O futebol é talvez o maior espectáculo desportivo do Mundo, pelo menos é o que atinge mais audiências na TV e presenças nos próprios campos de jogo.
Na verdade, a envolvente desta modalidade, desde a organização ao negócio de jogadores e treinadores, à publicidade, às apostas e de muitos mais interesses que rodeiam este desporto, torna-se apelativo para certos agentes estarem relacionados direta ou indiretamente com o mundo futebolístico.
Começando pela FIFA, a entidade máxima do futebol, à qual deveria ser exigido rigor e uma transparência exemplar e que na prática os respetivos dirigentes têm revelado uma conduta repreensível, acabando por serem irradiados do mundo do futebol ao serem envolvidos em escândalos financeiros de muitos milhões relacionados com a seleção “viciada “ do local onde serão realizados os Campeonatos do Mundo.
Numa dimensão inferior, mas igualmente relevante, também há outro Lado Negro do Futebol constituído pelos empresários e agora os “fundos”, uma rede que envolve os jogadores, transacionando-os como meras mercadorias.
Aliás, têm sido divulgadas nos últimos tempos, situações de jogadores que são contratados para vários Países e depois ao chegarem ao destino, constatam que não têm qualquer vínculo contratual e ficam por lá abandonados sem dinheiro para regressarem. E, grande parte destes, são jovens jogadores que “carregam” esse trauma para o resto da sua carreira.
Ainda recentemente, temos o caso dum jogador do Marítimo, que pelo facto do agente querer transacioná-lo para receber a respetiva comissão e esquecendo-se que esse jogador tinha contrato com o Clube, pressionou o atleta para alegar que tinha uma lesão e não jogar, prejudicando altamente o Marítimo.
Também há excepções como o “super agente” Jorge Mendes, que trabalha com jogadores de alto nível e mesmo assim questiono como é possível vender um jogador por valores exorbitantes e no ano seguinte esse mesmo atleta ser novamente transacionado por verbas ainda mais altas para outro Clube e assim sucessivamente, os Clubes pagando e o agente faturando milhões, o que me permite duvidar dos interesses que poderão estar aqui envolvidos…….
Do referido, pode-se concluir que os empresários não se preocupam com os interesses dos jogadores nem dos Clubes, o que vale é o jogador rodar por muitos Clubes para que as comissões vão aumentando exponencialmente.
Saí do futebol como dirigente e guardei muitas amizades, mas tenho que reconhecer que nunca criei grande empatia com os empresários desta área…