Até ficámos gregos!!

Ah e tal, Portugal não foi amigo da Grécia e consta que tentou inviabilizar um compromisso relativamente ao prolongamento da assistência financeira a Atenas. Mas o índice de dores de cabeça que os gregos já nos provocaram também é crónico e até mesmo histórico.

Note-se, fiquei muito contente e entusiasmado com o nascimento de uma nova era politica na Grécia. É refrescante e pode ser decisivo para os menos influentes, como é o nosso caso. Contudo, os gregos mereciam uns tau taus.

Em 1985 vetaram contra o alargamento da comunidade Europeia, quando Portugal estava a um pequeno passo de entrar. Em 2004 fizeram a festa em nossa casa. Até ficámos gregos! E eu chorei nesse dia e deixei de comer iogurtes gregos. Porque da mesma maneira que derrubaram o nosso melhor do mundo eu também tinha que acabar com o deles.

Confesso que tenho algumas saudades e que de vez em quando não resisto em provar um, mas liquido e bem agitado, como no Parlamento Europeu! Adoram iogurtes gregos!

Em suma, contra factos não há argumentos e a história é madrasta no que toca a nossa relação com a Grécia. Ora vejamos, no longínquo ano de 469 antes de Cristo, nascia em terras helénicas um senhor de seu nome Sócrates, um dos fundadores da filosofia ocidental. Ilustre filósofo, que milénios mais tarde,  provavelmente inspirou um homónimo, recém filósofo, que quando confrontado com a razão, aplicou o mesmo pensamento: ” Só sei que nada sei…”