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Patrícia Gaspar / AgoraMadeira

Há dias bons, modestamente falando.
São, quase sempre, dias que nascem solarengos e mornos (quem vive na nossa ilha sabe bem do que falo), com uma energia excecional. Dias em que encontramos gente, saímos à rua e o que recebemos, em troca, tem um valor inestimável…

Duas dessas histórias de vida que marcam qualquer um contaram-me há dias. Fui seguindo a vontade, numa manhã aprazível, passando pelo colorido exótico do Mercado dos Lavradores, espreitando para as flores e os frutos da época, até encontrar a Bárbara e a Débora.

Foi o conceito das suas lojas que me chamou a atenção. Passei as respetivas portas e descobri que ambos os espaços brotaram de situações de desemprego. São biografias de coragem, de determinação e de superação de medos, de obstáculos. São relatos de esperança que contaremos brevemente no AgoraMadeira  – histórias de sucesso!.

Para quem, como eu sempre, sempre foi confrontada com a máxima ‘faz o que gostas e o resto dá certo’ e que, a certa altura da vida, se saturou do aforismo, estas histórias trazem novo alento. Sabendo que nem todos conseguem ‘surfar’ esta onda de desemprego de forma tão bem sucedida, esta foi uma manhã feliz, de energia positiva, daquela que nos faz falta e ao nosso País.

Para quem celebra, feliz Dia dos namorados!

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O Clube de Montanha do Funchal, em parceria com as Câmaras de São Vicente e Porto Moniz, realizou este sábado a primeira edição do Ultra Trail São Vicente/Porto Moniz, que conta com a participação de 400 atletas.

Nuno Gonçalves reforçou a importância da presença da equipa de topo mundial da Hoka One One liderada por Julien Chorier, vencedor do Madeira Island Ultra Trail de 2014, e sublinhou ainda a importância do local do evento. “A costa norte é um dos sítios mais indicados para o Trail Running porque 80 % da nossa floresta Laurissilva está concentrada nestes dois concelhos”, realçou o responsável pelo Clube de Montanha do Funchal.

No evento, tal como é hábito em provas do género, houve três provas com três níveis distintos, sendo que a principal teve início em São Vicente. A prova intermédia iniciou-se no Paul da Serra e a mais curta começou no Fanal. Todas terminaram no Porto Moniz. “Para a próxima edição faremos ao contrário. Vai iniciar-se lá e acabar aqui em São Vicente”, garantiu Nuno Gonçalves, exaltando a grande procura pela modalidade.

“O Trail Running está a ter uma procura muito acima do normal. O número de participantes nesta edição é um indício de que a modalidade está a crescer e com ela está associado algum retorno económico aos municípios envolvidos”, sublinhou esperando no futuro um envolvimento ainda maior das entidades que tutelam o turismo e o ambiente “para que a imagem da Região saia reforçada.”

O dirigente lembrou, a propósito, que o estágio que a equipa da Hoka One One tem vindo a fazer na Madeira “tem sido uma grande promoção da Região.”

AUTARCAS SUBLINHAM PROMOÇÃO DA COSTA NORTE

O presidente da Câmara de São Vicente José António Garcês reforçou a importância do evento para o concelho. “Esta é uma união de esforços entre dois concelhos que querem promover a costa norte e sobretudo a costa Laurissilva”, realçou, sublinhando a importância do turismo desportivo para São Vicente.

Já Emanuel Câmara, presidente da Câmara do Porto Moniz, espera que “esta primeira prova seja uma afirmação do que se quer para o norte da nossa ilha, potenciando esta modalidade e promovendo o norte da ilha e a Região.” O autarca sublinhou, a propósito, a importância da presença da equipa francesa da Hoka One One que “vai dar, para já, uma vertente internacional à prova.”

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Adelino Pimenta / Subintendente do Comando Regional da PSP/Madeira

Apesar de a legislação rodoviária prever regras bem definidas, cujo cumprimento é obrigatório, na mútua interação por parte dos condutores e dos peões enquanto destinatários do espaço público, projetado e preparado para a circulação de pessoas e veículos, essa parceria nem sempre é convergente ou pacífica. O incumprimento dessas normas, quer por uns quer por outros, tem contribuído grandemente para engrossar o número de vítimas relacionadas com a sinistralidade rodoviária na Região Autónoma da Madeira.

Assisti, recentemente, a um condutor com o veículo parado antes da passadeira, aguardando o seu atravessamento por um peão, que, dirigindo-se a este, dizia: “Isso não é uma passeadeira mas sim uma passadeira”. Isto espelha claramente a intolerância e a impaciência do condutor em ter de esperar que o peão concluísse a travessia, em passo moderado, como me pareceu que era o caso.

É sobejamente sabido que, entre veículos e peões, estes últimos são o elo mais fraco e, consequentemente, aqueles que mais sofrem com a ocorrência de um acidente. E entre estes, há três grupos, referenciados em vários manuais de aprendizagem, que devemos salientar:

As crianças – estas não sabem, de uma forma geral, lidar com o trânsito automóvel. O seu gradual desenvolvimento físico e mental leva a que só a partir dez ou doze anos de idade tenham as mesmas aptidões de um adulto. Entre outras debilidades, são destacadas as seguintes:
Têm maior dificuldade em identificar a origem dos ruídos dos veículos;
Têm menor dimensão física e, por isso, menos possibilidade de serem avistadas pelos condutores;
Atravessam as vias fora das passadeiras, em correria e por entre os veículos estacionados;
As suas capacidades físicas de resistência ao choque são inferiores à dos adultos.

Os idosos – Dado o seu processo de envelhecimento, vão perdendo as suas capacidades físicas e cognitivas e muitas vezes não têm consciência dessa perca, tornando-os o grupo mais vulnerável. As suas maiores debilidades são:
Dificuldades de locomoção, de visão, de audição e de reação;
Acreditam e seguem os outros peões, mesmo quando estes não estão a respeitar as regras do trânsito, nomeadamente na travessia das passadeiras;
“Stressam” e enervam-se em ambientes de muita afluência rodoviária.

Pessoas portadoras de deficiência – Podem ser crianças, adultos e idosos e as suas limitações podem ser de ordem física, sensorial ou psíquica. São cidadãos que, no seu quotidiano, deparam-se com dificuldades acrescidas, pois ainda existem muitas barreiras arquitetónicas que lhes criam maiores obstáculos de circulação. Muitas vezes não são auxiliados pelos outros cidadãos porque não são facilmente identificáveis. Felizmente nos anos mais recentes há uma maior sensibilização por parte das entidades que têm a responsabilidade no ordenamento do trânsito, e que têm dado contributos aplaudíveis, nomeadamente na eliminação de barreiras arquitetónicas e na criação e reserva de espaços próprios para estacionamentos de veículos conduzidos ou que transportam pessoas portadoras de deficiência.

ATROPELAMENTOS NA MADEIRA EM 2014

CONSEQUÊNCIAS             DENTRO DA PASSADEIRA              FORA DA PASSADEIRA

MORTOS                                             1                                                    2
GRAVES                                             5                                                    8
LIGEIROS                                          45                                                 67
TOTAIS                                              51                                                 77

Analisados estes dados, verifica-se que, num universo de 128 atropelamentos, mais de metade aconteceu fora da passadeira. Isto, à primeira vista, pode dar a ideia que o peão é o maior infrator, ou seja, porque atravessou fora da passadeira. Mas não, porque aqui estão contabilizados todos os atropelamentos que aconteceram fora das passadeiras, havendo ou não passadeiras para peões a menos de 50 metros.
O quadro explica também que as consequências são muito mais gravosas em acidentes ocorridos fora das passadeiras. A explicação encontrada, que eu comungo, é que nas proximidades das passadeiras o condutor assume mais cuidados, nomeadamente em termos de atenção ao ambiente que o rodeia e no abrandamento da velocidade.

Em conclusão, a legislação prevê sanções mais severas para o condutor pois, para além da sanção pecuniária, pune-o com sanção acessória de inibição de conduzir, entre outras penalizações possíveis, que até pode chegar à sua prisão. E tem lógica que assim seja, pois este conduz uma máquina que, quando mal governada, pode matar.

Na via pública, não há direitos diferentes. Ela existe para ser partilhada por todos nós, quer sejamos condutores ou peões, respeitando mutuamente as regras instituídas. Acima de tudo, com grande respeito pelos outros.

“Não há nada mais inteligente no ser humano que o exercício da partilha”
Wilton Júnior – Psicólogo

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É um número significativo e que denota alguma falta de cuidado da parte dos condutores madeirenses que no ano passado atropelaram 128 pessoas nas estradas da Madeira.

Segundo dados do Comando Regional da PSP/Madeira, houve 58 atropelamentos dentro das próprias passadeiras, tendo havido um número ainda mais alto de acidentes envolvendo peões fora das passadeiras, com 67 atropelamentos.

Nota para o facto de nos acidentes dentro das passadeiras os feridos, no global, terem sido mais ligeiros em relação aqueles verificados na sequência de atropelamentos fora das passadeiras. Senão vejamos: dentro das passadeiras houve um morto e cinco feridos graves, já fora das passadeiras houve dois mortos e oito feridos graves.

“As consequências são muito mais gravosas em acidentes ocorridos fora das passadeiras e a explicação é que nas proximidades das passadeiras o condutor assume mais cuidados, nomeadamente em termos de atenção ao ambiente que o rodeia e no abrandamento da velocidade”, realça ao AgoraMadeira o Subintendente do Comando Regional da PSP/Madeira Adelino Pimenta.

Quanto aos feridos ligeiros, fora da passadeira houve 67 e dentro das passadeiras 45. Adelino Pimenta deixa uma ressalva em relação a estes dados. “Num universo de 128 atropelamentos, mais de metade aconteceu fora da passadeira, o que, à primeira vista, pode dar a ideia que o peão é o maior infrator, ou seja, porque atravessou fora da passadeira. Mas não, porque aqui estão contabilizados todos os atropelamentos que aconteceram fora das passadeiras, havendo ou não passadeiras para peões a menos de 50 metros”, explica o responsável.

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Dança, humor e até um mercadinho de produtos biológicos. O recém inaugurado Armazém do Mercado dá as boas vindas ao fim-de-semana, com um programa preenchido que não esqueceu os namorados.

A dois passos do Mercado dos Lavradores, o Armazém do Mercado não está para meias medidas no que toca a animar o fim-de-semana de Carnaval. O espaço soalheiro, inaugurado há cerca de dois meses, volta a abrir portas, no próximo sábado, ao ‘Mercadinho Bio’, uma iniciativa da associação de consumidores ORganicA, com arranque agendado para as 10 horas.

Para quem tenciona oferecer flores no Dia de São Valentim, a loja ‘CS Flowers’ compromete-se a apresentar os melhores arranjos florais até às 19 horas e se pretender eternizar a efémeride o Ateleier Gatafunhos e a Intractphoto levam a cabo, entre as 15 horas e as 18 horas, uma sessão ‘Fotoamour’ pelo valor de 20 euros.

Entretanto, porque umas boas gargalhadas são sempre uma boa sugestão, o Mercado convida-o a assistir, pelas 15 horas, ao ‘Apanhados com a Boca nas palavras’, uma sessão de sátira, com muita crítica social, conduzida  pelo ator António Plácido e pelos músicos Duarte Nuno e Jorge Maggiore.

Para além do humor, a dança também merece destaque na programação do Armazém do Mercado. O espaço recebe um ‘workshop’ de Dança Afro, uma iniciativa organizada por Joana Laranjeira e Pakito Lázaro, com sessões agendadas para as 10 horas e 15 horas dos próximos sábado e domingo.

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O CF Carvalheiro organiza este fim de semana algumas iniciativas para assinalar o Dia Internacional da Criança com Cancro com o objetivo de sensibilizar para a necessidade de todas as crianças vítimas de doença oncológica terem acesso a melhores tratamentos e medicamentos.
No sábado, o clube lança uma exposição no seu Centro de Convívio, alusivo ao tema “Imagens de Esperança” e na qual serão apresentados diversos desenhos elaborados pelos atletas das escolas de formação, que poderão ser vistos ao longo de toda a semana. Também na sede haverá um “sarau desportivo” destinado aos jovens das modalidades do clube, que decorrerá entre as 10 e as 12 horas.
Ainda no dia 14 mas à tarde, o ingresso no jogo da equipa sénior, agendado para as 16 horas, no Campo Adelino Rodrigues diante do CD 1.º de Maio, será efectuado mediante um donativo de 2 euros, a reverter para a Associação Acreditar. Finalmente, no domingo, o Pavilhão da Escola Ângelo Augusto da Silva será palco de um torneio de duplas de voleibol do CF Carvalheiro, que vai juntar as crianças do gira-volei com as atletas seniores das recém-apresentadas equipas masculinas e femininas, num evento a realizar entre as 10 e as 12 horas.
De referir ainda que nos jogos das equipas do Carvalheiro agendados para este fim-de-semana, as equipas entrarão em campo com um cartaz alusivo à Acreditar, instituição de solidariedade social que desenvolve um trabalho meritório em todo o País em prol das crianças com cancro e seus familiares.

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566 mil euros é quanto a Câmara de Lobos vai atribuir às instituições culturais, sociais e desportivas sediadas no concelho ou que nele desenvolvam atividades de relevante interesse público. O montante global de apoios foi aprovado hoje e representa um acréscimo de cerca de 7,4%, face ao ano passado.

Para o corrente ano,  a autarquia liderada por Pedro Coelho decicidiu contemplar 35 instituições, mais quatro relativamente ao ano precedente, sendo que verifica-se um reforço do apoio a cerca de 46% das instituições apoiadas, diminuição a cerca de 23% e a manutenção dos mesmos montantes d apoio a 31%.

As instituições cujos apoios foram mais reforçados foram as juntas de freguesia, que na sua globalidade registam um aumento de 22,7% face ao ano precedente. As instituições que viram reduzidos os apoios são essencialmente as instituições desportivas, facto que está relacionado com as variações verificadas ao nível do número de atletas praticantes das respetivas modalidades.

De referir que as instituições sociais e humanitárias são aquelas que totalizam os montantes mais elevados dos apoios, com 229.050,00 euros, representando 40% dos apoios atribuídos. Por outro lado, de entre todas as instituições apoiadas, é a Associação Humanitária Bombeiros Voluntários de Câmara de Lobos que é contemplada com verba mais elevado, ou seja 192 mil euros, representando 34% do total dos apoios municipais em 2015.

Do lado dos apoios atribuídos às juntas de freguesia, verifica-se um aumento de 22,7% relativamente a 2014. Os apoios visam assegurar a atividade daquelas autarquias na prossecução das suas atribuições legais e do interesse público municipal, a execução de obras de proximidade e a realização de iniciativas de interesse para as localidades e suas populações.

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Plumas, lantejoulas, brilho, sátira e alegria, muita alegria. Três dias não bastam para se desfrutar do Carnaval da Madeira. No Funchal, a folia é intensa e dura uma semana. A festa é para todos os gostos e para todas idades!

O Carnaval vive-se, na Madeira, um pouco por toda a parte. É, todavia, no Funchal  que se concentra o palco dos maiores eventos deste grande cartaz turístico: o cortejo alegórico e o corso popular ‘O Trapalhão’, duas formas bem distintas de exteriorizar o entrudo, uma rica em cor, outra recheada de sátira.

Quem passou, ontem, pela placa central da Avenida da Arriaga, o ‘coração’ das principais festividades funchalenses, pôde já vivenciar o espírito carnavalesco, graças às diversas ações de animação ali desenvolvidas. Para hoje, está prevista a promoção de um atelier de pinturas faciais e a atuação de bandas filarmónicas.

Antes que o samba invada as ruas da capital, ao ritmo contagiante do grande cortejo de Carnaval, as crianças serão rainhas e protagonistas de um desfile marcado para as 10 horas de amanhã. Esta sexta-feira, e também na Avenida da Arriaga, tem ainda lugar o ‘Carnaval Solidário’, seguindo-se, ali perto, uma festa no auditório do Jardim Municipal, uma iniciativa da Associação de Desenvolvimento Comunitário do Funchal.

No sábado, o Dia dos Namorados vive-se ao ritmo do samba. Às 21 horas é tempo do ‘Cortejo Alegórico de Carnaval’ sair à rua. O corso parte da Rotunda do Porto, Avenida Francisco Sá Carneiro, e segue até à Praça da Autonomia.

São nove os temas e as trupes que dão cor a este fantástico desfile:  ‘Há Magia no Funchal’ – João Egídio Rodrigues, ‘Rituais Mágicos’– Escola de Samba – Os Cariocas, ‘O Brilho da Fantasia ‘ – Turma do Funil, ‘Burlesque’ – Associação ANIMAD, ‘Um ponto de Luz no Universo’– Sorrisos de Fantasia, ‘Aura em Néon’– Associação Desportiva Cultural e Recreativa Bairro da Argentina, ‘Deuses do Sol’ – Escola de Samba Caneca Furada ‘Amor e Sedução’– Associação de Animação Geringonça e ‘Oh! Luz da Inspiração’ – Associação Fura Samba.

FOTO Turismo Madeira
FOTO Turismo Madeira

A animação prossegue até à próxima terça-feira, dia em que a sátira e a irreverência dos mascarados invade as ruas do Funchal. O ‘Cortejo Trapalhão’ está aberto à participação de todos e tem início pelas 16 horas, com saída da Avenida Francisco Sá Carneiro, Rotunda Francisco. São centenas de foliões que usam a oportunidade para expressar a sua visão   sobre as políticas em vigor, os governantes, a sociedade e outros tantos temas, fazendo valer a máxima ‘é Carnaval, ninguém leva a mal’.

Depois do ‘Trapalhão, o Carnaval despede-se da capital madeirense tal como começou: ao ritmo da música. A partir das 18h30, é tempo de dar os últimos paços de dança no auditório do Jardim Municipal, durante o ‘Concerto/Baile de Carnaval’ com ‘Os Brilhantes Guerrilhas’.

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Começou a jogar golfe com oito anos e aos 12 já competia. Aos 27 anos, o melhor golfista madeirense de todos os tempos decidiu deixar de jogar. Nuno Henriques falou ao AgoraMadeira da decisão.

O Mundo do golfe não esperava o seu abandono da modalidade aos 27 anos.

Pois, mas cheguei a um ponto em que já não estava a desfrutar e não me conseguia ver a jogar durante toda a vida. É um pouco estranho mudar de vida completamente mas estou contente.

Mas o Nuno Henriques foi o melhor golfista madeirense de todos os tempos…

Talvez sim, mas é preciso estar entre os melhores da Europa para ganhar a vida com o golfe. E isso já é mais complicado…

Quais foram as principais conquistas no golfe?

Ganhei sete torneios de juniores nos Estados Unidos, fiquei em 16º no Campeonato do Mundo, ganhei a Taça da Federação em Portugal e o Torneio Internacional da Republica Checa…Para além disso fiz muitos tops 10 no circuito universitário mas não me lembro quantos exactamente. Fiz ainda 59 pancadas num jogo de treino no Santo da Serra. Não houve muitos jogadores no Mundo a fazer menos de 60 pancadas portanto é sempre um marco importante, mesmo num jogo de treino.

Apesar de terminar relativamente cedo, sente orgulho na carreira?

Sinto. Foi bom enquanto durou e foi uma excelente experiência. Mas como disse, tenho de estar entre os melhores da Europa para ser bem recompensado senão a recompensa é pouca para uma profissão tão dura que envolve muitas horas de treino e estar constantemente a viajar.

Já está a ser difícil ter deixado o golfe ou nem por isso?

Nem por isso. No início é estranho mas agora já me habituei. Ainda jogo mas muito de vez em quando

O que se segue agora na sua vida?

Não sei ao certo ainda, vou procurar trabalho aqui em Bruxelas e neste momento estou a ver alternativas em várias áreas.  Bruxelas foi mais ou menos a minha base durante os últimos três anos e meio. Entre os torneios ficava sempre aqui como a minha namorada é de cá e agora decidi ficar de vez.. Já estou cá desde Setembro a viver a tempo inteiro.

PORTUGAL É O PAÍS DA EUROPA COM MENOS JOGADORES POR CADA 1000 HABITANTES

Como vê o panorama atual do golfe na Madeira?

Ao nível competitivo temos o Carlos Laranja que é bom jogador e espero que continue a evoluir. Também temos imensos jovens mais novos a jogar e espero que haja cada vez mais porque é com a quantidade que sai a qualidade. No geral, é pena termos poucos jogadores na Madeira e em Portugal. Somos o país da Europa com menos jogadores por cada 1000 habitantes. Mas na Madeira acho que cada vez existem melhores condições para jogar e espero que cada vez haja mais pessoas a começar a jogar.

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Com a entrada no calendário do World Tour, é aberta uma nova página na história do Madeira Island Ultra Trail (MIUT) e com ela o interesse dos atletas é ainda maior. Assim, e após o encerramento do primeiro período de inscrições, contabilizam-se 1230 participantes inscritos, de 30 nacionalidades distintas.

A organização da prova, da responsabilidade do Clube de Montanha do Funchal, destaca os seguintes nomes com maiores ambições de vencer a prova rainha MIUT 115:  Armando Teixeira, vencedor em 2011 e em 2012 (Salomon Portugal); Lionel Trivel (Team Hoka One One); Renaud Rouanet (Team Hoka One One); Adrien Seguret (Oxsitis); Sébastien Nain (Team Vibram/Foulee Greaseqe); Nuno Silva (Desnível Positivo/Berg Outdoor); Ricardo Silva (Edv-Viana Trail); Telmo Veloso (Desnível Positivo/Desafios a Dois); André Castro (Clube Ibérico de Montanhismo e Orientação); Luís Duarte (Run.pt); Luís Mota (Casa do Benfica em Abrantes); Manuel Faria (Acd Jardim da Serra) e Luís Fernandes (Ludens de Machico).

Quanto às jovens promessas, destaque para Kamil Leśniak (Inov-8 Team/Sklepbiegowy.com) e Mirco Berner (Salomon Germany), já do lado feminino, Julia Boettger (Salomon Running), Olga Manko (A.e. Matxacuca) e Ester Alves (Desnível Positivo/Salomon) serão os três nomes a ter em conta na disputa direta para o pódio final, de acordo com a organização.

Nota ainda para o facto de o centro nevrálgico da edição de 2015 do MIUT – que abrange a zona de secretariado, o check-in, o posto de comando, e a zona de chegadas (meta) – continuar a estar localizado na praça do Fórum Machico.