Já cá faltava…, com tanta análise, documentos e propostas o Norte ficou como sempre esquecido. O mesmo Norte das piscinas do Porto Moniz, das grutas de São Vicente, das casinhas de Santana, da Floresta Laurissilva, das cascatas naturais, dos passeios a pé e das levadas… Pois é, o Norte, mais uma vez, foi pouco considerado. Não que o Norte seja concorrente dentro deste destino que não o é, é apenas a alternativa, a alternativa da natureza, ou até a contemplação da mesma.
Quando se fala em desenvolver (ainda mais) a zona turística do Funchal, quando se fala em criar acessibilidades para os diversos atrativos turísticos é que estamos a desvalorizar o norte, não acreditamos na sua capacidade de proporcionar uma estada de qualidade aos seus clientes, uma experiência de férias memorável com a marca da autenticidade da Madeira.
Turisticamente falando, não é possível separar o Norte do Sul da Madeira, mas também não é possível isolar o Sul do Norte. Está provado que o turista da Madeira procura esta alternativa, esta identidade da natureza e o caminho da evolução turística da Madeira passa inconfundivelmente por uma miscelânea de mercados de nicho entre os quais o turismo sénior, os passeios a pé, a cultura vinícola, os eventos, a gastronomia, o surf, o mergulho… entre outros.
O ideal de promoção é simples: promover o destino como um todo, dissociá-lo da capital Funchal, e englobar os diversos “resorts” do destino. Englobar o Norte, o Caniço, a costa Oeste. Afinal estes também estão nas páginas das brochuras dos operadores e acreditem ou não, existem clientes para estas áreas. A promoção da Madeira passa pelo Norte, bem como por todas as outras áreas geográficas da Madeira. Passa pelo Porto Santo que tem de encontrar demanda para combater a sua sazonalidade. Até passa pela cidade do Funchal, que mesmo centralizando todos os eventos no seu núcleo, sofre cada vez mais com a demanda do Verão VS o decréscimo de procura do Inverno.