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“Eu venho à Madeira para ver coisas caraterísticas, vias-rápidas há muitas lá fora. Tenho saudades das estradas antigas, dessas paisagens belíssimas”. Após três semanas de férias na Madeira, Eva Teixeira, emigrante na África do Sul, deixa um apelo às autarquias e ao Governo Regional: “por favor, cuidem dos nossos túneis e das estradas do passado”.

Como a emigrante que rumou, ontem para Pretória, também Agostinho Mendes, residente na França, acredita que a Região só tem a perder com o fecho dos antigos troços. “Pelo menos no Verão, estas estradas haviam de funcionar, até por causa dos turistas”, declara o madeirense, considerando que os riscos de  queda de pedras não podem ser argumento para a degradação do património regional.

Entre os percursos mencionadas pelos visitantes estão a Estrada da Rocha, antiga Estrada Regional 101 e o acesso que liga a Encumeada ao Paul da Serra. Orlando Fernandes, presidente da Junta de Freguesia do Seixal, admite que a Estrada da Rocha,  “um ex-líbris no passado, foi  deixada ao completo abandono pelas autoridades competentes” e acredita que a sua recuperação não exige um investimento transcendental.

“Esta estrada devia ser recuperada, nem que fosse para funcionar durante alguns períodos do ano, quando as condições climatéricas permitissem a circulação em segurança”, declara, lembrando que este percurso é muito utilizado pelos agricultores locais.

Junta do seixal à espera do Governo Regional
Para além da importância turística e cultural da Estrada da Rocha, Orlando Fernandes dá conta das implicações do seu fecho na agricultura tradicional, especialmente durante a época da vindima. “Existem, entre o Véu da Noiva e o Seixal, muitos terrenos agrícolas, a abertura do troço, pelo menos no Verão, facilitaria imenso a vida aos agricultores”, refere, evocando valor histórico do percurso e a memória dos trabalhadores  que “com o seu suor e as suas próprias mãos esculpiram na falésia aquela bela e importante estrada”.

Orlando Fernandes diz ter notificado as entidades competentes, junto do Governo Regional da Madeira, sobre a disponibilidade da Junta em colaborar na manutenção daquele troço, por forma a facilitar o acesso dos agricultores aos respetivos terrenos, e lamenta não ter recebido qualquer resposta até à data.

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No dia em que Miguel Albuquerque se legitimou como líder do PSD-Madeira, afirmando também que quer ser um elo de ligação entre a Madeira e a República, a oposição entende que o XV Congresso Regional do PSD não trouxe nada de novo.

“Temo que esta mudança seja a continuidade do jardinismo com outro intérprete, com um nome diferente mas com políticas idênticas”, afirmou, este sábado, Jaime Leandro, secretário-geral do PS-Madeira, o maior partido da oposição regional.

A propósito do XV Congresso Regional do PSD e do novo líder social-democrata na Madeira, Jaime Leandro considerou ter sido “mais do mesmo” e pouco interessante. “Achei relevante que tivesse aplaudido Alberto João Jardim principalmente porque, durante a campanha interna, depois daquela luta de galos, Miguel Albuquerque, hoje, decidiu passar o pano naquilo que disse e branquear tudo o que foi feito nos últimos 40 anos”, vincou.

Já o líder do PCP-Madeira, entende que “não é mudando os protagonistas que algo de novo irá acontecer”. Edgar Silva acrescenta que “este processo não iliba os responsáveis, nem retira em nada a intervenção do PSD num conjunto de orientações que conduziram a Região à falência”.

Hoje, durante o seu discurso no Centro de Exposições e Conferências (CEMA), Miguel Albuquerque, eleito com 64,4% dos votos no passado dia 29 de Dezembro, disse que a região não pretende ser um “fardo” para o País, mas antes uma “mais-valia” para Portugal, comprometendo-se a ser um elo de ligação entre o arquipélago e a República.  Já o primeiro-ministro Passos Coelho  elogiou a equipa “a pensar no futuro” escolhida por Miguel Albuquerque.

 

 

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O bispo auxiliar de Braga é o convidado de honra das festividades em honra do Senhor Santo Cristo dos Milagres, a maior festa religiosa dos Açores.

Segundo o jornal Açoriano Oriental,  Francisco Senra Coelho,  irá presidir às festas que decorrem em Ponta Delgada, na Ilha de São Miguel,  entre os dias 8 e 14 de maio e cujo ponto alto é a procissão realizada desde o século XVII.

Tal como na Madeira, os Açores conservam também a tradição dos tapetes de flores naturais, um grande atrativo deste evento que reúne anualmente milhares de pessoas.

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A nova época do futebol de formação vai ficar marcada por alterações no escalão de iniciados. Em declarações ao AgoraMadeira, o presidente da Associação de Futebol da Madeira (AFM), Rui Marote, explicou o que vai mudar.

“A novidade para 2015/2016 é que iremos implementar um campeonato com duas divisões no escalão de iniciados. Uma será a Divisão de Honra e outra a I Divisão Regional, à semelhança do que já acontece com os escalões de juniores e de juvenis”, anunciou o dirigente, recordando que na competição regional já houve algumas alterações para a época em curso nos escalões de formação, onde foi feita competição por idades, “o que permite que os mais jovens joguem mais durante mais tempo”, sublinhou o responsável.

Para o ano de 2015, Rui Marote deixa desejos dirigidos às equipas madeirenses que disputam os Nacionais de futebol: “A Madeira, como Região turística que é, importante que tenha todos os anos pelo menos uma equipa a disputar as competições europeias. Esperemos que isso volte a acontecer esta época, até pelos benefícios financeiros que tal irá trazer aos clubes apurados”, salientou o presidente da AFM, referindo-se, naturalmente, ao Marítimo e ao Nacional.

Quanto às restantes equipas…”faço também votos para que o União consiga atingir a meta de subir de divisão, e que as equipas no Campeonato Nacional, o Marítimo C e a Camacha, consigam ultrapassar as dificuldades que têm sentido, principalmente a Camacha que está um pouco mais abaixo”, realçou.

A finalizar ficou uma esperança em relação ao estádio do Marítimo: “Esperemos que o estádio dos Barreiros esteja rapidamente concluído porque é uma mais-valia para o futebol nacional”, concluiu.

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A empresa norte-americana SpaceX falhou hoje a aterragem de um foguetão numa plataforma flutuante no Oceano Atlântico, anunciou a imprensa internacional.

Apesar da falha, a Space X conseguiu levar a bom porto a quinta missão de abastecimento da Estação Espacial Internacional (EEI). A empresa quis tentar pela primeira vez pousar o ‘primeiro andar’ da cápsula Dragon numa plataforma no Atlântico.

O objetivo principal da missão foi, contudo, foi atingido: levar mais de 2,2 toneladas de alimentos e experiências científicas destinadas à EEI.

 

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No âmbito da rubrica “Sexta é dia de tirar dúvidas” respondemos esta semana à questão levantada por Teresa Romão, emigrante radicada na Alemanha, sobre a renovação das cartas de condução em Portugal, nomeadamente sobre a obrigatoriedade de atualização do documento aos 30 anos.

Eis a questão: “Aqui na Alemanha estamos com dúvidas quanto à renovação das cartas de condução em Portugal . A informação encontrada não está bem explicita e muitas pessoas continuam a ter questões acerca disso. Por exemplo: alguém que tirou a carta com 28 anos também terá de renová-la aos 30 anos?

Para responder à pergunta, o AgoraMadeira contactou o Subintendente do Comando Regional da PSP-Madeira, Adelino Pimenta que esclareceu a dúvida da seguinte forma:

“Em relação a essa questão concreta, o condutor em causa, por ter uma idade compreendida entre os 25 e os 30 anos está dispensado de revalidar o título de condução aos 30 anos. Esta dispensa abrange apenas esta faixa etária. Fora disso, o condutor só terá de renová-la antes dos 50 anos se tiver feito a carta depois do dia 2 de Janeiro de 2013. Devo sublinhar que essa renovação é puramente administrativa, no caso dos veículos ligeiros e dos motociclistas. Ou seja, não implica ter de fazer exames novamente. Para todas as pessoas que tenham tirado a carta depois dessa data têm então de renovar o documento administrativamente aos 30, 40, 50, 60, 65 e 70 anos. Depois dessas idades têm de fazê-lo de dois em dois anos. Já quem tirou a carta antes de 2 de Janeiro de 2013, a primeira revalidação é aos 50 anos.”

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Muitos atletas seguem estas medidas ‘à risca’ e recusam-se a praticar exercício físico sem as seguir. Mas estarão estes factos comprovados cientificamente ou serão apenas mitos?

O site Outside fez uma lista das medidas seguidas por muitos atletas e ‘desmistificou-as’.

  1.  “Beber sumo é a melhor forma de obter nutrientes”:“Se o sumo não for feito a partir da polpa, é melhor optar por um batido”, afirma a nutricionista Nancy Clark. Os batidos “incluem a fibra, a pele e todos os benefícios” que existem num alimento. Para além disso “um batido tende a possuir mais proteínas se for feito com iogurte grego”. No entanto, estes batidos podem ser altamente calóricos, afirma a nutricionista Monique Ryan – “Parecendo que não, está a ingerir seis frutos de uma só vez”. Ou seja, sumos e batidos são sempre bem-vindos, mas o melhor mesmo é comer os alimentos inteiros.
  2.   “As massagens ajudam a recuperar”:Um estudo realizado em 2010 por um grupo de investigadores canadianos da Ontario’s Queen’s University mostra que as massagens após os treinos não melhoram a circulação – chegam mesmo a reduzir a circulação sanguínea, já que comprimem os vasos sanguíneos. NO entanto, um outro estudo realizado em 2013 mostra que as massagens, desde que sejam feitas uniformemente, resultam. Assim sendo, não há problema em ‘esfregar’ um pouco os músculos logo após o exercício físico, desde que seja de um modo uniforme e no máximo 15 minutos após o treino.
  3.  “Fazer muito exercício de resistência faz mal ao coração”:“A saúde de quem corre até 64 quilómetros por semana”, explica Paul T. Williams, o investigador principal da National Runners’ Health Study – que acompanha 110 mil praticantes de jogging e 40 mil praticantes de marcha. Williams afirma que a saúde de uma pessoa (e o coração, especificamente) não se deteriora quando não se ultrapassa estes quilómetros. Aliás, as pessoas que correm mais de 5 quilómetros por dia têm menos 32% de risco de ter uma arritmia cardíaca.
  4.  “Só os atletas de alta competição é que precisam de treino mental”:Num estudo realizado em 1967, um psicólogo australiano dividiu vários basquetebolistas em três grupos – um grupo jogou ‘à vontade’ durante 20 dias, e os outros dois só puderam encestar no primeiro e no último dia. No entanto, um destes dois últimos grupos via todos os dias durante 20 minutos várias imagens de atletas a encestar. Conclusão: Os que mais melhoraram foram os que praticavam todos os dias (24%). Mas aqueles que viam imagens diariamente tiveram uma melhoria muito semelhante ao grupo anterior (23%). Os que não praticavam, nem viam imagens foram os que menos melhoraram.  Assim sendo, dedique-se também ao treino psicológico – sente-se num sítio sossegado e relaxante durante 20 minutos e pense (ou se conseguir visualize) os vários passos necessários para alcançar os seus objectivos.
  5.  “É necessário seguir uma dieta específica”:“Eu não receito uma dieta a ninguém”, explica Monique Ryan. “Baseio-me sempre no treino de cada atleta” e nos seus objectivos. Ou seja, nenhuma dieta será perfeita para todos os atletas. A rotina alimentar ideal depende dos seus objectivos, da sua saúde, da sua constituição física e do tipo de treino que faz.

FONTE: Jornal Sol

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Sete angolanos foram obrigados a regressar ao aeroporto de Luanda e impedidos de entrar em quatro países, nomeadamente Portugal, noticiou hoje a agência Lusa, citando fonte do Serviço de Migração e Estrangeiros (SME).

Segundo a Lusa, isto aconteceu na primeira semana do ano, sendo que a maior parte destes cidadãos nacionais angolanos foram impedidos de entrar por “falta de meios de subsistência”, dois no aeroporto de Lisboa e outros dois no de Casablanca (Marrocos).

Um terceiro angolano regressou de Lisboa por estar impedido de entrar em Portugal, enquanto outros dois casos se verificaram na Bélgica e no Japão, igualmente entre 01 e 07 de janeiro.

Na mesma semana, foram expulsos de Angola, através de processos tramitados pelo SME, 581 estrangeiros por via administrativa e um por via judicial, menos 229 casos que na semana anterior.

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Luís Filipe Malheiro / Jornalista

O que se passou em Paris esta semana, com o assassinato a sangue frio de 10 jornalistas da polémica publicação francesa “Charlie Hebdo” retirou os franceses da passividade idiota em que por vezes, muitas vezes, mergulham, no que à tolerância em democracia diz respeito, fazendo-os enfrentar de forma dolorosa a dura realidade da vulnerabilidade de um Estado forçado a olhar de forma pragmática para a violência e a ousadia de tudo o que se passou.

Sabem os que acompanham mais de perto esta problemática que o “Charlie Hebdo”, politicamente conotado com a esquerda radical, mantem há muitos anos uma linha editorial de crítica contundente do estado, do regime político, dos governantes franceses e mundiais, mas que privilegia também, através das suas polémicas primeiras páginas, uma clara aposta na crítica à religião e à Igreja.

O problema é que se é verdade que o crime de Paris ressuscitou a discussão em torno dos limites, sim ou não, da questão da liberdade de imprensa, sobretudo no seu confronto com o terrorismo, por outro está instalada também o debate, e alguma confusão, sobre qual a relação entre a liberdade de imprensa, a liberdade religiosa e a eventual necessidade de não envolver as questões religiosas, de uma forma tão acentuada, no modelo de críticas contundentes e do ridículo formalizado com recurso a cartoons que de inocentes não têm nada.

Admito que a sociedade democrática ocidental, porque se rege pelos princípios democráticos mais elementares – entre os quais o respeito pela liberdade de imprensa, provavelmente a níveis não tão rigorosos como o respeito pela liberdade e pelas opções religiosas dos povos – reaja com indiferença relativamente a posturas semelhantes à do “Charlie Hebdo” – salvo alguns sectores minoritários mais radicalizados. Mas sabemos que no caso dos muçulmanos, particularmente das vertentes mais radicais da sociedade islâmica, o problema muda de figura e a margem de tolerância é diminuta ou quase nula, quando a religião, o Corão e o profeta Maomé são atacados ou ridicularizados. Há duas formas de encarar a crítica à religião, duas formas diferentes de responder as quem opta por essa via. Não há que escondê-lo

A publicação francesa em causa há muito que tinha sido ameaça, aliás em linha com outras publicações, na Holanda e na Dinamarca, identificadas com a mesma linha editorial. Tudo por causa da ousadia de me meterem com situações “proibitivas”. Em Portugal não temos neste momento em circulação nenhum jornal comparável ao “Charlie” o que dificulta a perceção do que se passa por parte da maioria das pessoas. Estamos a falar de um jornal criado em 1970, que em 2012 esteve envolvido em grandes polémicas com sectores muçulmanos mais radicais, depois da publicação em primeira página de vários cartoons. Depois de um interregno entre 1981 e 1992, devido a dificuldades financeiras, o “Charlie Hebdo” alcançou fama mundial ao republicar as caricaturas de Maomé feitas pelo jornal dinamarquês Jyllands-Posten, em 2006. Em Novembro de 2011, a redação da revista foi destruída com uma bomba incendiária.

Não vale a pena alinharmos em manifestações de consternação ou de protesto, que nada resolvem, só porque os acontecimentos assumem uma determinada dimensão. Não me lembro de ver qualquer manifestação pública do género em Paris quando jornalistas foram degolados pelo Estado Islâmico. Não me lembro de uma reação tão organizada e sintonizada a esta escala quando mais de 70 jornalistas foram assassinados em 2014, todos eles vítimas de radicalismos políticos ou religiosos.

Por outro lado, há claramente uma linha vermelha que faz com que a atitude, normal e natural da sociedade francesa e de outros países ocidentais, esbarre com a realidade que hoje alimenta o radicalismo islâmico e a reação popular alimentada por sentimentos religiosos mais radicalizados e menos tolerantes. O Estado Islâmico, espelho do terror e da violência sanguinária veiculada por parte de alguns sectores muçulmanos mais radicais, classifica de “heróis” os autores de um atentado que a polícia francesa persegue ferozmente, que provavelmente os abaterá sem contemplações e os franceses, sobretudo estes, acham que são indignos de qualquer tolerância e de viver entre eles.

E o essencial de tudo isto? Estará a liberdade de imprensa realmente ameaçada? Terá o “Charlie” desvalorizado uma realidade que porventura teria obrigado a medidas preventivas que porventura foram descuradas? Pode a liberdade de imprensa tratar da mesma forma as questões políticas de um estado ou os protagonistas de um regime e as matérias de natureza religiosa quando neste caso a intolerância é excessiva e radicalizada? Confesso que não tenho respostas, até porque liberdade de imprensa, para mim, sempre foi um conceito inegociável em democracia. Sigo com interesse tudo o que vem sendo feito e dito sobre este tema, sem que até este momento tenha retido algo de concreto e de útil. Apenas emotividade que não impede que situações como esta se repitam seja lá onde for. Mas estaremos a falar realmente de sociedades democráticas na sua plenitude e de acordo com o padrão ocidental? Estaremos a falar de seguidores das regras elementares de uma democracia na sua plenitude?

Lembro que Charb, o assassinado diretor disse que não iria suavizar nem o seu discurso nem os seus desenhos: “É preciso continuar até que o islão seja tão banal como o catolicismo”. Biard, chefe de redação, explicou a postura do “Charlie” quando o assunto é a religião: “Somos um jornal que é contra as religiões assim que elas entram nos domínios público e político”. A minha questão de fundo é esta: o que é que ganhou o “Charlie” como massacre de 10 dos seus jornalistas assassinados de forma tão bárbara? O que é que ganhou a liberdade de imprensa com este crime em Paris?

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O museu de Paris recebeu 9,3 milhões de visitantes em 2014, um número considerado idêntico ao registado em relação a 2013, mas que permitiu que se mantivesse como o primeiro do mundo em termos de frequência, informou aquela instituição.

O público estrangeiro representou cerca de 70% dos visitantes, sendo que as nacionalidades que mais frequentaram o museu foram a americana, a chinesa, a italiana, a inglesa e a brasileira. Segundo o Louvre,  as suas colecções permanentes receberam, no ano passado, 100 mil visitantes a mais do que em 2013. Os jovens lideraram a procura.