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Gonçalo Santos / Profissional de comunicação

“Hei de fazer”.
“Hei de trazer”.
“Hei de ver”.

A conjugação haver + de + infinitivo representa uma ação futura confirmada. Ou, melhor, representaria porque aqui, em Moçambique, faz adivinhar um futuro, no mínimo, incerto.

– “Boa tarde, um café, por favor”
– “Hei de trazer”

Ao contrário daquilo que nos diz a gramática, a resposta encerra uma série de imponderáveis que podem levar, ou não, à boa conclusão da tarefa aberta pelo pedido, ou seja, beber um café.

É assim em quase todas as situações. Profissionais, quando o “hei de fazer” tanto pode significar sim, como pode querer dizer não, como pode converter-se em “vou tentar esquecer-me disso ao virar da próxima esquina”. Pessoais, quando o “hei de chegar” é igual a uma seca de hora e meia (ou mais).

O “hei de” é o nosso “talvez”. Pode ser sim. Pode ser não. Mas não é um compromisso. É antes uma forma de “não garantir” o que quer que seja.

É a resposta mais comum a um pedido, qualquer que seja ele. Porque os moçambicanos elevaram o temor luso ao compromisso a níveis de sofisticação impressionantes.

Mas o melhor de tudo é que a gente habitua-se. Talvez porque comecemos a olhar para o “hei de” como uma expressão que reflete o outro, mas que de alguma forma nos reflete também a nós. Pelo menos, refletirá o que secretamente, queremos que seja de nós.

Na verdade, as coisas acabam por ser feitas. A um ritmo diferente, que se coaduna mais com os habituais 30 graus, com a paisagem bonita, com o mar imenso, com os cheiros e com as cores e com os sons que nos distraem.

E às vezes, a gente dá por nós a dizer que um dia, também há de ser assim. Que o futuro há de ser mais calmo, mais descomprometido. Que havemos de ter o verbo haver à frente da ação.

Um dia, também hei de responder ”hei de fazer” e seguir vida fora, com ar gingão, rumo àquilo que a vida estiver disposta a me dar.

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O ‘I Encontro entre Instituições na RAM’ realizou-se esta quinta-feira, no Funchal, com a presença de 55 entidades, um número que surpreendeu a organização. Fomentar parcerias e combater a exclusão social é o objetivo desta iniciativa.

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A secretária regional da Inclusão e dos Assuntos Sociais Rubina Leal presidiu ao evento e lembrou que a cooperação entre instituições é importante, considerando que estes encontros servem também para reorganizar e planear o trabalho de voluntariado na Região.

“É fundamental a cooperação no trabalho, na calendarizacão, na especialização e na rentabilização de recursos”, sublinhou a governante.

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Miguel Encarnação (Vespa PX200) vai representar a Madeira no “Vespas World Days 2015”, evento mundial de grande mobilização dos amantes desde “clássico” das duas rodas e que tem uma forte componente turística.

Esta será, no fundo, uma enorme viagem, de Portugal à Croácia num total de 4000 quilómetros, numa grande deslocação que vai, naturalmente, implicar várias nove paragens em diversas cidades, de Espanha, Itália e, por fim, Croácia.

O madeirense Miguel Encarnação vai juntar-se a António Rocha (Vespa Rally 200) em Aveiro e juntos seguirão rumo à aventura de uma vida.

O AgoraMadeira promete dar todos os pormenores desta impressionante viagem no decorrer da próxima semana.

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Sancho Freitas / Diretor financeiro do Marítimo

A propósito de economia…

Primeiro. Um teto máximo para as deslocações dos residentes é apenas uma das vertentes que devem nortear a análise da questão do transporte aéreo. Porque por avião chega também a “fatia de leão” dos turistas que nos visitam. E para esses não há tetos. Uma companhia aérea controlada pela Região é essencial para termos uma palavra a dizer nesta matéria. Pensada e bem dimensionada. Caso contrário, só nos restará afinar pelo diapasão dos outros. Numa questão crucial para o nosso desenvolvimento.
[PS: Esta semana a SATA disponibilizou 50.000 lugares a € 66 entre o Continente e os Açores]

Segundo. A assembleia municipal de Câmara de Lobos autorizou a CM a colocar em hasta pública o edifício Torre Bela, bem no centro daquela cidade-vila. Para ali se instalar um hotel com algumas dezenas de quartos. Um passo decisivo no caminho traçado pela edilidade para que o coração do concelho não seja apenas um ponto de passagem para aqueles que o visitam. A ideia é utilizar a receita para reabilitar o centro da vila, que tem tudo para ser ainda mais pitoresco. O esforço da autarquia é assinalável e merece o apoio do Governo Regional. Porque beneficia toda a Região. Digo eu.

A propósito de política…

Primeiro. “Renovação” foi o lema da campanha que conduziu Miguel Albuquerque à liderança do Partido e do Governo, que começa agora a galgar dos manifestos para a prática. Mas antecipada em mais de um ano em Câmara de Lobos. A gestão autárquica do concelho é um exemplo a seguir. Novas pessoas, jovens, competentes e motivadas. Dinâmica constante. Ambição na dose certa. A própria oposição já se rendeu e não o esconde. Nas autárquicas de 2013 a mais profunda “Mudança” deu-se em Câmara de Lobos.

Segundo. Até há um mês atrás, Alberto João Jardim, pelas suas ações, omissões, opções e opiniões, funcionava como azimute de toda a política regional. O seu estilo ditava o estilo dos demais, no seu Partido e no dos outros, no seu Governo e na oposição. Com a sua saída assistimos a imperativos reposicionamentos. Dificilmente voltaremos a ter uma política tão temperamental.

Terceiro. Mais dúvidas se me levantam sobre como se posicionarão, de ora em diante, os dois jornais diários, fator crítico para o seu sucesso editorial, e mais importante ainda, enquanto projetos comerciais. Presumo que os próprios ainda as terão. Porque, também neste caso, AJJ era o polo que os atraía ou repelia. Para já temos Miguel Albuquerque a escrever no DN. A seguir.

A propósito de nada…

“Eu quase esperei”. Frase atribuída a Luis XIV, que reinou em França a partir de 1643. Dizia-o mesmo quando verificava que todas as suas carruagens chegavam à hora marcada. Ficava vincada a sua marca absolutista e a visão que tinha de si mesmo. “O Estado sou eu” também é da sua autoria.

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Investigadores dinamarqueses afirmam que, ao contrário do que se pensava, usar e abusar do queijo ajuda a evitar doenças cardiovasculares ao reduzir os níveis de colesterol.

Até agora, a explicação era atribuída ao consumo de vinho tinto, rico em antioxidantes, mas a nova investigação indica que o queijo também tem um papel fundamental na prevenção destas doenças.
Quinze homens saudáveis foram submetidos a dietas distintas, durante duas semanas. A primeira dieta era rica em leite, a segunda em queijo e a última fase dos testes envolveu uma dieta de controlo.
Ao longo das diferentes etapas, os investigadores recolheram amostra de urina e de fezes para comparar os valores, e descobriram que a forma como o queijo se decompõe é diferente da do leite.
A equipa verificou que os homens que consumiam queijo tinham, no intestino, níveis mais elevados de ácidos que favorecem a função intestinal, como o butirato, e que são fundamentais para o adequado processamento dos alimentos.
Além disso, o consumo de queijo reduziu, “significativamente”, os níveis de citratos, creatina, e creatinina da urina, elementos determinantes que promovem o metabolismo dos lípidos evitando o colesterol e as doenças cardiovasculares.

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Astrofísicos captaram a imagem do planeta gigante VHS 1256b, que é o planeta extrassolar mais próximo da Terra do qual se conseguiu, até hoje, obter imagens e um espectro, divulgou o Instituto de Astrofísica das Canárias, Espanha.

O VHS 1256b tem um tamanho semelhante a Júpiter, mas uma massa 11 vezes superior à do maior planeta do Sistema Solar, e orbita uma estrela anã vermelha que está a 40 anos-luz da Terra.

A distância a que o exoplaneta está da Terra e o seu brilho permitiram aos cientistas estudá-lo com detalhe.

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A cidade de Vancouver, no Canadá, passou a ter, desde o último sábado, uma escultura que homenageia o português Joe Silvey, natural da ilha do Pico, nos Açores, e que, na década de 1850, deixou o arquipélago para viajar em busca de ouro até à região da Columbia Britânica, onde acabou por ficar.

A escultura está situada num dos maiores jardins da cidade, o Stanley Park, e que, de acordo com a autarquia, “comemora o início das interações entre os Europeus e os Povos das Primeiras Nações”. A obra tem quatro metros de altura e foi feita em madeira banhada em bronze, sendo da autoria do artista Luke Marston, descendente do descobridor português.

A obra retrata também Khaltinaht e Kwatleematt, duas mulheres aborígenes com quem Joe Silvey casou e com as quais veio a constituir família.

“É a herança da nossa família e não só. É, também, a herança da comunidade portuguesa, das comunidades das Primeiras Nações e, na sua essência, do Canadá”, explica o autor da escultura Luke Marston, que incluiu, igualmente obra os 11 filhos de Silvey, o seu navio de caça à baleia e até uma vinha que levou de Portugal e que continua a crescer em Vancouver.

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Rúben Ferreira continua neste momento a ter mercado no estrangeiro, apurou o AgoraMadeira, e a saída do Marítimo no final desta temporada deverá ser irreversível.

O clube verde-rubro pretende lucrar com a venda de um dos principais ativos do plantel mas tal só irá acontecer se a transferência for realizada precisamente no fim desta época.

Tudo porque o lateral madeirense termina o contrato com o Marítimo em 2016, o que significa dizer que em Janeiro do próximo ano poderá já se comprometer com algum emblema de forma a sair a custo zero no final da próxima época, a de 2015/2016.

Com o Marítimo a precisar de verbas como nunca para a conclusão do estádio e também para não correr riscos, tudo se conjuga para que Rúben Ferreira possa ser transferido muito brevemente, caso, naturalmente, a proposta agrade a todas as partes.

SAÍDA QUASE ACONTECEU EM JANEIRO PARA A…TURQUIA

O AgoraMadeira sabe que o lateral esquerdo esteve muito perto de ser vendido no último mês de Janeiro para um clube da Turquia, mas as negociações não se concluíram porque os valores da transferência acabaram por não convencer a administração verde-rubra. Uma verba que, segundo apurámos, andou perto de um milhão de euros.

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EVOZ

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Filipe Rebelo / Presidente da delegação regional da Associação Portuguesa de Deficientes

“Lembra-te de respeitar aqueles que encontrares quando fores a subir, pois serão os mesmos que encontrarás quando vieres a descer” (Frase do Testamento, proferida recentemente pelo Papa Francisco). Uma frase que se reflete na sociedade atual na perfeição, quer seja a nível pessoal ou profissional.

Deparamo-nos diariamente com situações que nos levam a questionar o modo como interagimos com as pessoas, os preconceitos, a falta de sensibilidade e a falta de respeito para com o próximo. Assisti recentemente a um acontecimento que me levou a pensar neste assunto.

No fim de semana, estava eu num café bem conhecido no Funchal a lanchar, quando entrou uma senhora de alguma idade, que me pediu uma moeda. Respondi que uma moeda não lhe dava, mas que teria todo o gosto em lhe oferecer um café, ao qual a senhora aceitou de bom grado. Sentou-se numa mesa e pedi-lhe o café.

Qual o meu desagrado, quando vejo o proprietário a expulsá-la do estabelecimento, com a justificação de que a senhora não podia ali estar pois “cheira mal”. Tive de intervir e questionar ao proprietário se ela não será uma cliente como todos os outros? Contudo, ele respondeu que ela já tem “historial” ali e que “cheira mal” e incomoda os clientes.

Respondi-lhe que hoje é a senhora que está naquela situação, amanhã poderá ser ele ou até eu. Devemos respeitar o próximo, apesar de todas as suas limitações ou situação de vida. Ninguém é melhor que ninguém!

O mesmo se aplica no campo profissional. Na sociedade atual, exigente ao nível do emprego, as pessoas atropelam-se por um cargo. Fazem o que for preciso para lá chegar, incluindo promessas, manipulações, traições, tudo por um lugar ao sol. Contudo, esquecem-se que até a própria sombra desaparece no escuro.

As competências, a lealdade, e o respeito são colocadas de lado. Porém, um dia, se descerem, vão encontrar as mesmas pessoas que encontraram quando subiram na vida/estatuto. E caberá a essas mesmas pessoas a decisão de olhar-lhe na cara ou de se manter firmes nas suas convicções, continuando a sua vida até então, respeitando-se a si próprio.

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Plantel de juvenis com o presidente do CF Carvalheiro Pedro Araújo (a meio).
Plantel de juvenis com o presidente do CF Carvalheiro Pedro Araújo (a meio).
Pedro Araújo, presidente do Carvalheiro:
Balanço a 2013/2014
“O balanço ao desempenho do futebol jovem do CF Carvalheiro na presente época é altamente positivo, atendendo a dois aspectos: em primeiro lugar, a qualificação da nossa equipa de iniciados para a Divisão de Honra daquele campeonato em 2015/16 que, por decisão da AFM, passará a ser organizado em duas divisões, o que é um feito assinalável para um clube que se estreou na época transacta; em segundo lugar, a época ficou marcada pela estreia da nossa equipa de juvenis, com o Carvalheiro a aumentar assim a sua representatividade no futebol jovem federado madeirense.”
Pedro Nóbrega, mais conhecido por "Pedrinho", jogador dos iniciados
Pedro Nóbrega, mais conhecido por “Pedrinho”, jogador dos iniciados
O futuro
“Na próxima época, a aposta é participar em todas as competições de futebol jovem na vertente de futebol de 11, através da inscrição da equipa de juniores, que se juntará assim aos iniciados e aos juvenis. No futuro, pretendemos que a equipa sénior seja constituída por um número significativo de atletas oriundos das equipas de formação, criando assim uma mística e uma identidade própria.”
Plantel de iniciados:
Guarda-redes 
Rodrigo Escórcio
André Freitas
Defesas
Bruno Pimenta
Tiago
Mauro
André Teixeira
Lucas
José
Luís Henrique
Médios
Diogo
Leandro
Miguel
Fábio
Pedro
Hugo
Cova
Igor Teles
Avançados
Camacho
Magalhães
Afonso Ferreira
Luís Câmara
Afonso Sousa
Equipa técnica
Emanuel Mendonça (treinador)
Nuno Barreto (treinador adjunto)
Zé Diogo (mais à esquerda), Diogo Sousa, Rúben Caires, Rui Agrela e Vitor Oliveira
Zé Diogo (mais à esquerda), Diogo Sousa, Rúben Caires, Rui Agrela e Vitor Oliveira
 Plantel de juvenis:
Guarda-redes
Brazão
Capita
Defesas
Roberto
Rúben
Olim
Nuno
Marcelo
João Pereira
Médios
Emanuel
Diogo Fernandes
Pedro
David
Diogo
Ismael
Vítor Oliveira
Isaías
Avançados
Aguiar
Agrela
Miguel
José Carvalho
Vítor Camacho
Equipa técnica
Miguel Chaves (treinador)
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EVOZ