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Sancho Freitas / Diretor Financeiro do Marítimo

A propósito de economia…

Primeiro. O investimento externo, em áreas que conduzam à “lavra” e exportação de “inteligência”, é um dos poucos meios de que nos podemos valer para assegurar um crescimento económico emancipado e robusto. No mercado global, a 1000 Km da Europa continental – e com políticas de transportes que, até ver, agravam os constrangimentos da insularidade em vez de os atenuar -, não há muitos caminhos a seguir. O M-ITI pode ser um catalisador interessante. E deve ser potenciado. Bem como a agência para a captação de investimento exterior, se a memória não me atraiçoa, em tempos criada na dependência do IDERAM.

Segundo. Um dos oradores da conferência do Dia do Empresário Madeirense defendia a aposta na captação de turistas de idade mais avançada. Isto porque os estados sociais “produzem” cada vez mais reformados, com especial apetência por destinos com as características da Madeira. Ao contrário de outras correntes que defendem uma aposta em segmentos etários bem mais baixos. Turistas há muitos. E nichos de mercado também. Fundamental é ter objectivos claramente identificados, uma estratégia traçada e implementar medidas concretas e consistentes para a levar a cabo.

Terceiro. A partir de 1 de Setembro o Jornal da Madeira passa a ser pago. Com a medida, de per si, não concordo nem discordo. Mas se nesse dia o leitor, então também cliente, não percecionar diferença face ao produto gratuito da véspera, pode ser uma machadada fatal naquele jornal, enquanto projecto empresarial. Já lhe bastam os estigmas de que se tem de libertar.

A propósito de política…

Ainda sobre o JM. Pareceu-me inábil a forma como a tutela tratou publicamente a questão. Num primeiro momento anunciou uma nova equipa de gestão, expôs intenções mas também obstáculos, e nada de concreto sobre soluções. Numa questão há muito pensada e tratada. Mais. Dumping é uma prática proibida. Não deve ser invocada de forma estouvada, sobretudo quando em causa está a atuação de uma empresa pública.

Passos Coelho visitou a Madeira. E anunciou um novo modelo de subsidiação das deslocações aéreas, semelhante ao dos Açores. Nota positiva para o Governo Regional. E nota zero para o Primeiro-Ministro (que até gostava de ver reeleito). Não concebo que não tenha havido esta abertura para dialogar com o GR anterior. Nesta e noutras matérias. Durante demasiado tempo. Com elevado prejuízo para todos os madeirenses. Não é política, é politiquice.

A propósito de nada…

27 de Maio. Altos dirigentes da FIFA são presos por suspeitas de corrupção. Sepp Blatter é pressionado a se demitir mas não o faz. 29 de Maio. É reeleito e toma posse. 2 de Junho. Pede a demissão. Permanece no cargo mais seis a nove meses. Milagre da multiplicação…

Pires de Lima mantém a “expectativa” que da privatização da TAP pode resultar uma maior frequência de voos para a Madeira. Porque terá “mais capital, mais aviões e maior agressividade comercial”. Basta que sim…

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E se a escola Francisco Franco tivesse um campo de relva sintética? Pois bem, a ideia parece ter “pernas para andar” e foi anunciada esta quarta-feira pelo presidente do Marítimo durante a 3ª Conferência do Movimento Associativo.

“Fizemos um protocolo com a escola Francisco Franco a vamos fazer o arrelvamento sintético daquele campo mas não retirando qualquer hora de trabalho aos alunos naquele espaço. A escola não perde uma hora e nós vamos ser utilizadores”, anuncia Carlos Pereira, revelando também que o Marítimo vai abrir uma secção de mar e ainda que o clube terá também golfe “no estádio dos Barreiros.”

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Paisagens de cortar o fôlego, tranquilidade, hábitos e costumes de outros tempos. O que é que os habitantes da Ilha têm e estão dispostos a partilhar? Descubra tudo sobre esta peculiar freguesia é o desafio lançado pelo roteiro ‘O nosso povo, a nossa marca’.

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Foto Visit Madeira

Pode até ser banal nas localidades mais rurais, mas para muitos dos que vivem na cidade a possibilidade de molhar os pés num riacho límpido, meter as mãos na massa e confecionar um pão ou arrancar uma batata da terra vale ouro. E são precisamente experiências como estas que a freguesia da Ilha se propõe partilhar através do roteiro ‘O nosso povo, a nossa marca’.

António Trindade, presidente da Casa do Povo da Ilha, descreve o roteiro apresentado recentemente como “uma experiência única”, um “produto turístico genuíno e natural” que visa promover as vivências das tradições da freguesia de Santana e que assenta em segmentos como a gastronomia, ambiente, artesanato e a agricultura.

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Foto Casa do Povo da Ilha

Passar um dia na Ilha, experienciando a gastronomia tradicional, visitando explorações agrícolas, confecionando pão, entre outras atividades é possível pelo valor de 30 euros. O roteiro inclui ainda a participação em workshops de dança tradicional madeirense, experimentação da confeção de pão caseiro e um piquenique na Achada do Marques, numa operação que envolve diversas entidades e muita população local.

O roteiro deve estar em prática já no próximo mês de Julho, sendo que as inscrições individuais ou em grupos devem ser encaminhadas para a Casa do Povo da Ilha. Publicada está já uma versão em papel do roteiro turístico da Ilha, um documento que dá a conhecer todas as mais valias deste pequeno território situado em pleno coração da natureza.

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No Alentejo, a produção e transformação de figo da índia (tabaibo) é uma aposta em curso; empresa local tem sucesso na venda do produto como fruta fresca ou em polpa e das suas sementes produz óleo para fins cosméticos.

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Conhecidos na Madeira como tabaibos, o consumo dos figos da Índia pode ter caído em desuso por cá, mas no Alentejo há quem aproveite o fruto para os mais variados fins.

Teresa Laranjeiro estabeleceu-se perto de Arraiolos. Possuía uma quinta que queria rentabilizar e assim surgiu a Cactus Extractus. O projeto ‘nasceu’ há cerca de quatro anos para dar “rentabilidade à quinta que estava parada” e a escolha do figo da índia aconteceu “quase por acaso”, conta a empresária que diz ter chegado “à agricultura vinda da informática e da gestão”, mas ter revelado em si “a vontade de viver de e para a terra”.

Atualmente, a  CactusExtractus produz polpa de figo da índia e óleo das sementes: produtos biológicos 100% fabricados,  produzidos em Portugal e procurados sobretudo pelas indústrias alimentar e de cosmética biológicas.

Teresa Laranjeiro prevê produzir este ano cerca de uma tonelada de figos da índia, uma parte para vender como fruta fresca e a restante entra na sua fábrica para transformar o fruto em polpa e as sementes em óleo.

A produção deste óleo exige quantidades enormes de sementes, equipamento muito específico e muitas horas de mão-de-obra. O produto pode ser comprado na loja on-line da CactusExtractus. É distribuído em frascos de 15ml, em porcelana preta, com aplicador de roll-on e diz-se que faz maravilhas à pele inclusive no combate ao acne.

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Foto RCM pharma

Mede apenas 2,5 centímetros, dispensa incisão cirúrgica e foi estreado segunda-feira em Portugal. Três doentes cardíacos do Hospital de Santa Cruz, em Carnaxide (Oeiras), foram dos primeiros nove pacientes ao nível mundial a serem tratados com o pacemaker mais pequeno do Mundo.

Foto RCM pharma
Foto RCM pharma

O Hospital de Santa Cruz, em Carnaxide, Lisboa, implantou pela primeira vez em Portugal o pacemaker mais pequeno do mundo, tornando-se um dos centros pioneiros a providenciar este novo dispositivo aos seus pacientes.

Segundo a equipa médica que procedeu ao procedimento, este implante marca uma nova etapa no tratamento das arritmias cardíacas já que é implantado diretamente no coração através de um procedimento minimamente invasivo, não sendo necessária incisão cirúrgica no peito e reduzindo o tempo de recuperação dos pacientes.

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É o tema do momento no desporto da Madeira: a intenção do União em jogar no estádio dos Barreiros na próxima época, agora que o clube está de volta à Primeira Liga. O AgoraMadeira destaca alguns dos pontos mais relevantes da Resolução 551/2009 de 30 de Abril que agora voltou a estar na ordem do dia.

 

  1. O Cessionário (Marítimo) compromete-se a assegurar a afectação permanente do Estádio dos Barreiros aos fins de interesse público que justificam a cessão, sob pena de reversão do imóvel cedido.
  2. O Cessionário compromete-se a facultar a utilização do complexo desportivo existente e a construir, designadamente para efeitos de realização de eventos e actividades de interesse público, sempre que essa utilização seja requerida pela Cedente.
  3. Para efeitos do disposto no número anterior, o Cessionário compromete-se a garantir a utilização do complexo desportivo a erigir em eventos desportivos e culturais de âmbito regional, nacional ou internacional, designadamente:
  4. A Festa Anual do Desporto Escolar, incluindo todas as sessões de preparação e ensaio geral da mesma;
  5. A Festa Anual dos Jogos Especiais, incluindo todas as sessões de preparação e ensaio geral da mesma;
  6. Os eventos desportivos impostos pela qualidade de recinto desportivo alternativo de outros clubes que participem em competições nacionais;
  7. As competições em que estejam envolvidas selecções regionais ou nacionais;
  8. A final da Taça da Madeira;
  9. Os jogos das selecções regionais e nacionais;
  10. Os eventos desportivos de carácter regional, nacional, europeu ou mundial;
  11. A comemoração por ocasião da noite do Fim do Ano;
  12. Outros eventos e/ou actividades qualificadas como de interesse geral pela Região Autónoma da Madeira.

w) O Club Sport Marítimo da Madeira obriga-se a assegurar a afectação permanente do Estádio dos Barreiros aos fins de interesse público que justificam a cessão.

x) Enquanto contrapartida da cessão definitiva e gratuita e com vista a assegurar a necessária prossecução do interesse público, o Club Sport Marítimo da Madeira ficará adstrito, perante a Região Autónoma da Madeira, a um conjunto tipificado de obrigações e encargos.

y) O incumprimento pelo Club Sport Marítimo da Madeira das obrigações e encargos a que fica adstrito para com a Região Autónoma da Madeira determinará a reversão do Estádio dos Barreiros para o domínio privado da Região Autónoma da Madeira nos termos legal e contratualmente estabelecidos.

z) A Região Autónoma da Madeira não se demitirá das funções de acompanhamento e fiscalização da afectação do Estádio dos Barreiros a um fim de interesse geral e público.

bb) A deliberação de cessão definitiva do Estádio dos Barreiros ao Club Sport Marítimo da Madeira está compreendida no leque de atribuições da Região Autónoma da Madeira e, portanto, no conjunto de fins de interesse público reconhecidos por lei à Região, em matéria, designadamente, de infra-estruturas, espectáculos, divertimentos públicos, desporto e turismo (cf. alíneas d), i), r), s) e t) do artigo 40.º do Estatuto Político-Administrativo da Madeira).

g) A Região Autónoma da Madeira assegura, nos termos do contrato de cessão, o direito de utilização do Estádio dos Barreiros em eventos considerados de interesse geral.

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Filipe Rebelo / Presidente da delegação regional da Associação Portuguesa de Deficientes

Quando era criança tinha muitos sonhos, mas tinha um que me marcava em particular: estar numa final da Taça de Portugal.

Todos os anos quando dava na televisão ficava agarrado a ela, vendo o entusiasmo dos adeptos, o barulho que os mesmos faziam através das suas claques, os descampados cheios de pessoas a fazer as suas merendas…

Expressando sempre a minha vontade de um dia lá ir! Esse dia chegou e, o sonho realizou-se! No dia 31 de Maio de 2015, lá fui eu a caminho do Jamor. Quando la cheguei era mesmo o sonho para qualquer adepto de futebol, como tinha “pintado na minha cabeça”. Uma multidão a puxar pelas suas equipas antes do jogo , os feirantes a mandar piropos, lindo de se ver , uma foto ali, uma foto com a malta de todos os lados, uma foto original para marcar os momentos únicos das nossas vidas, porque temos de aproveitá-los.

Dentro do estádio foi uma loucura total. Só o facto de estar aqui a descrever o ambiente …já fico arrepiado! Os speakers a puxar pelas equipas, cânticos, coreografias, uma coisa lindíssima. E para complementar o sonho fui ao estádio de Avalade receber a equipa, onde estava uma grande multidão a cantar as nossas músicas, a fazer a famosa Onda Mexicana.

Quando a equipa chegou, foi o delírio total, mas o momento mais alto da noite foi a “invasão” pacifica ao relvado do estádio , simplesmente sem palavras! Obrigado Sporting … obrigado a todos os que me permitiram realizar este sonho. Um obrigado muito grande ao meu irmão Roberto que me ofereceu o bilhete. Com a vitória do meu Clube, Sporting Clube de Portugal, o sonho ficou ainda mais belo.

PS: Que para 2015/2016 a final seja Sporting– União da Madeira. Isso seria a cereja no topo do bolo!

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FOTO LUSA

O proprietário de uma farmácia do Porto vai pagar 56.250 euros de indemnização à ex-diretora adjunta do estabelecimento por assédio moral, alegadamente cometido após descobrir que ela pretendia engravidar.

FOTO LUSA
FOTO LUSA

A farmacêutica alegava ter sido insultada, humilhada, gozada e colocada, durante sete meses, sozinha na cave, sem luz, ventilação, janelas ou cadeira.

Entre 2012 e 2014, a farmacêutica – que entretanto foi mãe – alega ter sido insultada, humilhada, gozada pelo patrão e colegas e colocada, durante sete meses, sozinha na cave da farmácia onde não havia luz, ventilação, janelas ou cadeira e a fazer a contagem física de ‘stocks’ (encomendas com 17 quilos).

Para além da indemnização, o dono da farmácia retirou os três processos disciplinares à ex-diretora adjunta e fez-lhe um pedido de desculpas público.

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O antigo presidente da Confederação Brasileira de Futebol está a ser investigado. Ricardo Teixeira é suspeito de quatro crimes, incluindo lavagem de dinheiro, confirmaram as autoridades brasileiras.

A Polícia Federal indiciou Ricardo Teixeira pela prática de lavagem de dinheiro, evasão de divisas, falsidade ideológica e falsificação de documento público, num relatório produzido em janeiro, tornado público esta segunda-feira, pela revista ‘Época’.

 Segundo o relatório da Polícia Federal, citado pela revista Época, Ricardo Teixeira, de 67 anos, movimentou, durante o período em que esteve à frente da organização do Mundial de Futebol de 2014, elevadas quantias, consideradas “atípicas” pelo Conselho de Controle de Atividades Financeiras (COAF). Em causa, mais de 464 milhões de reais (147,3 milhões de euros).

Ricardo Teixeira assumiu a presidência da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) em 1989, cargo ao qual renunciou em 2012 supostamente pressionado pelas suspeitas de corrupção.

 

O dirigente foi antecessor de José María Marín, atual vice-presidente da CBF, que foi detido, na semana passada, na Suíça.

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O Mercado Quinhentista está de regresso a Machico. Este projeto sociocultural visa a recriação histórica das vivências coletivas da capitania madeirense nos primeiros anos de Quinhentos e tem sido uma aposta ganha.

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O copo de barro, com a marca do Mercado Quinhentista, já sobrevive há 4 mercados. Não há melhor forma de saborear um sumo, uma sangria fresca ou o que quer que seja!

Sentamo-nos na escadaria em cimento, junto ao mar e ao palco da cidade, ao final da tarde, disputando, o nosso pequeno grupo, um espaço entre a multidão e fazendo figas para que os tremoços, servidos à moda quinhentista, numa folha de couve, cheguem intatos ao destino.

À nossa frente, desfilam cuspidores de fogo, bobos da corte, plebeus e domadores de águias. O ambiente é delicioso e deixámo-nos encantar pelo som contagiante das gaitas de foles. Há crianças que parecem enfeitiçadas pelo ritmo, dançando entusiasticamente, vendedores ambulantes, artesãos, soldados e banquetes ‘improvisados’ no meio da rua. Assim foi no ano passado, mas o cenário está de volta a Machico já nos próximos dias 5, 6 e 7 de Machico. Sem dúvida, uma experiência a repetir.

Desembarque  no próximo sábado

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Clique para ver o programa do Mercado

O “Mercado Quinhentista” é um projecto sociocultural organizado pela Escola Básica e Secundária de Machico e pelo Município de Machico cuja primeira edição aconteceu em 2006. O sucesso desta iniciativa depende também do grande envolvimento da população e da participação ativa das associações culturais e de diversas instituições sociais e de ensino do concelho.

Através da recriação histórica das vivências coletivas da capitania nos primeiros anos de Quinhentos, Machico pretende sensibilizar para “a defesa da nossa identidade cultural, valorizando-a no contexto do património histórico português”. Uma aposta ganha que tem vindo a convencer cada vez mais madeirenses e visitantes.

Relembre o Mercado em 2014