A propósito

A propósito

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Sancho Freitas / Diretor financeiro do Marítimo

A propósito de política…

Primeiro. Em Janeiro passado AJJ pediu a demissão. Mas muito antes disso já o Governo Regional se encontrava “em gestão”. Demasiado tempo antes. Por circunstâncias várias, desde a assinatura do PAEF que a governação estava centrada mais no “reagir” do que no “agir”. O início de um novo ciclo era uma necessidade premente. Desse prisma, é um alívio.

Segundo. Felizmente ganhou o PSD. Seguramente que por mérito próprio. Mas também porque, ao contrário do que se diz, a oposição foi capaz de se unir em bloco. Todos – e eram “mais que muitos” – apregoaram aos eleitores, de uma forma ou de outra, que não estão preparados para governar. Que lhes falta projeto, consistência e coerência e, não menos importante que tudo isso, quadros capazes. À oposição não se lhe vislumbrava qualquer rumo. E os madeirenses não embarcaram.

Terceiro. Miguel Albuquerque quer que a atividade política se centre na Assembleia Legislativa. Pretenderá, digo eu, que a ALM assuma o papel que é seu por Direito. Com “D” forçosamente maiúsculo. Faz sentido que assim seja. Mas é arrojado. Desde logo porque a nossa ALM sempre esteve longe de exercer as bastas competências que a Lei lhe confere. Nunca atingiu a maioridade. Mas também porque a maioria está presa por um deputado. Alguns deles nossos conhecidos.

A propósito de economia…

Primeiro. Anunciada está a privatização do Jornal da Madeira. Antevejo que um investidor local, associado a um player com experiência no sector, de dimensão nacional, ambos dispostos a suportar os encargos de uma fase de transição certamente deficitária, podem fazer do JM um projeto empresarial de sucesso. A acompanhar.

Segundo. Quem, na nomenclatura do Governo Regional, pensa a economia, deve pensar também o turismo. Pelo menos tenho para mim que assim deveria ser.

A propósito de nada…

Para efeitos de maioria absoluta, “mais de metade” não é a mesma coisa que “metade mais um”.

Num grupo de 47, “mais de metade” são 24, mas “metade mais um” são 25. Isto porque metade são 23,5. “Metade mais um” seriam 24,5, valor que, arredondado, resulta em 25.

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