Amostras de ADN de 78 pessoas recolhidas
As entidades de Marselha anunciaram, ontem, que foram isoladas amostras de ADN de pelo menos 78 pessoas no local da queda do Airbus da Germanwings, nos Alpes franceses.
As amostras serão comparadas com as cedidas pelas famílias que se concentram provisoriamente nas cidades próximas ao local do desastre.
Porque os corpos estão fragmentados em função da velocidade da aeronave do impacto, a mais de 600 km/h, poucos são os pedaços que seriam maiores que uma mala, anunciaram as entidades no terreno.
Entretanto, transcrições da caixa-preta de voz, divulgadas pela imprensa internacional, dão conta de que o piloto do voo, Patrick Sonderheimer, gritou desesperadamente para o co-piloto Lubitz, trancado na cabine.
A hora e meia de gravação resgatada também revelou como o capitão, às 10h27m e a 11.600 metros de altitude, pediu ao copiloto para começar a preparar a aterragem em Düsseldorf. Lubitz responde, entre outras palavras, com um “vamos ver”, logo depois de o piloto sair da cabine. A altura começa a diminuir lentamente.
Às 10h32m, a gravação regista o sinal de alarme automático de perda de altitude. Imediatamente ouve-se um forte golpe, como se alguém tentasse abrir com um chute a porta da cabine, e a voz do capitão Patrick Sondenheimer gritando: “Pelo amor de Deus, abre a porta!”, com gritos dos passageiros ao fundo.
Às 10h35m, quando o avião ainda estava a sete mil metros de altura, a gravação registou “ruídos metálicos fortes contra a porta da cabina” como se ela estivesse sendo golpeada. Noventa segundos depois, com o Airbus a cinco mil metros de altitude, um novo alarme é ativado, e é possível ouvir o piloto gritar: “Abra essa maldita porta!”.
Às 10h40m, o aparelho toca a montanha com a asa direita e, de novo, são ouvidos gritos dos passageiros. Foram os últimos sons registrados pela caixa-preta.