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David Fernandes / Canoísta do Clube Naval do Funchal

Está no inicio a época competitiva da Canoagem. Em termos regionais as provas tiveram um contratempo devido às condições do estado do mar que obrigaram ao adiamento das primeiras duas competições. É a grande dificuldade que temos na nossa Região no que toca a realização de competições de canoagem na especialidade de “águas calmas”. Não é fácil termos as condições ideais e por vezes com o aproximar das competições nacionais estas provas têm de ser feitas mesmo com condições adversas, para permitir o apuramento dos canoístas aos nacionais.

Ao nível nacional, o fim de semana de Carnaval foi de festa para a Canoagem Portuguesa. No sábado realizou-se a primeira prova do calendário nacional, o controlo de 2000m. Após 5 meses sem competições, a ansiedade era muita nos atletas, pois estamos num ano de apuramento olímpico e também é o ano em que Portugal irá realizar dois grandes eventos na pista de Montemor-o-Velho – o Campeonato do Mundo de Juniores e Sub-23 e a Taça do Mundo. Em relação aos resultados, correu dentro do esperado aos atletas da Madeira, todos a representar o Clube Naval do Funchal. Foi uma prova para que as equipas técnicas responsáveis pelas equipas nacionais e também para os treinadores dos clubes pudessem avaliar a forma atual dos atletas e o trabalho realizado na época de inverno.

Esta prova antecedeu a Gala dos Campeões organizada pela FP Canoagem no Centro de Artes e Espetáculos da Figueira da Foz, onde para além da entrega dos diplomas aos clubes e aos atletas detentores de títulos nacionais, bem como atletas com participações internacionais, foram entregues os prémios do ano. Prémios que visam distinguir aqueles que se destacaram no meio de tantos e bons resultados. Acabei por ser distinguido, juntamente com os meus colegas de K4, com o prémio de “Atleta do Ano”. Para os mais esquecidos, foi apenas por sermos Vice-Campeões do Mundo e medalha de Bronze no Campeonato da Europa em 2014. Espero que este bom presságio, seja o inicio de um ano de êxitos desportivos onde o objetivo da época seja alcançado. E o objetivo, claro, é o apuramento Olímpico.

Este ano também terá nos mares da Madeira a segunda edição do Madeira Ocean Race, um evento de Canoagem de Mar mas na especialidade de Surfski. A organização estará a cabo do Clube Naval do Funchal, juntamente com a Federação Portuguesa de Canoagem e a Associação de Canoagem da Madeira. As embarcações de Surfski são mais longas do que os kayaks que habitualmente conhecemos, são desenhadas para competições em mar aberto com vento a favor (Downwind), com percursos com largada e chegada em diferentes locais. Os atletas são postos à prova de forma a tirar partido do vendo e das ondas a seu favor. É rápido, mais seguro porque em caso de virar, permite ao canoísta entrar no kayak com alguma facilidade e há quem diga que é mais divertido que a “canoagem normal”.

Devido as suas características, é possível entrar em qualquer parte da ilha com acesso ao mar, seja no porto do Funchal, numa praia de areia ou de pedras. Muito popular na África do Sul e na Austrália, o Surfski chegou recentemente aos países europeus e Portugal não foi exceção. Pelo contrário, foi em território nacional que se realizou o primeiro campeonato do Mundo como também o primeiro campeonato da Europa, que sucederam aos grandes eventos realizados pelo maior construtor a nível mundial de kayaks, a empresa Nelo.

Foi também com o alto patrocínio do Turismo Madeira e desta empresa que em Outubro de 2014, para além dos canoístas madeirenses e continentais, alguns deles com um curriculum internacional invejável, estiveram também presentes na nossa ilha atletas de mais 5 países, atletas olímpicos, campeões da Europa e do Mundo de diversas especialidades da canoagem, o que levou com que este primeiro evento de Surfski fosse um verdadeiro sucesso.

Esperemos que este ano os apoios possam ajudar na realização de um melhor evento desportivo, tentando captar a atenção do máximo de canoístas possível, fazendo lembrar os tempos de ouro da prestigiada “Volta à Madeira em Canoa”, que infelizmente acabou por se perder.

No futuro, a par dos eventos de trail e de águas abertas, este evento de canoagem promete ser uma mais valia na promoção do destino Madeira. Mas como em tudo na vida, infelizmente existem pessoas cegas pela inveja que não apoiam estes eventos, quando noutrora alguns estiveram à frente de grandes eventos e outros que atualmente vêm o Surfski como uma afronta às suas atividades.

Por muito que custe a certa gente admitir, esta modalidade tem na nossa região as condições ideais para a sua prática em qualquer altura do ano e em qualquer parte da ilha, podendo até, dentro de poucos anos, aspirar à realização de um evento mundial da especialidade. Embora a cultura desportiva que existe na ilha da Madeira esteja de costas voltadas às atividades náuticas, não tenho dúvidas que daqui a pouco tempo esta novidade estará na vida dos madeirenses, uma nova forma de atividade física para os amantes do mar e apreciadores da natureza.

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Teresa Almeida, Armanda Duarte, Diogo Navarro e Fernando Quintas. Estes são os artistas portugueses que, até ao próximo dia 19, integram a exposição internacional de arte contemporânea sobre o vidro e a luz – ‘Within Light / Inside Glass. An intersection between art and science’ -, patente Palazzo Loredan, em Veneza.

15 artistas de vários países foram convidados a participar nesta mostra pelas curadoras Rosa Barovier Mentasti e Francesca Giubilei para desenvolverem obras sob o tema a luz e o vidro nas salas da antiga biblioteca do Palazzo Loredan. Quatro deles são portugueses.

A influência recíproca entre a luz e o vidro de um ponto de vista formal e concetual é o mote dos trabalhos expostos que usam néon ou luz natural, vidro de borosilicato para micro ou macro esculturas, técnicas antigas de Murano ou novas tecnologias, fotografia, pintura e desenho, transparência e luminescência.

Mika Aoki, Enrico Tommas, Veronica Green, Alan Jaras, Anna-Lea Kopperi, Richard, Meitner, Éric Michel, Silvano Rubino, Elisabeth Scherffig, Cesare Toffolo and Robert Wiley são outros dos nomes   presentes no Istituto Veneto.

O projeto é coordenado por António Pires de Matos, Isabel Silveira Godinho e Andreia Ruivo membros da Vicarte,  unidade de investigação ‘Vidro e Cerâmica para as Artes’, instalada no campus da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa.

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Um grupo de arqueólogos descobriu na Grécia uma rara sepultura de um casal pré-histórico abraçado. O anúncio  foi feito na passada quinta-feira pelo ministério da Cultura grego.

A descoberta deu-se na gruta de Diros, um local de escavações situado na costa da península do Peloponeso, indicou o ministério em comunicado.

Segundo os arqueólogos, a  sepultura foi  datada com Carbono-14 como sendo de 3.800 a.C., e os testes de ADN confirmaram que os restos mortais são de um homem e uma mulher jovens.

“Enterros duplos de pessoas abraçadas são extremamente raros e o de Diros é um dos mais antigos do mundo, se não o mais antigo encontrado até hoje”, sublinhou o ministério.

Uma escavação de cinco anos naquela área costeira, completada no ano passado, também revelou a sepultura de uma criança e a de um feto, além de um ossário contendo restos de dezenas de pessoas.

“Podemos com segurança concluir que esta área funcionou, na memória coletiva destes grupos, como um local para depositar os seus mortos durante milhares de anos”, referiu o ministério da Cultura grego.

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O escritor e artista plástico moçambicano, Adelino Timóteo, conhecido pela sua escrita interventiva, será galardoado em Junho próximo, em Lisboa, durante o encontro anual de escritores moçambicanos na diáspora, anunciou o jornal O País.

Promovido pelo Círculo de Escritores Moçambicanos na Diáspora (CEMD), este evento será marcado pela realização de uma feira do livro, debates, palestras e apresentação de livros, exposição de pintura, fotografia e escultura.

Escritor e artista plástico, Adelino Timóteo nasceu na Beira em 1970. É formado em docência da língua portuguesa  e  jornalista no Canal de Moçambique.

Adelino Timóteo venceu o Prémio do SNJ para a Melhor Crónica Jornalística em 1999. Em 2001 venceu o Prémio Nacional Revelação de Poesia na AEMO. Publicou os seguintes títulos: Os Segredos da Arte de Amar (1999), Viagem à Grécia através da Ilha de Moçambique (2002), A Fronteira do Sublime (2006), Mulungu (2007), A Viagem da Babilónia (2009) e Nação Pária (2010).

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Foi a sátira política, mais uma vez, a rainha do cortejo ‘Trapalhão’. O corso carnavalesco levou, ontem, milhares de pessoas às ruas da capital da Madeira, numa tarde ‘abençoada’ pelo bom tempo.

Fotos Pedro Brazão de Castro

‘O Zezinho chegou no seu avião e foi direto para a prisão’, assim cantava um dos grupos que desfilaram na capital madeirense. Da prisão do ex-primeiro ministro José Sócrates – sem dúvida o tema mais recorrente no cortejo de ontem – à eleição de Miguel Albuquerque como líder do PSD-Madeira, as críticas do ‘Trapalhão’ causaram sorrisos e deram azo à boa disposição.

Alberto João Jardim, como sempre, não faltou entre as figuras retratadas, num desfile muito dominado pelo travestismo. 300 inscritos deram azo à imaginação e trouxeram à rua diversos reparos à atualidade regional e nacional. Entre os temas abordados, sobressaíram as críticas a alguns autarcas, às iluminações de natal e às filas de espera no ‘hospital das almas’.

O público agradeceu a diversão. Marina Silva só não gostou mesmo foi “do excesso de travestis” que, acredita, pouco “têm a ver com o espírito crítico do Trapalhão”, uma opinião prontamente contestada por Américo Dinis que viu nas indumentárias ousadas um bom motivo para “umas boas gargalhadas”.

Opiniões aparte, o ‘Trapalhão’ voltou a surpreender pela criatividade. O cortejo atraiu, este ano, muitos turistas, numa edição que, como já se disse, primou pelo bom tempo.

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Paulo Fidalgo / Treinador do Madeira SAD

Ao treinador compete melhorar e otimizar os recursos que estão ao seu dispor, no entanto todos sabemos que os tempos são difíceis, todos vivemos histórias de dificuldades, desemprego, dividas, etc., assistimos a um sem número de barreiras que nos impedem de respirar com mais otimismo. Na hora de otimizar muitas são as barreiras a transpor e muitas delas são dificuldades fora do âmbito desportivo.

Quando lideramos grupos que competem em níveis elevados de exigência desportiva, sabemos que, para além da dureza dos adversários, temos um rol de problemas que circulam à volta da sociedade que nos entram pelo balneário dentro, sufocando por vezes o verdadeiro trabalho do Treinador, obrigando-o muitas vezes a deixar o caderno tático e vestir a farda do Amigo/Psicólogo.

É público que a mudança do Paradigma Financeiro de apoio ao Desporto foi alterada nos últimos anos. Tinha de ser, pois toda a sociedade mudou de paradigma. No entanto, essa para mim não foi a terrível mudança, a pior mudança foi protagonizada por aqueles que deixaram de ser competentes e exigentes usando a problemática financeira. Temos menos dinheiro, temos menos recursos, vamos por inerência ter mais hipóteses de insucesso desportivo. Sim, concordo, no entanto existe a palavra SUPERAÇÃO e por muito pouco dinheiro que haja nas contas dos clubes, por muitas dívidas a pagar, por muito que os problemas da sociedade entrem pelo balneário, A MENTALIDADE DE VENCER tem de ser inalterável.

A Mentalidade de VENCER não significa vencer sempre. Significa trabalhar até à exaustão para alcançar um objetivo de superação e mesmo não o conseguindo, saber que no próximo confronto iremos estar mais próximos, até que um dia, sem nunca termos abrandado, conseguimos alcançar a superação.

O Andebol Regional é feito de combatentes em muitos clubes e instituições, que nunca retiraram dos seus princípios a mentalidade de fazer mais com menos, ao contrário daqueles que ficaram mentalmente paralisados à falta de recursos e facilmente “caíram” com o passar do tempo, pois nisso o Andebol é muito seletivo. Só os mais fortes resistem e podem vencer!

Mais do que nunca sinto o Andebol Regional com força e unido, começando na sua Associação Regional onde a vitalidade é contagiante, as SAD´s que enobrecem a Região e a enriquecem nos Campeonatos Nacionais. Os clubes CS Marítimo e Sports Madeira que abarcam muitos jovens para palcos superiores e os Clubes Regionais como o Académico, Bartolomeu Perestrelo, Escola da Levada, Escola de Santana, etc., que são o 1º motor de arranque desta máquina que é o Andebol Regional, todos fazem falta, todos devem trabalhar com a “MENTALIDADE” e não deixar a mudança do paradigma financeiro vencer.

Enquanto treinador do Madeira Andebol SAD tudo farei para que a “MENTALIDADE” retome aos índices que já o foram no passado, sabendo que o tempo e a estabilidade são fatores indispensáveis para que a receita injetada tenha o produto desejado.

Como dizia um grande treinador “…o maior problema não é introduzir uma nova mentalidade, é sim eliminar as antigas…”

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Sandra Feliciana da Silva é natural de Porto Velho, do estado de Rondónia, tem 50 anos e é professora. A brasileira diz-se uma apaixonada por aquariofilia, ecologia de sistemas fechados e revela ser uma escritora de ficção científica.

Ela é uma das 100 candidatas ao projeto Mars One. Entre os 50 homens e as 50 mulheres que passaram à terceira fase, apenas se encontram 31 europeus, dois dos quais espanhóis, 16 pessoas provenientes da Ásia, sete da Oceânia e 39 do continente americano.

A ideia é organizar a primeira colónia humana em Marte. Anunciado em 2012, o projecto liderado pelo engenheiro holandês Bas Lansdorp pretende ser o primeiro a levar pessoas para Marte, estando a seleccionar colonos que não pretendam regressar.

A Mars One prevê o envio da primeira equipa de quatro colonos para o planeta vermelho em 2024 e, até ao momento, só angariou 759.816 dólares, dos seis mil milhões dos necessários.

Os 100 candidatos seleccionados vão agora formar equipas que vão enfrentar provas para demonstrar a sua aptidão individual, mas também em grupo, vivendo na Terra numa cópia da estação que será construída em Marte.

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Se há alguns anos, alguém lhe dissesse que iria conseguir dar a volta à ilha a pé e chegar ao fim entre os primeiros lugares deixando para trás perto de 400 atletas, Manuel Faria nunca iria acreditar.

“Só comecei no trail há três anos. Fui praticante de atletismo durante muito tempo mas nunca fui referência na modalidade. Entretanto, como gostava muito de correr, de fazer caminhadas e da natureza, conjugaram-se várias coisas para que optasse pelo trail”, justificou o trailer do Jardim da Serra.

Manuel Faria vai participar pela terceira vez no Madeira Island Ultra Trail na próxima edição. No primeiro ano fez a prova de 85 km e conseguiu ser segundo classificado à geral, tendo sido o melhor madeirense, já em 2014, e na prova principal, foi sétimo classificado à geral, num universo de 400 atletas, sendo novamente o atleta madeirense mais rápido em competição. “E sem treinador, sem nada, só com os conhecimentos que tinha do atletismo”, lembrou o desportista que olha com ainda maior ambição para a edição de 2015.

“Tenho vindo a evoluir bastante e agora, com o apoio de um treinador, quero chegar mais à frente na classificação final, quem sabe até ganhar a prova. É um sonho que tenho, quem sabe se não será possível”, sublinhou, confiando no melhor resultado de sempre em Abril, mostrando-se também esperançado em melhorar os seus tempos.

Manuel Faria que nas últimas semanas esteve a acompanhar a equipa da Hoka One One nas serras da Madeira. “Estive com eles a fazer parte do percurso do MIUT e estive a ensinar-lhes parte do trajeto. O Julien Chorier conhecia mas o resto da equipa não”, justificou.

HÁ UM ANO A PREPARAR O MIUT 2015 COM O EX-TREINADOR DE CARLOS SÁ

Logo que terminou o MIUT 2014, Manuel Faria começou a preparar a edição seguinte, num trabalho agora completamente distinto, muito mais estruturado.

“Estou a treinar com o Paulo Pires, treinador que treinou o Carlos Sá e o Armando Teixeira, a elite do trail português. São muitas horas a treinar na montanha, muita musculação. Treino todos os dias, quer na estrada, nas levadas, nas promenades, com ritmos diferentes”, explicou.

Manuel Faria é o atual campeão nacional de Sky-Running, numa prova que decorreu no ano passado, em Santana.

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Pedro Mota / Vice-presidente do Nacional

Ponto prévio: quando escrevi o artigo não sabia que o Serginho Cunha também colaborava com o Agora Madeira! O Serginho é o melhor marcador de sempre do Nacional! Um internacional brasileiro que aterrou na Madeira e nunca mais parou de marcar golos! Uma referência do Clube e que estará sempre presente na vida do Clube como o seu maior goleador! Ele fez o Nacional subir à II Liga e à I Liga! Foi uma máquina de golos!

E isto é importante porque vivemos num tempo de mistura (sem sentido) de conceitos: hoje, quando chega um avançado ao Clube, costumo perguntar: marca golos? E ele diz: “Ah, não… eu jogo nas costas, faço a diagonal interior, etc.”; quando chega um médio, pergunto: organiza o jogo?: “Ah não, sou mais um destruidor de jogo que limita os espaços”; Quando chega um defesa, pergunto: marca em cima os adversários?; “Ah não, mas “saio bem” com a bola…..que diabo! Até quando chega um guarda-redes, pergunto: joga bem com as mãos? “Ah não, mas jogo muito bem com os pés!” Mas que raio de teorias são estas? Por isso é que nunca esquecerei o Grande Serginho!

Finalizando, já escrevi sobre isto mas às vezes é bom repetir, principalmente para aqueles que acham que os “carros de pau” são uma modalidade amadora: ecletismo significa (em termos de pensamento) a liberdade de escolha sobre aquilo que se julga melhor ou reunir os melhores entre vários. Importa referir isto porque o ecletismo desportivo é associado a um leque muito variado de modalidades e a um grande número de praticantes, quando (filosoficamente) se trata do contrário.

A ideia não é ter muitas modalidades ou um vasto número de praticantes, mas a de ser referência naquelas modalidades que se tem até porque a quantidade é quase sempre inimiga da qualidade (os grandes clubes europeus não apresentam mais do que 2 ou 3 modalidades.)

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O projeto de sucesso do Marítimo – que chegou a ser único em Portugal numa altura em que todos os clubes desistiram das equipas B – pode ter os dias contados.

Segundo apurou o AgoraMadeira, o Marítimo B deverá mesmo acabar caso a equipa não consiga permanecer na Segunda Liga na próxima época. Caso tal se verifique, a formação secundária verde-rubra irá competir no Campeonato Nacional de Seniores onde já milita o Marítimo C.

Ora, a escolha entre uma das equipas seria então obrigatória e é aqui que entra a vertente financeira. A equipa C é incomparavelmente menos onerosa do que a equipa B porque não é uma equipa profissional: a prova é organizada pela Federação Portuguesa de Futebol e não pela Liga, o que reduz, e muito, os custos inerentes ao projeto em todas as frentes, como por exemplo, os salários e o custo das inscrições…

Numa altura em que o Marítimo está assumidamente a investir no património com o apoio financeiro do próprio clube na obra de remodelação do estádio dos Barreiros, e quando a equipa B do Marítimo continua a não ser apoiada pelo Governo Regional – excetuando nas deslocações áreas – tudo se conjuga para que a menina do olhos de Carlos Pereira, a equipa B, deixe mesmo de existir.

Pepe, Danny e Baba são apenas três dos muitos nomes de jogadores que “nasceram” no Marítimo B e deram salto para o sucesso.

Contudo, caso seja feita a mudança nos projetos, a promoção de jovens jogadores com a perspetiva de subida à equipa principal continuaria noutros moldes, sem o palco da Segunda Liga mas na mesma num campeonato de âmbito nacional onde haveria sempre perspetiva de evolução.

UM DOS PIORES CAMPEONATOS DE SEMPRE

A equipa B do Marítimo tem vindo a fazer um dos piores campeonatos de sempre. O projeto vai já no terceiro treinador – Carlos Graça, Filipe Neto e agora Rui Nascimento – mas os resultados tardam em aparecer.

No 22º lugar com apenas 25 pontos em 27 jogos, é a segunda equipa com mais derrotas – 16 – depois do lanterna vermelha Trofense com 17 e a equipa que mais sofre golos na Segunda Liga a par também do Trofense, ambos com 50 golos sofridos. Tem ainda o terceiro pior ataque do campeonato com apenas 25 golos marcados, atrás do Santa Clara e do Trofense, respetivamente.

Esta quarta-feira a equipa B do Marítimo recebe o Olhanense a partir das 16 horas, num desafio que marca o regresso dos jogos ao estádio da Imaculada Conceição, em Santo António.