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Adelino Pimenta / Subintendente do Comando Regional da Polícia de Segurança Pública

Apesar de já muito ser dito e escrito sobre o trânsito automóvel em rotundas, parece-me que estas continuam a ser um obstáculo para muitos condutores que, por desconhecimento, falta de prática e alguma inabilidade, sentem-se pouco confortáveis quando conduzem nesse ambiente.

A explicação que encontro para este receio infundado e de difícil compreensão tem a ver com as características da rede viária que existia há muitos anos na Madeira, onde não existia circulação automóvel em filas de trânsito paralelas e onde os condutores quase nem tinham necessidade de fazer uso dos espelhos retrovisores exteriores. Nem sabiam fazer uso desse valioso auxiliar da condução. Também as poucas rotundas existentes no passado só possuíam uma fila de trânsito. Ora, aqui não havia a preocupação de ter atenção ao veículo que poderia circular na fila de trânsito ao nosso lado.

Com as alterações introduzidas pelos municípios na circulação rodoviária citadinas (no início, essencialmente na cidade do Funchal), em que foram adotados os “sentidos únicos” em muitos arruamentos, o condutor madeirense passou a ter necessidade de fazer uso mais frequente dos espelhos retrovisores. Ou seja, passou a fazer aquilo que nem teve necessidade de aprender na escola de condução. Essa necessidade, por razões óbvias, acentuou-se muito com o aparecimento da chamada “Via Rápida” e das “Vias Expresso”, mas também nas rotundas.

O surgimento de várias rotundas, com maiores dimensões, com mais de uma fila de trânsito, com capacidades de escoamento de trânsito muito maiores e nunca até aqui sentidas, veio trazer ao de cima a nossa falta de prática de condução nas mesmas. Assistia-se, antes da entrada em vigor das novas regras de circulação em rotundas, a que muitos condutores, numa forma defensiva e para livrarem-se de responsabilidades em eventuais acidentes, circulavam preferencialmente nas filas de trânsito exteriores. Aliás, cheguei a ouvir conselhos e opiniões, que apontavam nesse sentido, inclusivamente por parte de condutores profissionais, que até são os que exercem a condução automóvel com maior habilidade de destreza, por força das respetivas profissões.

Entretanto a lei mudou….

Com as alterações legislativas introduzidas no Código da Estrada, que passaram a vigorar no início de Janeiro de 2014, que vieram criar, especificamente para as rotundas, novas regras de circulação, as dúvidas passaram a ser “mais que muitas”, mesmo para os mais desenvoltos do volante. O fato de que serem criadas novas regras, mas também exceções a essas regras, não ajudou muito e, de certa forma, veio confundir ainda mais uma grande parcela de condutores.

Especificamente para as rotundas, foi aditado ao Código da Estrada o art.º 14-A, cuja redação é a seguinte:
“1 – Nas rotundas, o condutor deve adotar o seguinte comportamento:

a) Entrar na rotunda após ceder a passagem aos veículos que nela circulam, qualquer que seja a via por onde o façam;
b) Se pretender sair da rotunda na primeira via de saída, deve ocupar a via da direita;
c) Se pretender sair da rotunda por qualquer das outras vias de saída, só deve ocupar a via de trânsito mais à direita após passar a via de saída imediatamente anterior àquela por onde pretende sair, aproximando-se progressivamente desta e mudando de via depois de tomadas as devidas precauções;
d) Sem prejuízo do disposto nas alíneas anteriores, os condutores devem utilizar a via de trânsito mais conveniente ao seu destino.

2 – Os condutores de veículos de tração animal ou de animais, de velocípedes e de automóveis pesados, podem ocupar a via de trânsito mais à direita, sem prejuízo do dever de facultar a saída aos condutores que circulem nos termos da alínea c) do n.º 1.
3 – Quem infringir o disposto nas alíneas b), c) e d) do n.º 1 e no n.º 2 é sancionado com coima de € 60 a € 300”.

Naturalmente que o objetivo, que presidiu a esta alteração legislativa, foi o de criar mais e melhor segurança à circulação automóvel nas rotundas. A verdade é que, pelo menos até ao presente, surtiu efeito contrário, senão vejamos: Em 2013 (primeiro ano de mudança) na RAM aconteceram 25 acidentes em rotundas; já no ano de 2014 esse número subiu para 34.
Como diz o ditado, “a esperança é a última a morrer”, eu acredito que, num futuro não muito longínquo, estes números, fruto de mais experiência e habituação, maiores cuidados e sensibilidades dos condutores, tenderão a diminuir.

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Foto: Tiago Sousa

Dos 1329 participantes inscritos na sétima edição do Madeira Island Ultra Trail, só 163 é que desistiram da prova.

O maior número de ausências abrange a prova de 115 km, onde houve 94 desistências. Assim, dos 378 inscritos, chegaram à meta em Machico 284 trailers. Destes 94, 81 desistiram durante o percurso, 10 foram desclassificados e três não partiram.

Na segunda prova maior, a UT85, 33 concorrentes desistiram: dos 179 inscritos, concluíram 146 atletas.

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Fernando Santos gostava um dia de treinar o Marítimo. Disse-o em declarações ao AgoraMadeira, projeto ao qual o selecionador nacional se mostrou sensibilizado daí ter aceite o repto lançado de abordar um pouco mais a forte ligação que tem com a Madeira.

Como começou esta ligação que tem com a Madeira?

Já tem 36 anos. É claro que, antes, já tinha vindo cá jogar mas a minha ligação começou desde que tive a felicidade de vir jogar para o Marítimo. Fiquei muito ligado a esta terra pela forma como fui recebido. Estive cá um ano e tive muita pena de ter de me ir embora. Pena minha e pena também dos madeirenses, pelo menos aqueles que estavam mais ligados ao Marítimo. Mas há uma coisa que me marcou muito e ainda hoje marca. Tantos anos depois, volto à Madeira e muita gente fala comigo convencida de que cá estive muitos anos, o que não é verdade. Mas a ligação ficou, talvez fruto da minha esposa ter estado comigo nessa altura.

Foi uma ligação diferente dos outros sítios onde esteve?

Sem dúvida. Se por um lado eu era profissional de futebol, por outro, houve esta ligação mais familiar com as pessoas da terra. Uma ligação diferente já que normalmente o jogador fica um pouco ao lado. Eu criei muitos laços de amizade porque tenho muitos amigos aqui. Casais, gente que não tem nada a ver com o futebol e com a qual eu me liguei, por isso criei esta grande afinidade a esta bela terra que é a ilha da Madeira.

A sua filha casou, entretanto, com um madeirense, o que ainda terá reforçado os seus laços com a Madeira…

Sem dúvida. É curioso. Há 3/4 anos atrás a minha filha casou com um madeirense e hoje está cá. É juíza cá no Funchal e o meu neto vive aqui, daí a maior ligação minha a esta terra.

E como foi essa época de 1979/80 no Marítimo?

Foi um ano excelente. O treinador era o Manuel de Oliveira e o presidente do Marítimo era o Dr. Nicolau Borges. Foi com ele que eu vim mas depois saiu e entrou o António Medeiros. O grupo era muito bom, com muita gente de cá. O Noémio, o Rui, o Fernando, o Olavo, o Arnaldo Carvalho, o Eduardinho, o Joãozinho, o Hilário, o Camacho e ainda o China, um brasileiro que era um jogador fabuloso. Para além de um grupo forte, tínhamos também uma equipa muito boa.

As deslocações aéreas eram um problema?

Sim. Lembro-me de estarmos condicionados com a questão das deslocações. Nessa época era muito difícil as deslocações, o que condicionou-nos muito mas fizemos na mesma um excelente campeonato. As viagens eram tremendas e criavam-nos um grande desgaste. Fomos às meia-finais da Taça de Portugal, que julgo ter sido a primeira vez do clube. Acabámos por ser eliminados pelo FC Porto no estádio das Antas, mas foi um ano fantástico com uma equipa excelente.

Como eram as condições de treino da altura?

Treinávamos no campo do Liceu e no parque de estacionamento ao pé dos Barreiros. Mas na mesma digo que aquela equipa, nas condições atuais, podia ter feito coisas grandes.

Gostava de treinar um clube na Madeira no futuro?

Eu sempre disse que emocionalmente há dois clubes aos quais eu estou ligado, e muito: o Estoril e o Marítimo, portanto se fosse pelo coração havia dois clubes que eu treinaria um dia: o Marítimo ou o Estoril.

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Impressionante ambiente na cerimónia de entrega de prémios do Madeira Island Ultra Trail 2015. A tenda principal da prova encheu com várias centenas de participantes, todos aguardando pela tão desejada subida ao palco, um momento marcante para todos.

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A cerimónia da entrega de prémios do MIUT 2015 está prestes a arrancar em Machico. Neste momento, centenas de pessoas concentram-se junto ao pódio. Participantes, familiares e amigos não param de chegar. O cenário é de festa total, no ponto alto desta prova internacional que está, este ano, pela primeira vez integrada no World Tour.

 

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Muitas dezenas de pessoas concentram-se agora na tenda do secretariado MIUT e junto à meta, em Machico. Um ambiente de festa e convívio fantástico, com participantes de várias nacionalidades a aguardarem, com expetativa, pela cerimónia final da entrega de prémios  prevista para as 12:30. 

Recorde-se que  Luís Fernandes (Ludens Clube de Machico) e Ester Alves (Salomon Suunto) foram os grandes vencedores da 7ª edição do Madeira Island Ultra Trail (MIUT).

No setor masculino, foi a primeira vez que um madeirense venceu o MIUT. 14.36.19 horas foi o tempo que Luís Fernandes precisou para festejar uma conquista inédita e com 14 minutos de vantagem para o segundo classificado Nuno Silva.

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Luís Fernandes (Ludens Clube de Machico) e Ester Alves (Salomon Suunto) venceram a 7ª edição do Madeira Island Ultra Trail (MIUT).

No setor masculino, foi a primeira vez que um madeirense venceu o MIUT: 14.36.19 horas foi o tempo que Luís Fernandes precisou para festejar uma conquista inédita e com 14 minutos de vantagem para o segundo classificado Nuno Silva.

Com este resultado, o trailer da Madeira, que dominou a partir da segunda parte da prova, sagrou-se campeão de Portugal de Trail Ultra Endurance e ficou automaticamente apurado para o Campeonato do Mundo de Trail, em 2016.

Nuno Silva (Desnível Positivo) concluiu o MIUT com 14.50.34 horas e na terceira posição ficou Luís Duarte com 14.59.09 horas.

ESTER ALVES

Em femininos, Ester Alves também se sagrou campeã nacional de Trail Ultra Endurance chegando à meta em 18.43.08 horas à frente de Véronique Chastel (Team Hoka One One), com 19.06.48, e de Susana Simões (Desnível Positivo) com 19.20.20 horas.

A prova principal do MIUT, com 115 km, teve início no Porto Moniz.

Já o Ultra85, que começou nos Estanquinhos, foi ganho por mais um madeirense, desta feita Francisco Freitas (Madeira Ultra Runners), depois de ter dominado de forma absoluta e chegado à meta em 09.39.10 horas, com 21 minutos de vantagem para o segundo que foi Martin Schedler (Salomon Germany), 10.00.49. Miquel Silva (Club Alpí Palamós) fechou o pódio, com 10.41.24.

Nas provas mais pequenas, o Trail40, que arrancou do Pico do Areeiro, foi ganho por Nelson Graça (Run.pt) com, com a marca de 3.28.36 horas. Nuno Patrício (Clube da Natureza de Alvito), 3.30.09, e Luís Fernandes (Trilho dos Templários A.C.R Santa Cita), 3.40.35 horas, preenchem o segundo e terceiro lugares, respetivamente.

Por fim, no Trail17, que saiu da zona da Portela, a vitória pertenceu a Marco Silva (Associação Desportiva Galomar) com o tempo de 1.11.37 horas, seguido de Rodolfo Ferreira (Restaurante O Boleo), com 1.20.50 horas, e a fechar o “top” três ficou Pedro Costa (Restaurante O Boleo), com 1.21.31 horas.

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Tranquilo e disfarçando muito bem o cansaço, Luís Fernandes chegou à meta em Machico de sorriso rasgado. Afinal, tinha acabado de conseguir a vitória mais importante no ultra trail até agora. Veja o essencial do que disse.

1º Luís Fernandes (Ludens Clube de Machico)

“Sinceramente, nunca pensei vencer esta prova. No ano passado venci a UT85, mas esta foi a minha primeira experiência numa competição tão longa e tão competitiva. Penso que consegui gerir bem a prova, impondo o meu ritmo, treinei muito com um grande treinador, que é o Paulo Pires, e tive muito cuidado com a alimentação. O MIUT é uma prova fantástica num percurso espetacular e o Clube de Montanha do Funchal está de parabéns pela excelência da organização.”

2º Nuno Silva (Desnível Positivo)

“O meu primeiro objetivo era a vitória e o segundo era fazer menos de 15 horas, o que consegui. As escadas do Pico do Areeiro atraiçoaram-me e foi uma prova difícil. O Luís controlou bem a prova e é um excelente atleta. Esta foi a minha segunda presença no MIUT e fico feliz por ver a prova a crescer. Em termos de dureza, de abastecimento e de apoio e de controlo de tempos, não tenho dúvidas em dizer que esta é a melhor prova nacional.”

3º Luís Duarte (RUN.PT)

“Não esperava este resultado. A concorrência era muito forte e como não conhecia o percurso fiz a prova com cautela. Aos poucos fui subindo na tabela até chegar ao terceiro lugar. Já fiz provas lá fora mas para mim o MIUT é uma das provas mais bonitas com paisagens e trilhos lindíssimos, sempre com muita variedade. A minha tática foi ouvir o corpo.”

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Uma família decidiu juntar-se para uma estreia em grande no Madeira Island Ultra Trail. Três meses de treinos coordenados a partir da Madeira e rigorosamente executados em Londres, as Silveira vão ser esperadas na meta pela avó que completa hoje 90 anos. É a festa da família no MIUT contada pelo AgoraMadeira!

Um é pouco, dois é bom, cinco é muito melhor.  As famílias Silveira e Pita não estiveram para meias medidas no que toca à sua participação no Madeira Island Ultra Trail e decidiram fazer-se representar não por um, mas por cinco elementos. Atenção a estes concorrentes!

Boa disposição aparte, o objetivo de Virgínia e de Rosalina Silveira é chegar à meta. As duas irmãs fazem-se acompanhar no trajeto dos 17 kms por outra irmã, o namorado desta e a sobrinha. A ideia é homenagear a avó que completa precisamente hoje,  dia da prova, 90 anos e que vai esperá-los na meta esta tarde.

Foi no centro de Londres, no Holland Park e no Hyde Park, que Vírginia e Rosalina Silveira treinaram durante três meses para o MIUT 2015. O plano de treino foi elaborado à distância pelo sobrinho Pedro Pita, atual jogador da AD Camacha, e ex-futebolista do Nacional, que não pode, por motivos profissionais, participar na prova. A mãe do atleta e o companheiro, o ‘entertainer’ e político Márcio Amaro, são outros dos elementos, a par com uma sobrinha, que compõem esta equipa familiar.

“É uma forma de homenagearmos a nossa mãe que faz anos hoje. Por outro lado, é fantástico viver esta experiência… o ambiente é maravilhoso e só, por isso, já vale a pena”, diz Vírginia Silveira.

O desafio, a adrenalina e o contacto com outras mentalidades são ‘ingredientes’ que fascinam esta emigrante. “Ainda em Lisboa travei amizade com um concorrente que também estava à espera de avião para a Madeira. Ele já viajou um pouco por todo o Mundo e convidou-me para integrar outras provas internacionais”, contou ao AgoraMadeira.

Esta ‘equipa unida’ prepara-se para cortar a meta e, em simultâneo, o bolo da matriarca da família que, hoje, completa 90 anos e que, está visto, tem muitos motivos para celebrar.

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Luís Fernandes, do Ludens Clube de Machico, lidera a prova principal do Madeira Island Ultra Trail ao fim da passagem no 10º posto de controlo, no Pico do Arieiro.

Com 10.25.08 horas, o trailer madeirense tem já seis minutos de vantagem sobre o segundo, que é Nuno Silva. A fechar o pódio está outro madeirense, desta feita Manuel Faria que se encontra a 11 minutos de distância do líder.

Na prova de 85 Km, o líder destacado, com 27 minutos de vantagem para o segundo, também tem sotaque madeirense. Luís Freitas lidera, no final do quarto posto de controlo, no Curral das Freiras, com 03.01.10 horas.