Foi um dos melhores pontas de lança da história do Nacional e acedeu a falar com o AgoraMadeira sobre as três épocas que passou na Madeira. Falamos de Adriano que confessou que inicialmente Rui Alves até nem ia contratá-lo, mas um DVD trocado da parte do empresário acabou por mudar a vida do ponta de lança brasileiro.
Lembra-se como foi a contratação pelo Nacional em 2002 e o que o fez aceitar a proposta de Rui Alves na altura?
Na altura eu estava no Palmeiras e não tinha intenção nenhuma de sair. Surgiu-me essa proposta assim meio que inesperada, até porque o presidente do Nacional Rui Alves, inicialmente, não ia contratar-me mas sim outros atletas com meu empresário. A verdade é que o meu empresário levou sem querer o meu DVD entre os outros e ele acabou vendo e se interessou de imediato! Assim, começaram as conversas e reuniões, até chegar a um acordo benéfico para todos! E graças a Deus, deu tudo certo e fui para o C.D. Nacional onde fiz grandes épocas!
Como foram as três épocas passadas no Nacional?
Foram épocas espetaculares, graças a Deus, consegui me adaptar bem, apesar de ter demorado um pouco a me adaptar ao futebol português! Logo na primeira época, depois de o Nacional voltar da Liga de Honra, conseguimos fazer uma boa época e ficar em 11º lugar e eu ainda consegui fazer 16 golos! Já na segunda época foi uma época espetacular, com a chegada de alguns jogadores formamos uma equipa muito boa e com isso fizemos uma das melhores campanhas que o Nacional já fez na Liga Portuguesa, onde ficamos em 4º lugar e conseguimos ir para a Taça UEFA. Foi a primeira vez que o Nacional participou numa competição europeia! Eu marquei 19 golos nessa temporada! Já o último ano também foi muito bom. Conseguimos nos manter na Primeira Divisão.
Quais foram os jogos que mais o marcaram no Nacional, quer positiva quer negativamente?
Acredito que todos os jogos da época em que terminamos em 4º foram importantes. O último jogo quando nos classificamos para a Taça UEFA foi mesmo marcante, pois houve muita festa e comemorações no estádio! Marcou-me mesmo! Negativamente não tive muitos jogos, mas houve um que me marcou e foi contra o Sevilla F.C. em que não conseguimos nos apurar para a eliminatória seguinte da Taça Uefa. Fiquei muito triste!
Como foi a vida na Madeira?
Foi muito boa, consegui me adaptar perfeitamente à vida na Ilha e pude desfrutar muito bem a minha estadia lá! Assim, consegui desenvolver muito bem o meu futebol e ajudar o CD. Nacional!
TÍTULOS ATRÁS DE TÍTULOS NO FC PORTO
A ida para o FC Porto foi recheada de sucesso com três títulos. Como foram esses tempos?
Foram tempos felizes, onde pude mostrar ainda mais o meu futebol e ajudar o F.C. Porto a ser Tricampeão, Campeão da Taça de Portugal e da Super Taça e ainda participei na Liga dos Campeões! Foram épocas em que realizei o sonho de jogar um grande clube da Europa e ser campeão várias vezes, coisa que grandes jogadores que passaram pelo FC Porto não conseguiram. Ainda para mais cheguei a ser o melhor marcador do clube. Fico muito feliz por isso.
Como foi jogar na Liga dos Campeões e qual foi o seu melhor jogo no FC Porto?
Foi um sonho realizado. Todo o jogador sonha em poder participar da Liga dos Campeões e eu realizei esse sonho. Fiquei muito feliz em poder jogar e ajudar o F.C. Porto. Uma coisa que nunca esquecerei!
O que é que se passou mesmo naquele ano que ficou sem jogar?
Foi um ano triste que marcou muito a minha vida!
A JOGAR COM 36 ANOS E COM EMPRESA PRÓPRIA
O Adriano ainda joga atualmente?
Agora estou aqui na minha cidade natal e estou ajudando o clube da minha cidade a melhorar e subir nas divisões do Campeonato Brasileiro! Tenho 36 anos e ainda me sinto muito bem! Além de jogar aqui na minha cidade, cuido das minhas coisas e da minha empresa!
O Nacional tem este sábado um jogo decisivo com o Paços de Ferreira onde poderá conquistar mais um apuramento europeu. Que mensagem deixa ao clube neste dia importante?
Desejo muita sorte ao Nacional e espero que joguem com garra e determinação para assegurar essa vaga na Europa!