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O valor da marca Cristiano Ronaldo tem  um valor potencial de 54 milhões de euros.  Segundo um estudo efetuado pelo IPAM – The Marketing School, a marca cresceu 11 milhões de euros em 2014.

O estudo do IPAM, instituto privado de ensino superior com estabelecimentos no Porto, Aveiro e Lisboa, revela ainda que a marca CR7 foi avaliada em 2011 em 25,5 milhões de euros, aumentando para os 40 milhões em 2012 e para os 43 milhões em 2013.

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“Vamos varrer a lapinha/Deixai-nos entrar, senhora/Trazemos connosco a pá/E também uma vassoura.” Assim se cantava no tempo de Delmira Antunes, quando a tradição se cumpria a rigor, em homenagem ao Santo Amaro.

À semelhança dos dias que correm, ” a vida não era fácil” na juventude da doméstica. “Muitos molhos de erva carreguei eu à cabeça”, recorda. Por isso, quando era permitido, Delmira e as amigas aproveitavam ao máximo cada minuto de diversão. “Juntávamos-nos em grupinhos e íamos pelas casas da vizinhança, rindo e cantando”, lembra a mulher.

Em algumas localidades da Madeira, estes grupos percorriam as casas, munidos de uma vassourinha e de uma pá, para varrer os armários, um ritual que se dizia dar sorte. Na verdade, tais artefactos eram meramente decorativos, já que a ideia passava por partilhar, entre vizinhos e amigos, uma boa dose de alegria, assim como iguarias típicas da quadra natalícia.

Com algumas variações, o ‘varrer dos armários’ continua a ser celebrado de Norte a Sul da ilha. No concelho de Santa Cruz, por exemplo, a festa é ‘rija’. O programa festivo –  que se inicia hoje e se estende até o próximo domingo – inclui as tradicionais celebrações religiosas, música e muita animação.

Também em Santana, a Casa do Povo de São Roque do Faial decidiu recuperar a tradição. As visitas às casas iniciam-se, pelas 19 horas de hoje, sendo que os participantes vão munir-se de pá e de vassoura, cumprindo assim o verdadeiro ritual do ‘varrer dos armários’.

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O Marítimo da Madeira Futebol SAD vai eleger os membros dos próximos órgãos sociais para o quadriénio 2015/2018 no próximo dia 16 de Fevereiro e, segundo apurámos, Carlos Pereira vai se recandidatar ao cargo que exerce desde 1999 aquando da criação da Sociedade Anónima e Desportiva.

O atual presidente da SAD irá então avançar com uma lista de forma a dar continuidade ao trabalho que tem vindo a ser desenvolvido. Sabe o AgoraMadeira que a conclusão da obra de remodelação do estádio dos Barreiros é o grande motivo que vai levar Carlos Pereira a apresentar uma lista para continuar a gerir os destinos da SAD, mesmo depois de no passado, e por diversas vezes, o líder verde-rubro ter ameaçado não se recandidatar aos cargos (presidente da SAD e do clube) o que acabou por não acontecer.

Em 2011, aquando da última reeleição para a presidência da SAD do Marítimo, o dirigente deixou no ar a possibilidade de não se candidatar mas voltou atrás por não querer deixar um clube num vazio diretivo, tendo em conta que não houve mais interessados.

Depois, em 2013, nas últimas eleições do clube, Carlos Pereira chegou mesmo a não apresentar uma lista às eleições previstas para o mês de Maio o que obrigou ao adiamento do ato eleitoral para Junho já que entretanto também não tinham surgido outros candidatos. O que é certo é que, à segunda marcação de novas eleições, o atual presidente acabou por apresentar a lista que atualmente está em funções.

Agora, é certo que Carlos Pereira espera continuar em funções na presidência da SAD do Marítimo, pelo menos por mais um mandato, o que, a acontecer, irá levar a que se mantenha em funções até 2018.

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Eustáquio Gonçalves / Diretor Geral do Monte Mar Palace Hotel

Todos nós temos alguém da família, algum amigo ou conhecido que trabalhou em turismo ou no meio, estando de alguma maneira ligados ao setor. O turismo é já há muitos anos o principal motor da economia insular direta e indiretamente. Naturalmente sempre tivemos a noção que esta terra era bastante conhecida lá fora, e que o Turista que cá chegava, era pelo bom conhecimento que havia tido da ilha.

Infelizmente esta não é uma verdade isolada, e só quem anda lá fora a promover a ilha é que tem verdadeira noção que ainda há um longo caminho a percorrer de divulgação da Madeira e do Porto Santo. Nós, os madeirenses, altivos da nossa insularidade sempre achamos que todo o mundo conhece as nossas ilhas, e se não conhece tinha obrigação de as conhecer… Mas infelizmente existem muitos potenciais turistas que não conhecem a pérola do atlântico, que não fazem ideia que a Madeira é portuguesa, nem que está mais longe ou perto da Europa ou do continente africano.

Esta falta de conhecimento não é forçosamente negativa. Esta falta de divulgação abre espaço para que o milhão de turistas que visita a Madeira e o Porto Santo possa aumentar nos próximos anos. Se já temos uma taxa de ocupação média anual pouco acima dos 60%, imaginem com uma promoção plena, com as entidades oficiais e os privados em simbiose, o quão grandes serão os resultados que poderemos alcançar? Embora no presente se faça muita promoção à custa do empresário privado, à custa da descida de preços e consequente aumento de competitividade do destino, num mundo perfeito, com as apostas certas nas ligações aéreas e marítimas, devidamente estruturadas com um orçamento governamental vantajoso e proporcional à importância estratégica do setor, então sim, todo o mundo iria conhecer as nossas ilhas.

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“Cristiano Ronaldo já tem o seu nome inscrito na História, como um dos melhores jogadores de futebol de todos os tempos”, afirma o Representante da República para a Região Autónoma da Madeira, na mensagem que enviou, ontem, a Cristiano Ronaldo.

Ireneu Barreto felicita Ronaldo pela conquista do galardão ‘Bola de Ouro 2014’, considerando que o madeirense “nunca esquece as suas origens” e “é um ilustre embaixador nacional”.

“Associado à sua excepcionalidade como profissional de futebol, é também um Homem solidário e empreendedor que se impõe como um notável exemplo às gerações vindouras”, refere a mensagem de felicitações.

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Um galo de Barcelos com sete metros de altura vai ser inaugurado a 10 de Junho próximo, no Rio de Janeiro, durante as comemorações dos 450 anos da fundação da cidade.

A obra revestida de azulejos é da autoria de Joana Vasconcelos e foi apresentada, em Dezembro, em Lisboa, altura em que a artista explicou que foi desafiada pela Prefeitura da cidade do Rio de Janeiro e pelo comité Rio450 a pensar numa obra de arte pública contemporânea que refletisse a estreita relação entre Portugal e o Brasil. “O galo era um dos símbolos portugueses que já fazia parte da lista de objetos nacionais que queria trabalhar, mas os projetos têm de ter um local e têm de fazer sentido”, afirmou  Joana Vasconcelos.

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Francisco Fernandes / Ex-secretário regional da Educação e da Cultura

O direito à leitura só será plenamente atingido com a popularização do livro inclusivo e com a assunção dos formatos alternativos como parte integrante de edição literária”.

O livro destinado a um público infantil e infanto-juvenil desempenha um papel essencial para a prossecução da educação plena, designadamente através das bibliotecas escolares, ocorrendo aí a sementeira para a leitura e para a escrita criativa e, à volta daquelas, as feiras, a cultura, a interdisciplinaridade, o cruzamento com as expressões artísticas e a animação sociocultural, catapultando os resultados escolares para a zona positiva, reconhecendo ao conto um espaço de privilégio no percurso escolar. Os estabelecimentos de educação e os agentes educativos preenchem a zona outrora ocupada pela família, onde o embalo das crianças era feito da memória dos avós e dos pais, memória feita conto, lenda, canção, lengalenga, adivinha, transportando tradições, incutindo valores e criando imaginários, valorização que cresceu com a popularização do objecto livro, ou com o conto feito BD, filme ou vídeo, numa relação estreita com valias que hoje pretendemos transmitir à geração que, enquanto pais ou educadores, estamos encarregues de ajudar a educar.

Porém, os públicos são diversos e a acessibilidade tem de percorrer caminhos alternativos, hoje facilitados pela tecnologia na produção de conteúdos em formatos acessíveis, com produção ou adaptação de versões e formatos facilitadores da leitura junto da população com necessidades especiais, seja pela interpretação em Língua Gestual Portuguesa (LGP), pela transcrição Braille, relevos ou ampliação, pela legendagem com Símbolos Pictográficos para a Comunicação (SPC), livro que, sendo escrito ou em forma multimédia, inclui os leitores com deficiência auditiva, visual, ou motora, com dificuldades intelectuais, desenvolvimentais ou de aprendizagem.

O concurso literário inspirado no projeto “Todos Podem Ler” (DREER/DATIC, 2011) e na experiência do livro inclusivo “Ogima – O viajante do espaço no Planeta dos BMQ” (Cercica, 2012), lançado em 2013 com a designação “Concurso Literário Ogima – Todos Podem Ler” representou, quiçá, a primeira e mais inovadora experiência nacional estimuladora da edição de livros inclusivos.

O direito à leitura só será plenamente atingido com a popularização do livro inclusivo e com a assunção dos formatos alternativos como parte integrante de edição literária.

P.S. – Ao Sérgio e à Patrícia uma boa viagem na aventura que ora iniciam.

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PS-Madeira, liderado por Victor Freitas, aprova coligação.

Victor Freitas acredita que é possível alcançar, com uma coligação de ‘Mudança’, a maioria absoluta. Em entrevista ao AgoraMadeira, o líder do PS/M diz ter soluções para a dívida da Madeira e revela já ter um plano traçado com António Costa.

Como viu este Congresso do PSD-Madeira?
Quero destacar três notas: a primeira é que ninguém chega a presidente do Governo Regional copiando as propostas e as ideias dos outros partidos, em vez de ter ideias e propostas suas capazes de resolver os problemas; a segunda nota é que vi um PSD-Madeira agora colado ao PSD de Passos Coelho, o que me deixa preocupado porque o PSD de Passos Coelho é responsável pelos últimos quatro anos de desastre na governação do País, mas também por quatro anos de sufoco à Região Autónoma da Madeira. É preciso não esquecer que tivemos um plano de ajustamento (negociado entre o PSD/M, o PSD e o CDS/PP de Lisboa) que não foi nada suave com a Madeira. Fomos tratados pior do que a Troika tratou Portugal.
Por fim, uma terceira nota está relacionada com esta dita renovação que não será mais do que a renovação da governação de Alberto João Jardim e dos últimos 10 anos. Foram erros atrás de erros e que, do ponto de vista económico e financeiro, colocaram a Madeira na atual situação de falência completa.

O que destacaria deste congresso do PSD/M?
Assisti a uma tentativa de passar as culpas. O PSD de hoje quer fazer de conta que não foi responsável por estes 40 anos de governação. Este é o PSD da bancarrota aquele que vai a eleições no próximo mês de Março.

Mesmo antes do congresso, alguns comentadores políticos têm vindo a dar praticamente como certo o nome de Miguel Albuquerque como próximo presidente do Governo Regional. Como reage a isso?
Em 2013, quando fomos para as eleições autárquicas, toda a imprensa – regional e nacional – e diversos comentadores davam o PSD como vitorioso, mas o que é certo é que o PSD levou uma grande sova, pois perdeu sete câmaras municipais que passaram para as mãos da oposição. E claramente que o Partido Socialista foi o grande vencedor dessas eleições.
Devo dizer que muitos comentadores querem transformar a realidade da Madeira e pretendem se substituir ao eleitorado. Não há candidatos antecipadamente vencedores! Está tudo em aberto e estou convencido que vamos fazer a mudança que fizemos nas autárquicas, agora nas regionais.

“Estou convencido que vamos fazer
a mudança
que fizemos nas autárquicas,
agora nas regionais”

Com que estratégia é que o PS/M espera fazer essa mudança?
Está a haver diálogo com outras forças políticas e a breve trecho teremos uma coligação para irmos para eleições. Estou convencido de que os cidadãos querem uma mudança e não a continuidade. Esta é uma falsa renovação de políticas e de protagonistas porque não há mudança de ciclo político sem uma mudança de partidos à frente dos destinos da Região.

O PS Madeira vai coligar-se com que partidos?
A seu tempo será anunciado publicamente. Não vou antecipar os partidos que estarão nessa coligação, mas o que é certo é que essa coligação vai mesmo acontecer.

Fala-se em negociações com o PCP, a título de exemplo. Os comunistas já lhe comunicaram a sua resposta?
Já lhe disse que não irei falar de partidos porque essas questões discutem-se internamente.

O PS/M tem quadros preparados para avançar e responder aos novos quadros que o PSD/M vai apresentar?
Não estou preocupado com o PSD, mas sim com os madeirenses e com os portosantenses. Como sabem, serei candidato a presidente do Governo e entendo que acabou o tempo de sentar à mesa, quatro, cinco ou seis cavalheiros que querem ser presidentes do Governo, cada um, querendo um novo hospital ou isto ou aquilo…
Nesta campanha eu quero saber como! Quem apresentar um programa tem de dizer onde vai buscar o dinheiro porque não vale a pena andarmos aqui com ilusões, a prometer tudo a todos e depois não ter sustentabilidade nessas promessas.

Como olha para a dívida da Região?
O PSD que afundou a Região deixa-nos uma dívida colossal. Em 2013 pagamos 300 milhões de serviço da dívida, em 2014, quando saíram os dados em Julho, já íamos em 295 milhões. A partir de 2016, se continuarmos na mesma lógica, teremos dívida para pagar por ano cerca de 400 milhões de euros, mas sabe que 300 milhões dava para o novo hospital.

“Estou em diálogo com António Costa
(não tenho dúvidas que a partir do próximo mês de Outubro será o primeiro-ministro
de Portugal)”

Face a isso, se for presidente do Governo Regional, como espera resolver esse problema?
Só se resolve a dívida com uma negociação com os nossos credores e com o apoio do Estado. Estou em diálogo com António Costa (não tenho dúvidas que a partir do próximo mês de Outubro será o primeiro-ministro de Portugal) com o objetivo de traçarmos um plano para resolvermos este problema. Para que o serviço da dívida da Madeira não ultrapasse muito mais dos 100 milhões de forma a que exista dinheiro para a economia, para as empresas e para o investimento.
No ano passado, tivemos receitas próprias de 840 milhões de euros, tivemos mais 170 milhões do Orçamento do Estado e o resto do dinheiro provém dos fundos comunitários mas temos de entrar com recursos financeiros.  É preciso referir que ainda não estamos a sentir o impacto do serviço da dívida porque estava a entrar dinheiro do Plano de Ajustamento Económico Financeiro mas a partir do dia 27 de Janeiro 2016 não entra mais dinheiro do PAEF!

Que outros temas fazem parte das prioridades para o Partido Socialista?
Antes das eleições, e depois de falar com o meu camarada António Costa, irei apresentar o meu plano em relação a várias questões que estão em cima da mesa: a questão da dívida da Madeira, o Centro Internacional de Negócios, os transportes aéreos e marítimos, a Educação e a Saúde. Mas o que se irá debater no futuro, nos próximos três meses é o seguinte: quem está em condições de fazer a mudança na Madeira e de resolver os problemas dos madeirenses?
Estamos a viver com um elefante dentro da ilha – a dívida. O bicho andou dentro do congresso do PSD/M e ninguém lhe tocou! Nos últimos quatro ano,  o PSD meteu um elefante dentro da sala, leia-se a Madeira, e engordou-o… Cada vez que o elefante mexe um pé vão milhares para o desemprego, cada vez que abana uma orelhinha vão milhares para as terras de emigração e muita da classe média para situações de pobreza, com pessoas a entregar casas ao banco e empresas a falirem.
O elefante já não cabe na porta e o PSD até já tentou cortar às postas, mas não tem serra para isso porque o problema da dívida está todo por resolver e com tendência a se agravar. Se o serviço da dívida era de 300 milhões e agora vai passar a ser de 400 milhões, é necessário arranjar uma solução!

A solução nunca passará, a seu ver,  pela continuidade do mesmo partido na governação?
O PSD e o CDS têm dito à Madeira que quem fez dívida é que a vai pagar e que os madeirenses não terão solidariedade nenhuma do Estado em relação à dívida da Madeira e nós não a tivemos realmente. Enquanto estes dois partidos lá estiverem, e enquanto o PSD cá estiver, essa solidariedade não vai existir. Só haverá solidariedade ao nível nacional se existir um Governo que não seja responsável por ter feito a dívida e a ocultado. Se nem um governo PSD e CDS ao nível nacional confiou no Governo Regional, um Governo de esquerda ao nível nacional também não vai confiar no mesmo partido que fez a dívida e ocultou as contas para nos ajudar. Quem o disse não fui eu mas sim Passos Coelho e Paulo Portas que ao longo dos últimos três anos demonstraram essa realidade.

O PS/M, em coligação, é então a única solução para o futuro dos madeirenses?
O Partido Socialista com uma coligação é a única solução que os madeirenses têm para que os próximos quatro anos não sejam piores do que os últimos. Porque o PSD não tem aliados em sítio nenhum e assim sendo, como o serviço da dívida aumenta, diminuem as receitas que o Governo Regional tem para resolver os problemas dos madeirenses. Não acredito que nenhum madeirense queira agravar a sua situação económico-social…

” Farei tudo para ter uma maioria absoluta (…) Acredito que é possível alcançar
a maioria absoluta”

E se o  PS/M perder as eleições regionais, ainda que coligado, vai manter-se como presidente do partido?
Não vou antecipar cenários em relação ao que se vai passar nos próximos tempos. A única coisa que posso dizer, neste momento, é que estou empenhado em fazer, pela segunda vez, uma mudança na Madeira e estou convencido que é isso que os madeirenses desejam. O PSD-M sente-se embalado pela festa que fez este fim de semana mas essa festa é um contraste completo em relação ao que se passa na casa das famílias. O que os madeirenses querem é emprego. Para isso, é preciso resolver o problema da dívida para ter uma carga fiscal menos elevada e poder utilizar os fundos comunitários para fazer investimento.

Esta é a sua resposta a Miguel Albuquerque que por mais que uma vez disse esperar uma maioria absoluta?
Vejo muita gente entrar para eleições com perspetivas eleitorais irrealistas… O que posso dizer é que farei tudo para ter uma maioria absoluta de forma a governar a Região. Acredito que é possível alcançar a maioria absoluta… não acredito que os madeirenses e portosantenses, depois de verem tudo o que se passou nos últimos anos, queiram mais quatro anos piores do que os últimos.  E até ao momento ainda não vi nenhuma medida para resolver os problemas das pessoas por parte do PSD.
Prometer não chega porque isso é enganar os cidadãos. Também posso prometer um novo hospital e prometer que vou trazer o ARMAS (promessa que irei cumprir) mas é preciso dizer como porque senão é folclore político.

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Não foi propriamente uma surpresa, já que de todas as Bolas de Ouro ganhas por Cristiano Ronaldo esta era aquela mais previsível tendo em conta a época do outro Mundo do madeirense no Real Madrid. Na mesma, a Madeira, mesmo sem grandes exuberâncias nos festejos, celebrou mais esta conquista do melhor jogador do planeta.

Edgar Sousa não tinha dúvidas: “É uma grande justiça esta vitória. Qualquer outro resultado seria tremendamente injusto por tudo o que o Ronaldo fez em 2014”, analisava, deixando votos que CR7 consiga mais uma Bola de Ouro em 2015: “Pela ambição que ele tem, de querer sempre mais, e pelas qualidades que apresenta, acredito em mais um sucesso no novo ano”, confiou.

Em pleno Funchal, bem no centro da capital madeirense, Bruno Vieira tinha acabado de assistir à cerimónia pela televisão e não continha o entusiasmo.

“Justa, justíssima esta Bola de Ouro, a terceira do nosso Ronaldo. O melhor jogador do Mundo da atualidade e um dos melhores de todos os tempos. Fico feliz por mais esta vitória para Portugal e para a Madeira. Viva a Madeira!”, exaltava. Maria Fernandes partilhava a mesma opinião. “Grande Ronaldo, grande Ronaldo. Não há dúvidas que é o melhor do Mundo. É um orgulho mais esta Bola de Ouro para todos os portugueses e madeirenses!”

KÁTIA AVEIRO DEIXA MENSAGEM SENTIDA NO FACEBOOK

Uma das irmãs de Cristiano Ronaldo, Kátia Aveiro, deixou uma mensagem emocionada na página pessoal no Facebook.

“Hoje vou perder um pouco da minha simplicidade e não vou ser nada modesta nas minhas palavras porque a verdade é que tu és sangue do meu sangue! Ninguém te deu nada de mão beijada! Tu chegaste onde chegaste com trabalho, sem favores e sem padrinhos no futebol”, começou por realçar a irmã de CR7 continuando: “Se alguém tem mérito por tudo o que tem, tu és seguramente um deles. Todos os dias enfrentaste obstáculos, invejas de pessoas que queriam as tuas derrotas e tu calaste a boca a esses fracos de espírito porque tu és um guerreiro, um lutador e Deus nunca abandona quem merece!”, concluiu.

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João Luís Lomelino / Ex-diretor para o futebol do Marítimo

Foi-me lançado um desafio de escrever um artigo sobre o Marítimo, o que representa para mim um tema de grande responsabilidade aliado a uma elevada carga emocional. Não vou reeditar a história do Marítimo que já foi objeto de diversas publicações, mas dentro do possível, vou tentar relatar alguns factos interessantes ao longo do seu crescimento.

Assim, o Marítimo surgiu no limiar da passagem da monarquia para a república, em Setembro de 1910. No nascimento deste clube, destaca-se um pormenor curioso que está relacionado com a opção das cores (verde e vermelho), para os respetivos equipamentos, que de algum modo, indiciavam uma ligação à nova República que iria surgir em Outubro 1910 e naturalmente, com as cores da nova bandeira portuguesa. Coincidência ou não, a verdade é que mais nenhum clube em Portugal foi autorizado a usá-las.

Este grande clube nasceu e cresceu no famoso Almirante Reis, que tinha uma vasta área que era utilizada, tanto pelos homens do mar para efetuar reparações nos seus barcos de pesca como também para jogar futebol.

Aliás, foi naquele campo improvisado, que se realizaram as grandes disputas, inicialmente pelo Club Sports Madeira nascido em 1909 e seguidamente pelo Marítimo contra equipas normalmente constituídas por marinheiros de navios que aportavam no Funchal.

O Clube foi se consolidando à medida que outras equipas regionais iam surgindo, algumas formadas por dissidência do próprio Marítimo (ex: caso do União).

Na equipa de 1917, há um pormenor interessante que consiste no facto de integrar um jogador suíço chamado Albin Yud, que segundo consta, foi o primeiro estrangeiro a jogar no Marítimo, e curiosamente vim a conhecê-lo pessoalmente nos anos sessenta, através das tertúlias de ténis que eu acompanhava o meu pai, sendo que Albin Yud desempenhava na altura funções de Cônsul Suíço na Madeira.

Devido à audácia e competência dos seus dirigentes, na década de 20, este Clube começou a afirmar-se não só na Madeira como no Continente nas participações do Campeonato de Portugal, culminando com a conquista do respetivo campeonato, em 1926. Curiosamente, todos os jogos foram realizados em Lisboa, onde eliminámos o Porto e na final ganhámos o Belenenses, feito nunca alcançado por nenhum clube madeirense ou mesmo das demais ilhas Portuguesas.

Com esta vitória, o Marítimo começou a ser olhado doutra maneira e os seus jogadores passaram a ser referenciados e chamados à Selecção Nacional, como foi o caso do Pinga que “surgiu” em 1927 e seguidamente foi transferido para o Porto num processo com contornos aparentemente complexos, onde se tornou o melhor jogador português e capitão da Selecção.

Os anos 40 e 50 foram de glória para o Marítimo, pela mão de um homem que se confundiu com o Clube, Alexandre Rodrigues, tendo reunido um grupo de jogadores vindos da formação e passando por todos os escalões: tornaram-se deste modo, verdadeiras lendas, como é o caso da linha de ataque, que todos os madeirenses sabiam os nomes de cor, Chino, Checa e Raul . Os clubes continentais que vinham à Madeira, sentiam aquela força e muitos regressaram com grandes goleadas . Esse período teve o seu auge, em 1950 aquando da digressão a África, que durante o período de 70 dias o Marítimo realizou 13 jogos, dos quais ganhou 12. O Funchal parou completamente à chegada da caravana e a população acompanhou os jogadores em euforia e ao som do célebre hino (Lá vem, lá vem , os nossos maravilhas…….) até à sede, tendo-se realizado de seguida uma missa na Igreja do Socorro.

Nesta altura, o Marítimo confundia-se com a Madeira e vice-versa, e temos todos estes relatos escritos pela mão desse grande Senhor e maritimista Adelino Rodrigues que tive o privilégio de conhecer pessoalmente quando ingressei nos juvenis

O ano 1960 é especial para mim, pois foi nessa data que me tornei pela mão do meu pai, sócio, o que me possibilitou ter a grande honra e satisfação de receber o emblema de ouro (50 anos) nos 100 anos do Marítimo.

Curiosamente, nesta altura, o Clube não estava a ter grandes resultados e permitiu que o União fosse campeão da Madeira vários anos, por isso digo, não fui para o Marítimo porque ganhava mas por paixão.

Passado este período menos favorável, o Clube novamente através da sua formação criou um grupo de jogadores muito bons (ex: Petita, Ângelo, Noémio, Isaque, Vasco, Emanuel…), com os quais tive o privilégio de ainda treinar quando estava nos Juniores, no “velhinho” Liceu. Desta fase realço a eliminação do Leixões (1ª Divisão) em 1968 com uma equipa que tinha uma defesa de aço Grisalena  GR. as (Torres do Almirante Reis), Eugénio, Emanuel e Lomelino apoiados por Andrade e António João.

Estes feitos permitiram ao Clube uma viagem mais audaz e na presidência do Dr. Vieira da Luz começou a ser efetuada uma colecta aos sócios e empresas, para aquisição dos terrenos que permitiram a construção do campo de Santo António e seguidamente tentar uma verdadeira epopeia que era participar nos Nacionais, o que contou com o empenho de grandes figuras como, Jaime Melim, Vilhena de Andrade, Emílio Baptista Santos, Clemente Faria e outros e ainda com a grande colaboração desse simpático homem do futebol, Artur Agostinho, junto do poder em Lisboa.

Com a primeira participação em 1973, o Marítimo nunca mais foi o mesmo, cresceu em quantidade e em qualidade e, em 1978 sob a presidência do Dr.º Miguel Mendonça, atingiu o cume com a subida à 1ª Divisão, numa tarde gloriosa do “Caldeirão dos Barreiros” como chamaria o jornalista Luis Calisto e relatado por Juvenal Xavier, com uma assistência, segundo consta, de cerca 20.000 pessoas, numa festa que dificilmente se repetirá.

A 1ª Divisão trouxe uma responsabilidade acrescida ao Clube. Iniciou-se a contratação de jogadores do Continente e as estruturas tiveram que ser repensadas. Em 1983, a convite de um jovem empresário António Henriques, ingressei na Direcção do Maritimo e a partir daí continuei a integrar várias Direcções, sempre no departamento de futebol, onde tive como colegas mais assíduos, Carlos Pereira e Jacinto Vasconcelos.

O parque desportivo foi crescendo e a equipa de futebol também e foi na presidência do Dr.º Rui Fontes que se atingiram dois enormes feitos, com o treinador Paulo Autuori, as primeiras idas à Europa e à final da Taça de Portugal, foram tempos muito bons mas que implicaram um elevado e talvez excessivo esforço financeiro.

Em 1997, com o Clube numa situação muito grave a nível de tesouraria, Carlos Pereira candidata-se e com o apoio de dois grandes empresários Jorge de Sá e Luis Miguel Sousa, torna-se Presidente, convidando-me para voltar ao futebol.

É nesta presidência que o Clube dá um salto qualitativo nas suas infraestruturas com mais um campo sintético, um pavilhão integrado num edifício, com um colégio (o primeiro clube a tê-lo em Portugal), ginásios e todos os departamentos do clube .

Carlos Pereira com a sua competência e teimosia, ajudado pela sua Direcção, não pararam por aqui e lançaram-se num novo desafio: a construção dum novo estádio, projecto que tantos dissabores tem trazido ao Presidente mas julgo também, que trará muitas alegrias a todos os maritimistas.

O novo estádio, depois de muitas batalhas, começa a ganhar corpo e no último jogo com o Braga encheu-se (só na parte terminada) e já deu uma indicação do que vai ser no futuro

Esta presidência não foi só de obras, também teve muito futebol. Primeiro foi constituída a SAD para o futebol e em termos de resultados alcançámos a oportunidade de ir a uma segunda ida à final da Taça de Portugal e a várias presenças europeias com uma excelente ida à fase de “grupos” pela primeira vez, consolidando o estatuto europeu.

Sabemos que o futuro aguarda orçamentos muito mais austeros mas ainda tenho esperança na concretização da máxima (uma equipa/um estádio).

Deixei, por minha vontade, a Direcção em 2013 mas com a promessa de colaborar ativamente sempre que assim for necessário.

Finalizo chamando a atenção que este artigo abrange apenas pequenos fragmentos da história do Glorioso, que demonstram a grandeza deste Clube tão amado pelos Madeirenses. E apesar de ser um “clichê”, é uma grande verdade: pode se mudar tudo na vida, menos de clube e o meu é o Marítimo até ao fim.

João Luís Lomelino de Freitas, sócio nº 337