Os programas eleitorais estão à porta, os debates também. Os candidatos preparam-se para uma maratona intensa de credibilização, e nós temos que demonstrar que queremos melhor para o nosso País, e melhor para a Madeira.
São tempos estranhos, estes. A Europa continua em total rebuliço, sem sair do mesmo lugar. Olhos postos na Grécia, na Espanha, na Alemanha, e agora no eixo franco-inglês face ao descontrolado fluxo migratório – a “praga”, tal como o vê D.Cameron. Livrem-se de olhar para Portugal em período pré-eleitoral. Mantém-se a ameaça de renovação de mandato da dama de ferro do século XXI, mantém-se a queda livre da bolsa grega, mantém-se o prenúncio de um ataque da Troika sobre as cabeças espanholas.
Em Portugal, de repente, todas as ameaças, intimidações e recomendações para sairmos da nossa “zona de conforto” parecem ter sido eliminadas da memória governativa da Coligação PSD/CDS. Agora só se fala que chegámos onde queríamos chegar. Lamento, mas eu não queria chegar a nada disto. “Há limites para os sacrifícios que se podem pedir aos portugueses”, disse P.Coelho. Mas a nós não nos perguntaram nada. Decidiram e implementaram. Sacrificaram milhares de portugueses para estarmos pior do que estávamos em 2011.
Na Madeira, houve um tempo que devia ter acabado por inteligência, mas acabou por necessidade. O mesmo se passa no País. Esta governação assente em políticas extremistas de cedência à vontade de intransigentes líderes europeus tem que acabar. Cabe-nos a nós, madeirenses, ter a consciência de quem tem a capacidade e competência suficientes para defender os interesses da Madeira na Assembleia da República. Os tempos são outros, os candidatos são outros (à exceção daqueles que parecem perpetuar-se como cabeças de lista…), mas os interesses regionais devem manter-se como prioridade. Sejamos uma prioridade, porque este é um tempo diferente, de responsabilidade e confiança.