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Francisco Fernandes / Ex-secretário regional da Educação e da Cultura

A UNESCO, associada a um conjunto de organizações internacionais, entre as quais o Comité Olímpico Internacional, acaba de publicar as orientações para os decisores políticos em matéria de educação física e desporto nas escolas, na sua qualidade de Agência das Nações Unidas encarregue de promover, de forma concertada e colaborativa, uma ação participativa destinada a garantir o desenvolvimento integral de cada indivíduo.

Para Irina Bokova, Diretora-Geral da UNESCO, a visão da organização é clara: o desporto e a educação física são essenciais para a juventude, para a vida saudável, para a construção de uma sociedade resiliente, para o combate à violência e para a inclusão, mas esse objetivo não se atinge espontaneamente – exige a ação dos governos e o suporte da comunidade, num movimento concertado cujos princípios decorrem da aceitação e da promoção dos valores do Movimento Desportivo tais como preconizados pela Carta Olímpica quanto a crenças e princípios centrados no fair-play, respeito, honestidade, amizade e busca da excelência, sendo responsabilidade das organizações desportivas, e da escola, defender e proteger tais valores (Olimpic Charter, 2013).

Especial enfoque é dado neste documento orientador à aprendizagem chamada extracurricular enquanto atividade de ensino estruturada e integrada num currículo alargado e, por vezes, decorrendo em parceria com a comunidade e com as organizações desportivas (Adaptado de Association for Physical Education (afPE) Health Position Paper, 2008).
Os limites de uma nota desta natureza levam-nos a restringir a atenção apenas a um aspecto particular, elegendo para tal a relação da escola com a comunidade e com as organizações desportivas, bem como as parcerias entre a Escola e o Desporto.

Fazendo uma ponte com a experiência regional podemos salientar que, de há largos anos, a construção do quadro orientador da Política Desportiva tem envolvido uma diversidade de parceiros, desde a administração do desporto, da educação, da juventude, da saúde e das organizações não-governamentais, sejam os clubes, as associações, os atletas de referência, do sector privado ou dos meios de comunicação social, pelo que, acolhendo as recomendações do documento em análise, podemo-nos orgulhar de uma prática em que, por exemplo, quanto às infraestruturas, foi sempre garantida a complementaridade deste recurso e de outros que se tenham mostrado insuficientes no meio escolar, com o comprometimento e o uso mais eficiente dos meios disponíveis na comunidade e através de parcerias com as organizações desportivas, sejam clubes ou associações. Na mesma senda converge, no âmbito dos recursos humanos, a partilha de professores especializados das escolas junto dos clubes/associações, e de técnicos dos clubes/associações em atividades e momentos específicos e promocionais, junto das escolas.

De igual modo, o conceito-base de construção de infraestruturas (polidesportivos, pavilhões, piscinas, campos de futebol e outras) junto ou na proximidade de complexos escolares, foi garantia do sucesso desse enlace entre a escola e comunidade.
Neste sentido, o que ora é preconizado quanto à necessidade de consórcios com a comunidade e com as organizações desportivas, os quais devem ser estendidos ao uso dos equipamentos e demais recursos dessas entidades, para reduzir custos de apetrechamento das escolas e, ao mesmo tempo, para incentivar os jovens no sentido do seu envolvimento com o desporto extracurricular, para além daquele que já pratique na escola, é uma práxis já testada entre nós, relevando-se, ainda, que este tem sido um processo com dois sentidos, pois assegurou, tal como defende a UNESCO, que as instalações existentes na escola devem igualmente ser disponibilizadas às organizações desportivas às noites e aos fins de semana.

Porém, num momento em que a educação física e o desporto parecem estar em declínio em todas as regiões do mundo, provocando o aumento dos níveis de inatividade e os riscos de doença que lhe estão associados (descritos pela OMS como uma pandemia), veja-se a medida que em Portugal vem sendo defendida pelo MEC através da reforma curricular, a qual permite às escolas definir o número de horas de educação física, dentro de limites mínimos e máximos fixados pela tutela, medida que surgiu em contraciclo com o que estas orientações vêm preconizar, pois provoca um ‘corte’ na oferta, o qual só vem aumentar as preocupações com a saúde.

Num momento em que tudo – e ainda bem! – pode ser reanalisado, revisto e redefinido, em que a avaliação de procedimentos e consequentes resultados constitui uma medida estratégica, que aliás subscrevemos, é essencial que os decisores políticos assegurem medidas que garantam o lugar que de direito cabe à Educação Física e ao Desporto nos currículos escolares, propiciando aos alunos o acesso e consequente benefício decorrente do contacto com domínios alternativos de aprendizagem, como são aqueles que lhes podem ser proporcionados pelos clubes e organizações desportivas.

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É a primeira prova do circuito de Trail Running Madeira 2015 e vai servir já como uma espécie de “aquecimento” para o Madeira Island Utra Trail (MIUT) que se realiza em Abril.

O Ultra Trail de São Vicente/Porto Moniz conta já com mais de 350 inscritos e terá como grande atração a presença do vencedor do MIUT 2014, o francês Julien Chorier que se faz acompanhar com a sua competitiva equipa.

“A grande novidade é a integração de uma equipa de topo mundial, a Hoka One One”, realça Nuno Gonçalves, presidente do Clube de Montanha do Funchal, coletividade organizadora da prova.

A equipa chegou recentemente à Madeira, num total de 25 pessoas entre atletas e familiares. “O Julien não vai poder competir no MIUT este ano mas alguns dos colegas de equipa que vieram com ele vão fazê-lo e já estão inscritos. Vão aproveitar esta prova agora para se prepararem”, sublinha o responsável, valorizando a importância da presença da equipa Hoka One One na Madeira.

“Este é um indicador que espelha a realidade do Trail: quem gosta mesmo de praticar retorna sempre uma ou duas vezes por ano. O feedback que temos tido é que as pessoas gostam das paisagens e gostam de compartilhá-las com a família. E isto é um sinal disso”, realçou

PROVA É APRESENTADA ESTA SEXTA-FEIRA

O Ultra Trail de São Vicente/Porto Moniz é apresentado esta sexta-feira pelas 18.30 horas, no Auditório do Centro de Formação Agrária de São Vicente, Pé do Passo – Vila e vai contar com a presença do presidente da Câmara de São Vicente, José António Garcês e do presidente da autarquia do Porto Moniz Emanuel Câmara.

Presente estará também Julien Chourier que irá fazer uma pequena palestra sobre a experiência no treino e falar um pouco sobre a Madeira. Os interessados na modalidade poderão ainda ouvir outra palestra da parte do Dr. Rui Almeida sobre a importância dos exames médico-desportivos no contexto da prática desportiva.

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Carina Ferro, atual deputada do PS-Madeira, não consta nos nomes da Coligação ‘Mudança’ para as próximas eleições regionais antecipadas. A lista deixa também de fora os deputados reformados Luísa Mendonça e Maximiano Martins.

Está assim posta de parte a possibilidade de renovar mandato na Assembleia Legislativa da Madeira (ALRAM), mas ao que o AgoraMadeira apurou Carina Ferro não terá sido notificada por Victor Freitas desta decisão, tendo sido alertada por um email de um elemento socialista depois de já serem conhecidos, na praça pública, os principais candidatos. Esta atitude é encarada como desconsideração, tanto mais quando a deputada é também a coordenadora da secção de militantes de Santo António, a maior da estrutura socialista, e não terá sido ‘tida nem achada’.

Carina Ferro terá alegadamente sido afastada pela inclusão da professora Sofia Canha, na área da Educação, mas o certo é que o PS aposta também na docente Mafalda Gonçalves, o que tem dado a azo a comentários internos.

Victor Freitas não comenta
Contactado pelo AgoraMadeira, Victor Freitas diz apenas que foram “estabelecidos critérios na elaboração da lista e que houve uma renovação de 50% dos deputados socialistas”. O líder do PS-Madeira não se pronuncia sobre o caso de Carina Ferro, limitando-se a afirmar que não comenta “casos individuais”.

A lista liderada por Victor Freitas conta com seis independentes, 8 jovens, sendo que 57% residem fora do Funchal e 43% são mulheres. A Coligação ‘Mudança’ não foi inicialmente bem aceite entre todos os socialistas. Miguel Iglésias, presidente da concelhia do Funchal do Partido Socialista, chegou mesmo a manifestar-se publicamente contra. O debate interno não impediu, contudo, esta aliança que é considerada pelo líder regional  como a única solução para a Madeira nos próximos quatro anos.

“O Partido Socialista com uma coligação é a única solução que os madeirenses têm para que os próximos quatro anos não sejam piores do que os últimos”, afirmou Victor Freitas, em Janeiro, em entrevista ao AgoraMadeira.

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O grupo Sumol+Compal foi condenado a pagar cerca de 160.000 euros a um antigo distribuidor dos seus produtos em Santarém que faliu, em 2003,  depois de a empresa cortar o fornecimento por atraso no pagamento de uma fatura.

Segundo a Lusa,  a sentença do Tribunal da Relação de Évora refere-se a dezembro último e não houve recurso, pelo que a Sumol+Compal terá de pagar 158.871 euros mais juros desde 09 de abril de 2005 à sociedade Manuel Gomes Saragoça, Lda, depois de compensado o crédito resultante do saldo da faturação em dívida (pouco mais de 30.000 euros).

A sociedade distribuidora – entretanto declarada insolvente a requerimento do Grupo Sumol+Compal (que era o único credor, além dos próprios sócios) – alegou a existência de um contrato verbal sem prazo definido que vigorava há mais de 30 anos e que a obrigava à exclusividade na distribuição dos produtos da então Sumolis e práticas do grupo que levaram à fragilização da sua situação económica.

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Bombons, crepes, waffles, licores, hidromel, pão de ló, pizzas, cake pops, bombocas, frutas, ginjas  tudo acompanhado com  a textura e os sabores mais genuinos do chocolate. Se é apaixonado por esta delícia, então não há como perder a ‘Festa do Chocolate’ em Valênça.

FOTO: Shutterstock.com
FOTO: Shutterstock.com

Nem a propósito, o certame arranca na véspera do Dia dos Namorados, celebração que será também assinalada com um ‘workshop’ sobre como bordar os lenços dos namorados.

Amor e tentação pelo chocolate é então o mote do convite para uma visita a Valença e à  Fortaleza do Chocolate e dos Namorados, entre os dias 13 e 17 próximos.  Para além da exposição e venda de chocolates, a Câmara Municipal promete muita animação de rua, durante o evento que conta com a presença de  expositores vindos dos vários cantos de Portugal.

Sabia que é possível snifar chocolate?
Desafiado pelos  Rolling Stones,  Dominique Persoone, mestre chocolateiro belga,  criou o “chocolate shooter”, um dispositivo que permitisse snifar chocolate – neste caso,  cacau da República Dominicana ou do Peru, misturado com menta e gengibre ou framboesa. Esta excentricidade  já convenceu  mais de 25 mil pessoas.

Os historiadores dão conta de que os primeiros a consumir chocolate regularmente, por volta de 1500 a.C. foram os membros da civilização Olmeca, habitantes dos atuais México e Guatemala.

Barras de chocolate no século XIX
O hábito de comer chocolate em pedaços só se tornou popular no século XIX, quando uma firma inglesa, Fry and Sons, começou a produzir chocolate doce em barras para comer, misturando o cacau moído com manteiga de cacau e açúcar. Foi na Suíça que nasceu posteriormente a mistura consagrada de chocolate, leite e açúcar, dando origem ao chocolate como é conhecido atualmente.

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Luís Filipe Malheiro / Jornalista

As eleições regionais deste ano deverão ser das mais disputadas de sempre. Existem razões que contribuem mais diretamente para isso, desde logo o fato do PSD da Madeira, depois de 40 anos de liderança vitoriosa de Alberto João Jardim, se apresentar aos eleitores madeirenses com uma nova cara, com novos dirigentes, com novas propostas, com novas ideias, com novas prioridades, com uma nova forma de fazer e estar na política, segundo os próprios. A Assembleia Regional, não tenho dúvida, recuperará o espaço perdido e será, como tem que ser, o palco privilegiado do debate político na região. Não vejo que se possam repetir procedimentos anteriores que em certa medida distorciam a realidade, já que são os governos que dependem dos parlamentos e não o contrário e os parlamentos são compostos por deputados que resultam da vontade livre e democrática dos eleitores.

Por outro lado, há que reconhecer, a realidade social e orçamental da região – apesar de ter sido afirmado recentemente em Lisboa que a dívida regional, a manter os atuais níveis (e a ausência de investimento público, salvo apenas pela Lei de Meios e pouco mais), será sustentável – não é, longe disso, passível de funcionar como uma mais-valia a favor do PSD. Há desemprego elevado, não há investimento público, há carências financeiras generalizadas nos diversos departamentos e organismos, há porventura opções que devem ser tomadas, há a ameaça do peso dos encargos com a dívida que vêm a caminho já em 2016, enfim, uma panóplia de situações que tornam o próximo mandato governativo regional o mais importante e porventura mais difícil de todos.

Acresce que pela primeira vez teremos uma coligação política, porventura não tão estimulante (para os protagonistas) e alargada como inicialmente desejariam, coligação essa liderada pelo PS e da qual fazem, parte PTP, PAN e MTP. Outros partidos mais “tradicionalistas”, PCP, PND e Bloco de Esquerda concorrem isoladamente e a eles parecem juntar-se, para além da JPP – que se transformou de movimento autárquico apoiado pelo PS, CDS, PTP, PND, Bloco e MPT em partido regional depois de tanto ter criticado o sistema partidário regional e que dificilmente não deixará de ser um dos enigmas deste processo eleitoral, só desfeito quando conhecermos os resultados finais – uma coligação PPM/PDA que depois da primeira recusa do TC poderá insistir na legalização, e partidos mais pequenos, casos do PNR e do PCTP que anunciaram a intenção de concorrer ao ato eleitoral o que acontecerá pela primeira vez em regionais.

Temos, como se verifica um puzzle politicamente diferente, numa região que precisa de centrar as suas prioridades no combate à abstenção, que pela primeira vez em 2011 ultrapassou os 42%, valor que não deixa de constituir um recorde e uma preocupação a ser obrigatoriamente assumida e assimilada por todos os partidos responsáveis. Para que a representatividade dos deputados eleitos – não confundir com legitimidade democrática- seja posta em causa por causa de uma diminuta participação de cidadãos no ato eleitoral.

Finalmente, não duvido que estas eleições regionais, que continuam a ter a comunicação social como o palco privilegiado da disputa partidária – e devido à falta de recursos financeiros a comunicação será cada vez mais o local desse confronto – poderão ter pela primeira vez uma componente nem sempre valorizada, porque ainda não generalizada apesar de utilizadas de uma forma algo libertina e que por isso podem destruir o caráter de pessoas e criar problemas aos políticos e aos partidos, sobretudo nos meios mais urbanos que dedicam algum tempo para ali navegarem. Falo das redes sociais. Penso que elas são, apesar de fugirem a qualquer controlo da regulação, protagonistas à sua maneira, e cada vez mais efetivas, das campanhas eleitorais, pese o fato de ninguém saber hoje – existem estudos antigos que davam valores insignificantes – qual o peso efetivo que elas têm junto dos cidadãos, particularmente junto dos eleitores e dos adeptos de blogues ou de redes sociais mais generalizadas. Lamento que as pessoas sejam enxovalhadas publicamente nestes espaços, porque não existe regulação e não há capacidade de controlar e censurar as redes sociais sempre que os ataques pessoais sejam feitos de forma ofensiva, falsa e insultuosa.

Pese tudo isso, e sem colocar em causa o princípio sagrado da liberdade de expressão, aplicada também às redes sociais, estou convencido que estas regionais serão diferentes e podem por isso propiciar surpresas. Uma delas a continuidade da estabilidade social e política; outra a deturpação da realidade eleitoral expressa pelos madeirenses, graças a movimentações de bastidores; outra ainda, mais extrema, a ingovernabilidade da região numa altura em que isso não pode sequer ser pensado. Isto promete!

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Já está definida a lista da coligação ‘Mudança’ para as eleições regionais antecipadas do próximo dia 29 de Março. O AgoraMadeira teve acesso ao documento da candidatura encabeçada pelo atual líder do PS-Madeira, Victor Freitas, que atribui três lugares ao PTP-M, um ao MPT e outro ao PAN, nos primeiros dez candidatos.

O segundo lugar na lista da ‘Mudança’ é ocupado pelo economista e líder da bancada parlamentar socialista, Carlos Pereira. Para a terceira posição, os socialistas apostam na independente Sofia Canha, presidente do Sindicato dos Professores da Madeira.

Sofia Canha é sucedida pelo deputado e líder do Partido Trabalhista Português, José Manuel Coelho cuja filha Raquel Coelho, líder parlamentar do PTP-M, foi escolhida para ocupar a sétima posição na lista liderada por Victor Freitas.

Para o quinto e sexto lugares, o PS elegeu dois socialistas: Avelino Conceição e Jaime Leandro.

O PAN-M consta em oitavo lugar, representado pelo empresário Fernando Rodrigues, seguindo-se  Roberto Vieira, deputado e líder regional do MPT. Em 10º lugar mais um ‘trabalhista’: Quintino Costa, secretário-geral do partido de José Manuel Coelho. Já o 11º e 12º lugares são ocupados por Mafalda Gonçalves, professora, e Olavo Câmara, líder da JS-Madeira.

Conheça os restantes candidatos:

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Agora já pode conhecer com pormenor o lado oculto da Lua, aquele que nunca é visível da Terra, através de um vídeo divulgado pela Agência Espacial norte-americana (NASA).

Trata-se de uma animação elaborada a partir de fotografias captadas pelo satélite Lunar Reconnaissance Orbiter (LRO). Apesar desta não ser a primeira vez que são captadas fotografias deste lado oculto da Lua, o novo vídeo traz mais detalhe e qualidade em relação aos registos anteriores.

Assim, poderá comprovar que a paisagem desta parte do satélite é formada por crateras de diversos tamanhos, em vez dos grandes pontos isolados que vemos da Terra, designados de mares.

Este lado oculto existe porque o período de rotação da Lua é igual ao seu período de translação, ou seja, o período que a Lua leva a dar uma volta em torno de si mesma corresponde ao tempo que demora a girar em torno da Terra.

A primeira vez que a Humanidade viu o ‘outro lado’ da lua foi em 1959, quando a sonda soviética ‘Luna 3’ trouxe algumas imagens, mas de baixa qualidade. Assista ao vídeo.

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Um vício! Carlos Pereira Silva descreve assim a sua paixão pela fotografia. Profissional da banca, este madeirense encontra na arte de fotografar uma fuga ao stress.

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“A fotografia sempre conciliei com a minha profissão que é bastante stressante… o simples prazer de fotografar atua como uma catarse”, confessa.

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Zona Velha – Funchal

Foi a necessidade de perdurar as suas memórias e a beleza das coisas “que se perde com o tempo”,  o que levou, muito jovem, a se fascinar pela fotografia. Nos anos 80, ganhou o seu primeiro prémio atribuído pelo DN-Madeira.

“Mais tarde ganhei também menções honrosas, mas também não sou muito adepto de concursos fotográficos”, diz Carlos Pereira Silva.

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Santa Luzia – Funchal

Em 2007 surge o blogue ‘Olhares do Chacal’ – http://olharesdochacal.blogspot.pt -. A ideia era partilhar a beleza das coisas fotografadas, mas só quatro anos depois é que o fotógrafo amador conseguiu conciliar a ocupação profissional na banca com o hobbie da fotografia, atualizando quase diariamente a sua criação online.

Apesar de não ter nenhum curso de fotografia e se basear muito na intuição, Carlos Pereira Silva  tem investido neste passatempo –  tempo e dinheiro  – e   tem alguns projetos para esta área, um deles é fazer uma exposição e outro passa por fotografar algumas cidades europeias e os canais de Veneza.

“Um livro também estaria na calha, mas, sei que isso são apenas sonhos meus”, constata.

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Cabo Girão – C. Lobos

O fotógrafo amador não consegue eleger, entre as suas criações, a que gosta mais, mas não hesita em escolher a natureza como o seu ‘modelo’ favorito. Carlos Pereira Silva soma inúmeros retratos de paisagens da Madeira, muitas das quais podem ser vistas no seu blogue.

Em Abril próximo, o madeirense inicia mais uma aventura pelos ‘Caminhos de São Tiago’, uma experiência iniciada em 2013, retratada pelas suas fotos,  e que conta concluir no próximo ano, ao alcançar São Tiago Compostela, em Espanha.

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Com 27 anos, Ebinho chegou ao Marítimo no início de época com o rótulo de goleador do Brasil mas a concorrência de Maazou e de Dyego Sousa nunca deram margem para se mostrar. Com a saída do nigerino e a lesão do brasileiro, Leonel Pontes, a oportunidade surgiu. Este domingo, Ebinho marcou o primeiro golo no campeonato, um cabeceamento indefensável que mesmo assim não impediu a derrota do Marítimo por 1-2 frente ao Gil Vicente.

Qual foi a sensação de ter marcado o primeiro golo no campeonato pelo Marítimo?

 Foi muito boa a sensação! Estou muito feliz pelo golo mas triste pela derrota.

Como foi o lance?

Passei a bola para o Edgar Costa e como ponta de lança tenho de ir para a área. Já sei mais ou menos para onde vai o cruzamento dele, antecipei-me ao central deles e consegui cabecear, graças a Deus!

Sente-se bem no papel de ponta de lança ou gosta mais de jogar pelas alas?

Inicialmente não me sentia muito bem mas estou a me adaptar e estou a gostar.

Mas qual é a sua posição de raiz então?

No Brasil jogava como extremo ou como segundo ponta de lança mas quando cheguei aqui o mister colocou-me como ponta de lança. Mas estou a sentir-me bem nesse papel.

Acredita que este golo pode ajudar a manter o lugar na equipa ainda para mais depois da chegada do Marega?

Sim, acredito que sim. Acredito que posso manter o lugar na equipa.

Porque é que acha que tem tido poucas oportunidades até agora para se mostrar?

Tive poucas oportunidades até agora, o que está a acontecer neste momento porque o Maazou foi embora e o Dyego Sousa está lesionado. Por falta de opções, o mister está então a me dar algumas oportunidades.

Como vê o aparecimento de mais ponta de lança, o Marega, para aumentar a concorrência?

Vejo que é um bom jogador. Ele veio para nos ajudar, tenho concorrência mas é uma concorrência saudável.

Você marcou um golo ontem, mas podia ter feito outros dois:mandou uma bola à barra e outra ao poste nas únicas oportunidades claras do Marítimo em todo o jogo…Foi a sua melhor exibição no Marítimo?

Sim, sem dúvida nenhuma. Foi o meu melhor jogo no Marítimo.

Em relação à equipa, o que falhou hoje, na sua opinião?

Não foram falhas individuais, foram falhas da equipa em geral. Para além disso a arbitragem prejudicou-nos, na minha opinião.

«NÃO ACHO QUE TENHA HAVIDO FALTA DE ATITUDE»

Para além das queixas da arbitragem, o treinador disse no final do jogo que faltou atitude e responsabilidade à equipa. Concorda?

Não acho que tenha havido falta de atitude porque todos nós corremos e batalhamos muito. Infelizmente as coisas não correram bem.

Acha que esta derrota vai deixar marcas negativas no grupo que vinha de bons resultados, entre eles contra o FC Porto?

Não vai deixar marcas porque vamos recuperar no próximo jogo.

Vocês ainda acreditam que podem chegar a um lugar de acesso à Liga Europa no final da época, mesmo com tantos pontos perdidos?

Todos nós acreditamos que sim.

«FOI MUITO DIFÍCIL FICAR FORA DOS CONVOCADOS»

Quais as principais dificuldades que sentiu na mudança para o futebol europeu?

Aqui o futebol é mais duro e mais rápido.

E acha que demorou a se adaptar?

Não, graças a Deus, adaptei-me rápido.

Como foram os meses passados só a treinar sem jogar?

Um jogador que está sempre habituado a jogar é muito difícil ficar fora dos convocados. É muito complicado, mas é preciso ter paciência e trabalhar sempre mais e mais.