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Enquanto nos afogamos num pessimismo que mutila, enquanto temos a Dona Merkel, a troika, o cinzentismo do bloco central e mais não sei quantas dificuldades, reais ou imaginadas, a 9.000 quilómetros de distância há um taxista que, enquanto finta o trânsito desgraçado de Maputo, ri e fala de esperança. Há um vendedor de cigarros que acha que pode chegar a presidente da República. De Moçambique. Há esperança atrás do balcão das barracas do “museu”. Há esperança nos olhos da vendedora de colares de conchas à beira do Mira Mar.