Albuquerque anuncia acordos com outros partidos em várias frentes
O Programa do Governo Regional para os próximos quatro anos foi aprovado esta manhã em plenário com os votos favoráveis do PS, abstenção do CDS e do JPP e votos contra do PS, PCP, BE, PND e PTP.
Foi com a promessa de muito trabalho sempre com grande diálogo, humildade mas também enorme determinação, que Miguel Albuquerque direcionou o discurso final em plenário após discussão de três dias do novo Programa do Governo Regional.
“Quero reiterar a minha satisfação com a forma como este debate decorreu e dizer que estamos conscientes das dificuldades que temos pela frente mas estamos convencidos que vamos cumprir com o que os madeirenses e os portosantenses desejam”, começou por assegurar o presidente do Governo Regional, admitindo que os acordos previstos com os restantes partidos vão bem mais além do tema do novo hospital.
“O Governo está consciente que existem matérias essenciais para o futuro da Região que devem ser objeto de acordos com as outras forças parlamentares, tais como a questão do novo hospital, do novo regime fiscal para a Região, das novas acessibilidades para assegurar a continuidade territorial, e, por fim, na questão da revisão dos juros”, anunciou Miguel Albuquerque, sublinhando: “São questões fundamentais que estão acima dos interesses dos partidos políticos pois estamos ao serviço do povo madeirense. Numa democracia moderna, não devemos ter receio de encontramos os acordos necessários”, realçou.
O governante deixou a garantia de que a Madeira vai cumprir com as metas do PAEF, à custa de um grande rigor na despesa pública e a este respeito deixou uma certeza: “Os bons resultados a este nível vão permitir que a Região se possa financiar no mercado. Esta possibilidade será o retomar da nossa autonomia financeira!”
No próximo orçamento, Miguel Albuquerque garantiu que será apresentado um desagravamento fiscal no âmbito do IRS para as familias mais carenciadas, já em relação ao turismo, “indústria decisiva e estrutural da Madeira”, ficou a intenção de ligar o setor a todos os setores de atividade da Região.
O tema Centro Internacional de Negócios foi também bastante focado, com o líder do executivo madeirense a manifestar confiança no trabalho que tem vindo a ser desenvolvido junto do Governo da República, que “será decisivo para o futuro”, sendo que a ideia essencial para pela intenção de captação de mais investimento externo.
“O Centro Internacional de Negócios trouxe 123 milhões de euros de receita fiscal e 3 mil postos de trabalho qualificados”, recordou, daí ser “fundamental melhorar a promoção e trazer mais empresas.