comparticipação destes medicamentos seria da ordem dos 40%.