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Alex Bunbury é, indiscutivelmente, um dos melhores jogadores estrangeiros que já passaram pela Madeira em toda a história. De 1993 até 1999 marcou 59 golos com a camisola do Marítimo tornando-se no melhor marcador de sempre do clube do Almirante Reis. Mais do que os golos e do que as exibições, o canadiano foi um verdadeiro exemplo de entrega, dedicação e de amor à camisola.

O antigo ponta de lança verde-rubro, que a partir de hoje será um dos colunistas de opinião do AgoraMadeira, faz questão de abordar a atualidade do Marítimo, nomeadamente o momento agora vivido marcado por apenas duas vitórias em 10 jogos – derrotas com Paços de Ferreira, Sporting, Moreirense, Vitória de Setúbal, Nacional e Arouca, dois empates com o Estoril e vitórias sobre o Boavista e o Oriental, nas grandes penalidades.

«Sintam orgulho de pertencerem ao Marítimo e percebam o que ele significa para a Madeira! Todos devem olhar para o espelho e perguntar a si próprios se estão a fazer o suficiente para ajudar o clube a sair desta situação. Se os treinadores e os jogadores fizerem isto, e se os adeptos se mantiverem fiéis, acredito que será possível inverter esta situação», realça Alex Bunbury.

No próximo dia 4 vira-se uma nova página na história do Marítimo, com a realização do primeiro jogo nas novas bancadas do remodelado estádio dos Barreiros. O antigo ponta de lança verde-rubro lembra a força do “Caldeirão” e o dia mais marcante lá vivido.

“O meu melhor momento vivido no estádio dos Barreiros foi quando joguei o primeiro jogo em casa frente ao rival Nacional e nós vencemos por 3-2. Se bem me lembro, marquei os meus primeiros dois golos ao serviço do meu querido Marítimo», recorda, reforçando o significado especial que era jogar no estádio dos Barreiros. «Sempre que jogávamos nos Barreiros o apoio que tínhamos dos adeptos era fantástico e isso potenciava as qualidades da equipa. Por essa razão será sempre especial”, exalta.

Foi há 16 anos que Alex Bunbury saiu do Marítimo depois de um percurso longo de seis épocas com a camisola do Marítimo. «Foram, sem qualquer dúvida, os melhores dias da minha carreira de futebolista profissional. Joguei com excelentes jogadores, treinadores e adeptos», recorda com nostalgia, sublinhando a importância que os sócios e simpatizantes do Marítimo tiveram na sua vida.

«Tirando a minha fé em Deus, a minha família e os meus amigos, nada foi mais importante para mim do que o apoio deles durante os anos que aí joguei. Eles estão sempre no meu coração», exalta, elegendo a vitória sobre o FC Porto nas meias-finais da Taça de Portugal como um dos momentos mais marcantes da carreira. «Que grande equipa era aquela liderada pelo Paulo Autori», lembra.

DIRIGENTE E TREINADOR EM MINNESOTA

Alex é canadiano mas há muito que vive em Minnesota, nos Estados Unidos. Sempre ligado ao futebol, o antigo ponta de lança do Marítimo dirige a Academia Minnesota TwinStars, direcionada para o futebol jovem, e ao mesmo tempo treina uma equipa semi-profissional naquele estado norte-americano. «Ando sempre muito ocupado com várias coisas», confessa, manifestando-se orgulhoso pelo facto de o filho Teal Bunbury, avançado de 24 anos, estar a ter sucesso no futebol.

«Ele joga no New England Revolution da MLS e é um dos futebolistas mais talentosos do país. Curiosamente, começou a jogar no Marítimo quando tinha sete anos e neste mercado de transferências vai ser um jogador livre. Esta sexta-feira vai ficar a saber ao certo as propostas que tem da Europa. E são muitas», congratula-se

No primeiro dia de 2015, Alex Bunbury faz questão de desejar um bom ano a todos os adeptos do Marítimo «e a todas as pessoas simpáticas da Madeira!»