Hoje vou recordar o meu percurso depois da minha saída do Marítimo e da Madeira: quando regressei ao Brasil comecei a trabalhar como treinador principal da equipa de juniores do Caxias, equipa que já militou na 2ª divisão brasileira. Depois passei a ser adjunto e treinador de guarda redes da equipa principal do mesmo clube. Seguiu-se a ida para a equipa rival da mesma cidade, o Juventude, uma equipa da 1º divisão do futebol brasileiro, onde trabalhei como treinador principal nos escalões de juvenis e de juniores.
Após quatro anos trabalhando nestas equipas acabei por desistir do futebol profissional e dediquei-me aos negócios, no ramo do comércio onde estou até hoje. Paralelamente à minha atividade profissional tenho uma escola de guarda-redes não voltada para o futebol profissional e faço também assessoria a um grupo de empresários que trabalham com transferências de jovens jogadores.
Mas ainda continuo a fazer o que mais gosto, que é ser guarda-redes, evidentemente jogando em categorias que condizem com a minha idade, ou seja, veteranos, ou, como chamamos aqui no Brasil, masters, que é a categoria acima dos 50 anos.
Hoje, sinto-me adaptado ao Brasil, assim como a minha família, embora confesse que no início foi difícil ter regressado. Foram 12 anos de vivência na Madeira, praticamente metade da minha vida futebolística, mas a vida continuou.
Ficaram muitas lembranças maravilhosas do tempo passado na Madeira, dos amigos que deixei, do Club Sport Marítimo e dos seus adeptos.