A propósito

A propósito

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Sancho Freitas / Diretor financeiro do Marítimo

A propósito de economia…

Primeiro. Um teto máximo para as deslocações dos residentes é apenas uma das vertentes que devem nortear a análise da questão do transporte aéreo. Porque por avião chega também a “fatia de leão” dos turistas que nos visitam. E para esses não há tetos. Uma companhia aérea controlada pela Região é essencial para termos uma palavra a dizer nesta matéria. Pensada e bem dimensionada. Caso contrário, só nos restará afinar pelo diapasão dos outros. Numa questão crucial para o nosso desenvolvimento.
[PS: Esta semana a SATA disponibilizou 50.000 lugares a € 66 entre o Continente e os Açores]

Segundo. A assembleia municipal de Câmara de Lobos autorizou a CM a colocar em hasta pública o edifício Torre Bela, bem no centro daquela cidade-vila. Para ali se instalar um hotel com algumas dezenas de quartos. Um passo decisivo no caminho traçado pela edilidade para que o coração do concelho não seja apenas um ponto de passagem para aqueles que o visitam. A ideia é utilizar a receita para reabilitar o centro da vila, que tem tudo para ser ainda mais pitoresco. O esforço da autarquia é assinalável e merece o apoio do Governo Regional. Porque beneficia toda a Região. Digo eu.

A propósito de política…

Primeiro. “Renovação” foi o lema da campanha que conduziu Miguel Albuquerque à liderança do Partido e do Governo, que começa agora a galgar dos manifestos para a prática. Mas antecipada em mais de um ano em Câmara de Lobos. A gestão autárquica do concelho é um exemplo a seguir. Novas pessoas, jovens, competentes e motivadas. Dinâmica constante. Ambição na dose certa. A própria oposição já se rendeu e não o esconde. Nas autárquicas de 2013 a mais profunda “Mudança” deu-se em Câmara de Lobos.

Segundo. Até há um mês atrás, Alberto João Jardim, pelas suas ações, omissões, opções e opiniões, funcionava como azimute de toda a política regional. O seu estilo ditava o estilo dos demais, no seu Partido e no dos outros, no seu Governo e na oposição. Com a sua saída assistimos a imperativos reposicionamentos. Dificilmente voltaremos a ter uma política tão temperamental.

Terceiro. Mais dúvidas se me levantam sobre como se posicionarão, de ora em diante, os dois jornais diários, fator crítico para o seu sucesso editorial, e mais importante ainda, enquanto projetos comerciais. Presumo que os próprios ainda as terão. Porque, também neste caso, AJJ era o polo que os atraía ou repelia. Para já temos Miguel Albuquerque a escrever no DN. A seguir.

A propósito de nada…

“Eu quase esperei”. Frase atribuída a Luis XIV, que reinou em França a partir de 1643. Dizia-o mesmo quando verificava que todas as suas carruagens chegavam à hora marcada. Ficava vincada a sua marca absolutista e a visão que tinha de si mesmo. “O Estado sou eu” também é da sua autoria.