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Apesar da contestação que começa a ser alvo a passagem de Leonel Pontes pelo Marítimo, a verdade é que o desempenho do clube esta época na Liga não está a ser muito diferente do Marítimo da temporada passada então com Pedro Martins no comando.

Numa análise dos números da primeira volta que terminou este domingo com a receção ao Benfica, o Marítimo encerra a metade inicial do campeonato com 20 pontos em 17 jogos, enquanto que em 2013/2014 tinha feito 17 pontos em 15 jogos.

Mas há diferenças evidentes nos desempenhos fora e dentro do estádio dos Barreiros. Senão vejamos: esta época o Marítimo está muito mais forte na Madeira, com cinco vitórias em oito jogos, contra as duas vitórias em sete jogos da temporada passada. A equipa de Pontes sofreu ainda menos sete golos em casa do que a equipa de Pedro Martins.

Se por um lado a performance do Marítimo tem sido positiva em casa, fora de portas está a ser pior, com apenas uma vitória, um empate e seis golos marcados, tendo perdido por sete vezes em nove jogos. Na época anterior, os verde-rubros, em oito jogos no continente conseguiram oito pontos, em vez dos quatro de agora.

NACIONAL ABAIXO DAS EXPETATIVAS

O Nacional é, das três equipas da Madeira, aquela que maior diferença tem no desempenho das primeiras voltas. Este ano, a equipa de Manuel Machado somou apenas 18 pontos em 17 jogos, enquanto que na temporada passada os alvi-negros conquistaram 24 pontos em menos dois jogos, ou seja, esta época a equipa tem estado claramente abaixo das expetativas.

Se o rendimento no estádio da Madeira não é muito diferente de 2013/2014 (agora está com mais duas derrotas mas tem mais um jogo realizado) é fora de portas que há um maior desequilíbrio. Esta temporada, o Nacional somou apenas quatro pontos em oito jogos, tendo marcado seis golos e sofrido 17. Ora, na época anterior, Manuel Machado tinha conquistado 9 pontos e com menos um jogo realizado. O goal average foi também muito mais equilibrado: 10 golos marcados e outros 10 sofridos.

UNIÃO SEMELHANTE A 2013/2014

O União somou 34 pontos em 23 jogos nesta primeira volta da Segunda Liga que terminou este domingo frente ao Oriental. Na época passada, os azuis e amarelos fizeram 29 pontos mas com menos dois jogos realizados. Um desempenho muito semelhante entre as épocas.

Em casa, o desempenho tem sido bem pior do que em 2013/2014, com apenas três vitórias em 11 jogos disputados, a contrastar com as sete vitórias averbadas nos mesmos 11 jogos da época anterior. Nos golos marcados e sofridos há também diferenças claras, com 12 marcados e 11 sofridos, ao contrário dos 18 marcados e apenas seis sofridos na temporada passada.

Por outro lado, tem sido fora de casa que o União tem conquistado o maior número de pontos, estando a ter um desempenho muito melhor do que em 2013/2014. Agora, foram averbados 21 pontos (6 vitórias e 3 empates) em 12 jogos, ao contrário dos quatro pontos (1 vitória e 3 empates) nos 10 jogos realizados na época anterior.

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Pedro Mota / Vice-presidente do Nacional

Tenho de falar de bola…foi esse o compromisso que assumi com o meu amigo Sérgio.

Então vamos lá: apesar de ser vice-presidente do Nacional há mais de 10 anos, a verdade nua e crua é que não percebo coisa alguma de futebol! E devo dizer também que nem gosto muito de futebol. O futsal e o andebol, por exemplo, são jogos mais rápidos e mais cativantes. Também gosto bastante do Rugby, mas daquilo que gosto mesmo é do Nacional. Por isso a minha opinião é tudo menos isenta!

Ora, costumo ver os jogos do Nacional (porque é raro ver outros jogos de futebol, a verdade é mesmo essa) da mesma forma que os via quando tinha 10 ou 12 anos. Com esse entusiasmo (e nervosismo) próprio de uma criança e agora verborreia de um adepto britânico encharcado de cerveja (aliás, já os antigos diziam: “a boca de um homem totalmente feliz está cheia de cerveja!”).

E analiso o jogo com a mesma simplicidade e defeito das 2 figuras mencionadas: quando o atleta do meu clube passa a linha de meio campo com a bola espero que a coloque no ponta de lança! E quero golos do Nacional! “Mai nada”!

Detesto os “médios interiores”, os falsos pontas de lança, a “diagonal interna” e esse palavreado todo. Para mim existem GR, defesas, médios e avançados. Suplentes, também! O jogador mais importante da equipa é o “trinco” porque equilibra a defesa e o ataque. E acabou o meu conhecimento do jogo. Posto isto, apesar de reconhecer que por mais que veja não analiso muito bem o jogo, sei de outra coisa (e isto valia também para o Futsal). Sei que se tiver bons jogadores e um excelente treinador vou ter sucesso.

No Futsal, o Nacional só não venceu um campeonato disputado na Madeira. E, mesmo esse, foi perdido no último jogo contra o Estreito. Nunca perdemos campeonatos para “outras equipas” até que uma “troika” perfeitamente identificada resolveu impedir o Nacional de disputar o campeonato nacional (tínhamos alcançado a manutenção nesse campeonato nacional!) E também não percebia coisa alguma de Futsal! Tinha excelente organização, um director “de ouro” (Sr. Camacho), bons jogadores e um excelente treinador (Acácio Machado)!

No futebol não é diferente! Treinador excelente já temos – Manuel Machado – e bons jogadores também. Estou convicto que os reforços ajudarão a equipa a melhorar esta performance negativa da primeira volta.

Aliás, convém relevar que foram do Nacional os melhores futebolistas que jogaram nesta ilha: o Nenê foi melhor marcador de Portugal (feito jamais alcançado por atleta de uma equipa madeirense) e creio não ter existido melhor médio do que o Paulo Assunção ou melhor guarda-redes que o Diego Benaglio (esteve num Campeonato Mundial de Futebol quando era atleta do Nacional).

Estes jogadores contribuíram para os melhores resultados de sempre de uma equipa da Madeira: o Nacional ficou classificado 2 vezes no 4.º lugar do Campeonato, coisa que nenhum clube madeirense alguma vez conseguiu igualar e com muito maior relevância do que a mera participação em festas no Jamor. Basta ver os clubes que conseguiram ficar em 4.º lugar no Campeonato e os clubes que conseguiram chegar a uma final de uma taça para comparar a relevância dos feitos.

Estamos no bom caminho!

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Roquelino Ornelas, antigo jornalista da RTP-Madeira e fundador da Casa do Povo do Caniço, é o principal rosto que esteve na base da criação do Núcleo Museológico do Caniço, novo espaço que abre as portas pela primeira vez no próximo dia 25.

“Esta é uma ideia antiga. É um pequeno museu para residentes e forasteiros. Vai servir turistas, residentes de fora e naturais da terra”, explica Roquelino Ornelas, ao AgoraMadeira. Na base da criação do espaço está uma ideia bem clara: “Explicar e mostrar a cara do Caniço que assiste ao grande boom”, realça o diretor do espaço, referindo-se ao grande desenvolvimento que marcou a freguesia nos anos mais recentes.

Para além de permitir aos visitantes o contacto com algumas peças antigas e documentos, o museu tem na fotografia o grande atrativo.

“Para já, temos à volta de 250 retratos, na sua maioria de José de Sá Bacatela – fotógrafo do Caniço durante décadas. As chapas das fotos são minhas e a coleção foi cedida para arrancar a exposição”, sublinha Roquelino Ornelas, entusiasmado com a abertura do Núcleo Museológico agendada para o próximo domingo. A inauguração do espaço está agendada para as 15 horas.

As entradas são gratuitas e aos domingos serão organizadas visitas guiadas ao espaço que fica situado entre a Biblioteca Municipal e a sede da Casa do Povo, por baixo do Largo Edíficos Jardins do Caniço, bem no centro da freguesia. A sala foi cedida à Casa do Povo do Caniço para este efeito pelo empresário local Miguel Nóbrega.

Recorde-se que a Casa do Povo do Caniço foi fundada em 1997 pela mão de Roquelino Ornelas. O ex-jornalista sempre presidiu à Assembleia Geral e nas últimas décadas desempenhou as funções de Chefe de Departamento de Formação e Cultura. Recentemente foi nomeado pela direção para o cargo de director do Núcleo Museológico.

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Em Agosto de 2014, o português Alex Sousa decidiu fazer o ‘upload’ para o Youtube de um trabalho realizado durante um curso de apresentação televisiva, orientado pela apresentadora Teresa Guilherme. Ao se deparar com vários canais vocacionados para a aprendizagem de línguas, o jovem decidiu criar o seu próprio programa para ensino do alemão. Cinco meses depois, totaliza 60 mil visualizações e 1400 seguidores.

“Na altura, pensei em criar vídeos que pudessem ser úteis para os emigrantes portugueses e brasileiros. Imaginei que duas ou três pessoas os vissem. O que se seguiu ficou muito além das minhas expectativas”, contou, ao AgoraMadeira, o jovem licenciado em Gestão e Turismo que se diz ainda incrédulo com o sucesso das suas produções.

“Pode não parecer muito – 1400 seguidores -, mas é, para mim, que nunca imaginei que alguém fosse ver os vídeos publicados”, declara.

A frequentar o último ano do mestrado em ‘Comunicação & Marketing’, Alex Sousa dedica 5 a 6 horas semanais ao ensino do alemão na Internet, postando, por regra, dois vídeos por semana.

“Eu tento sempre ensinar por uma sequência fácil e lógica. Ocupa algum tempo mas vale a pena. Estou no último ano do mestrado e não tenho muito tempo, mas felizmente vou conseguindo conciliar”, refere o português que viveu 10 anos na Alemanha.

Até à data, Alex Sousa soma 53 aulas publicadas, não tem contrapartidas financeiras, para além das parcas receitas atribuídas pelo Youtube às visualizações dos seus vídeos, e diz que as mensagens diárias de agradecimento são a motivação para dar continuidade ao seu trabalho.

“O melhor pagamento são as mensagens que recebo diariamente, às vezes até de emigrantes que não têm condições para frequentar aulas de alemão”, diz.

O projeto que arrancou como uma experiência começa agora a se consolidar. “De um momento para o outro tudo mudou. Hoje o meu primeiro vídeo de alemão já tem quase 7 mil visualizações. Foi uma surpresa! Nunca imaginei que iria chegar a este ponto”, declara satisfeito o jovem natural de Lamego.

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Patrícia Gaspar / AgoraMadeira

Ainda Janeiro vai a meio e já cinco pessoas perderam a vida, à espera de cuidados médicos,  nas urgências de vários hospitais deste País. Confesso ter duvidado desta contagem mental, confirmada após uma breve pesquisa.

Nunca antes de ser mãe tinha ouvido tantas vezes a frase: “se puderes, foge das urgências”. Infelizmente, a realidade económica deste País não permite à maioria dos cidadãos escapar a estes corredores de angústia, e de longa espera, saturados pelo encerramento das urgências em inúmeros centros de saúde.

Enquanto o bastonário dos médicos atira com as culpas para o Governo, a quem acusa de ter na consciência as mortes recentes, o Executivo quer agora resolver parte do problema das longas filas de espera com a atribuição, a partir de Junho, de competências na triagem aos enfermeiros que passam a pedir exames complementares de diagnóstico e a dar analgésicos para controlar a dor.

Os enfermeiros aplaudem a medida, já os médicos consideram que esta visa enganar os doentes, dando-lhes a ideia de que estão a ser atendidos.  Estes profissionais vão mais longe e  defendem mesmo que pode ser perigoso. No reverso da medalha, o Bastonário levanta também o problema da falta de médicos nas empresas contratadas pelo Governo para servir os hospitais portugueses.

Enquanto dura esta discussão, quem é obrigado a recorrer às urgências quase se sente como que lançado às feras, à mercê de uma cor, rezando por uma pitada de sorte, subjugado a um destino… chamem-lhe como quiserem!

“Uma pessoa que para o hospital, e acaba por falecer, está cinco horas à espera num corredor… não é um animal que ali está. Chama-se um médico, chama-se um enfermeiro, chama-se uma médica, e ninguém nos liga nenhuma. Como se pode deixar uma pessoa cinco horas num corredor?”.  O relato, divulgado pelo Jornal Público, reflete este País que temos, onde em menos de um mês cinco pessoas morrem à espera de serem tratadas.  Este é um País doente! Um país que todos os dias nos diz: “se puderem, fujam das urgências”.

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As obras no estádio dos Barreiros iniciaram-se em Agosto de 2009 e com a demolição do antigo peão o recinto perdeu quase metade da lotação total, que rondava os 9 mil lugares.

Depois de muitos avanços e recuos, motivados, acima de tudo, pelas dificuldades no financiamento da obra, este domingo marcará a abertura oficial das três novas bancadas, a última das quais o Topo Sul que será mesmo estreado na sua totalidade no Marítimo-Benfica.

Com 3000 pessoas na bancada maior, 2000 no topo norte e outros 2000 no topo sul, o jogo será acompanhado por 7000 pessoas, número que já não era atingido desde a época de 2008/2009, temporada que antecedeu o início das obras no recinto.

Ou seja, o “Caldeirão” dos Barreiros terá então a maior enchente dos últimos seis anos, num jogo que marca a conclusão da primeira fase da obra.

CONCLUSÃO AO FIM DE OITO MESES APÓS O RECOMEÇO

As obras recomeçaram a 21 de Maio de 2014 depois de terem estado mais de três anos paradas e em apenas oito meses a primeira fase da obra ficou concluída.

Quanto à demolição da bancada central, e tal como o AgoraMadeira já noticiou, deverá iniciar-se na próxima semana, logo depois do jogo com o Benfica, embora a demolição da pala deva demorar mais alguns dias do que estava inicialmente previsto tendo em conta os cuidados que são necessários para que tal possa acontecer. Mesmo assim, tal já poderá ser uma realidade depois do Marítimo-FC Porto agendado para o próximo dia 25.

Certo é que a segunda da fase da obra de remodelação do estádio dos Barreiros vai mesmo arrancar em breve.

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A Capitania do Porto do Funchal emitiu hoje um aviso amarelo de agitação marítima para a costa norte da Madeira e para toda a zona costeira da ilha do Porto Santo.

O aviso amarelo para agitação marítima prevê ondas de noroeste de 3,5 a 4 metros para a costa norte e ondas de sueste de 1 a 2 metros para a costa sul, pelo que a Capitania recomenda que os proprietários ou armadores das embarcações tomem as devidas precauções para que estas permaneçam nos portos de abrigo.

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A Associação Portuguesa das Pessoas com Necessidades Especiais – Associação
Sem Limites apresentou, esta semana, um cartão de identificação destinado às pessoas com
necessidades Especiais.

Segundo a Associação, este é um cartão pioneiro em toda a Europa, testado em países como
Inglaterra, Holanda e Espanha, que permite à pessoa com necessidades especiais
identificar-se como tal, sem recorrer ao uso do atestado multiusos, ou a provar a sua
condição de amputado ou de qualquer outra deficiência não visível.

“Ao apresentar o cartão identificativo onde consta uma fotografia, o nome completo, a data de
nascimento, morada, número de cartão de cidadão, deficiência, e grau, a pessoa com
necessidades especiais poderá beneficiar dos seus direitos, nomeadamente a não
discriminação e o acesso a serviços segundo a lei da prioridade”, refere a instituição liderada por Filipe Rebelo.

 

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Um dos dirigentes desportivos mais importantes da Madeira encerra agora um ciclo. Marcelo Gouveia falou ao AgoraMadeira sobre a saída do São Roque.

– Há listas candidatas às próximas eleições para órgãos sociais do São Roque?

Sim. Há duas pessoas, ambas pais de atletas, que pensaram apresentar listas. Em princípio  vão se juntar e formar uma lista única. A decisão está para breve e será tomada até à próxima terça-feira, dia em que terei a minha última reunião de direção no clube. As eleições são no dia 23.

Qual o motivo que o levou a sair do clube ao fim de 20 anos?

Estou um pouco cansado. Já são 20 anos e quero ter agora outra qualidade de vida que o dirigismo desportivo não me permite ter porque é preciso estar muito presente e sobra pouco tempo para o resto. Também há menos pessoas que agora trabalham voluntariamente…Antes deste mandato já quis sair mas na altura não surgiu ninguém interessado.

Deixa o clube estável financeiramente?

Sem dúvida. Deixo o São Roque com contas positivas e sem dívidas. E isto acontece pelo quarto ano consecutivo.

Olha para trás com orgulho do trabalho realizado?

Olho com orgulho para o trabalho que fiz. Foram muitos anos de dedicação, mas nunca trabalhei sozinho. Penso que ajudei a tornar o São Roque numa referência não só na Região como no país.

Os últimos dois/três anos foram marcados por dificuldades financeiras bastante acentuadas no desporto regional, com cortes e grandes atrasos nos apoios concedidos da parte do Governo Regional.  Como é que o São Roque conseguiu ultrapassar todos esses problemas?

Quando os dias são difíceis, nós unimo-nos e conseguimos vencer. A crise levou-nos a ser mais criativos. Por exemplo, na área das atividades sociais – e por termos instalações próprias – conseguimos gerar receitas de forma a que se pudesse conseguir fazer a manutenção do pavilhão. E esse trabalho vai perdurar nos próximos anos. É claro que custou-me abdicar de participações nacionais de algumas equipas e é claro que me custou dar faltas de comparência. Esse foi o momento mais negativo.

OS TRÊS TÍTULOS NACIONAIS NO TÉNIS DE MESA

– Os três títulos de campeões nacionais da I Divisão em ténis de mesa foram os pontos altos destes 20 anos de mandato?

Sem dúvida que foram. Vencemos em 1999/2000, em 2004/2005 e em 2005/2006, duas dessas vezes com o Marcos Freitas na equipa, mas o ano de 2001 também foi muito importante porque foi nessa altura que foi inaugurado o nosso Complexo Desportivo. Para além dos títulos nacionais, devo lembrar as várias vitórias em Supertaças e Taças de Portugal. A presença do hóquei na II Divisão Nacional, os bons resultados na Pesca Desportiva, com presenças em Campeonatos do Mundo e o facto de termos tido um atleta no karaté campeão nacional e europeu foram também marcos importantes ao longo de todos estes anos.

O futuro passa por onde?

O futuro passa por regressar à escola. Sou docente e vou voltar à minha profissão.

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Serginho / Ex-jogador do Nacional da Madeira

Bem, antes de mais devo dizer que o Serginho e o Nacional da Madeira foram um relacionamento perfeito. Nos primeiros tempos eram muitas as dificuldades porque tínhamos de dividir o campo com vários clubes na Camacha… Na altura, o nosso treinador, Rui Mâncio, grande treinador, fazia sempre muita luta para arrumar o campo. Depois foi lançado o projeto do campo da Choupana…

O meu primeiro troféu foi a Taça da Madeira frente ao Marítimo no Porto Santo e a partir daí o Nacional começou o seu sucesso quando Jair Picerni subiu a equipa para a Segunda Divisão de Honra. Foi muito bom, com Serginho Cunha sempre na artilharia. Aí o clube já estava super sólido e com a chegada do José Peseiro foi a afirmação do clube, e sempre com Serginho em foco, subimos à Primeira Liga.

A partir daí o clube consolidou-se. Conquistamos a vaga na nas pré eliminatórias da UEFA e fui o primeiro jogador a dar ao vitória ao clube frente ao Benfica. Até hoje, o Nacional não conseguiu outra vitoria contra eles e já se passaram muitos anos. Sou até hoje o maior artilheiro do clube, com mais 100 golos marcados, e orgulho-me de ter visto todo o crescimento do Nacional. Fui mesmo o único jogador a ver o clube nascer e a ter toda a estrutura que tem hoje. Sei que fui importante para o clube e digo, sem qualquer dúvida, que foi o melhor clube que joguei. E deixei amigos na Madeira. O meu melhor amigo é o Rui Sardinha, mas não posso esquecer Rui Alves, que apostou em mim, o Dr. Jasmins, o Dr. João Pedro Mendonça e o Sr. Gris Teixeira. Espero voltar à Madeira já em Junho para rever todos esses amigos que deixei.

Para além do Nacional, vi a Madeira a se transformar desde que aí estive. Hoje o aeroporto é bem maior, há muitas auto-estradas.  João Jardim lutou muito para dar toda essa transformação à ilha. O Funchal é uma cidade linda, um sítio maravilhoso. O povo madeirense, sempre com um sorriso, é muito acolhedor. Enfim, agradeço por ter vivido e ter dito todo o sucesso que tive nessa cidade e o meu maior orgulho foi minha filha ter nascido nessa cidade maravilhosa.