Começando pelo passado do Marítimo, ficou desde logo uma ideia em relação à utilização do estádio dos Barreiros, antigamente. “A equipa profissional só podia treinar uma hora e apenas duas vezes por semana, em 1957”, recorda, o presidente do Marítimo, lembrando que a construção do campo da Imaculada Conceição, em Santo António avançou com dinheiro do próprio clube.
“O campo foi feito com valores angariados pelo Marítimo para a construção do estádio da Imaculada Conceição e para o arrelvamento do recinto. Dez anos mais tarde viemos a ser compensados. Fez-se jurisprudência ao Prémio Europa que mais tarde foi retirado. Em 1994/95, aquando da primeira participação numa prova europeia, foi atribuído um prémio para compensar o que tinha sido feito”, recorda, Carlos Pereira.
Sobre o presente, uma garantia: “Temos de ser sérios na abordagem com os outros, porque gerir o que é dos outros para os outros é bem mais fácil. Se errar não perdemos nada mas perdemos todos nós. Temos de olhar sempre para os nossos sócios e trabalhar para eles!”
E para crescer ainda mais, o líder verde-rubro não tem dúvidas do que é necessário. “Quanto mais ecletismo tivermos, trabalharmos na formação e quanto maior lealdade tivermos com a massa associativa e qualidade nas infraestruturas, teremos muito mais para beneficiar, para dar e poder receber.”
O Marítimo movimenta atualmente 3000 atletas em 26 modalidades. Tem 200 profissionais a trabalhar, um colégio com 300 alunos e “único em Portugal.”
OS CORTES CRESCENTES DO GOVERNO REGIONAL
O novo Governo Regional decidiu cortar nos apoios públicos em 10 % para a nova época, mas Carlos Pereira faz questão de lembrar: “Foi retirado este valor e nós somos compreensivos. Preparamo-nos ao longo dos tempos para essa redução e já nos retiraram 60 % dos apoios públicos”, lembra, apontando para o futuro e para o novo estádio do Marítimo.
“O estádio é comercial e vai ter muita atividade. Terá a mesma, ou mais atividade do que o Complexo de Santo António que tem mais de 1000 pessoas por dia a frequentar a instalação. O novo estádio ainda não está concluído mas está a ser pago pelo Marítimo. Curiosamente, quando era velho ninguém queria e agora que está a ficar bonitinho todos querem morar lá dentro!”, conclui.