A banca de investimento

A banca de investimento

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Pedro Trindade / Economista

Hoje a minha opinião vai centrar-se na separação (ou não) entre o que é a banca comercial e a banca de investimento. A banca comercial, já lá do tempo dos agiotas do império romano, recebe depósitos tanto de singulares como de pessoas colectivas e concede empréstimos a outros mesmos singulares e colectivos. Uma operação simples e milenar como me disseram uma vez, uma “roda” que “já foi inventada”.

Até aqui tudo bem, se esta actividade for bem regulada tem tudo para funcionar mais ou menos bem (confesso ser muito céptico em relação a qualquer tipo de banco). Quando ouvimos  aquele clichê de economista, ” não há economia sem sistema bancário”, é deste sistema da banca comercial que se está a falar.

No entanto, aqui há bem pouco tempo, assim entre o séc. XVIII e séc. XIX, uns espertinhos decidiram criar as instituições chamadas bancos de investimento, que vêm para aí fazer um tipo de actividade que nada tem a ver com a banca comercial. O que estes tipos fazem é convencer as pessoas (singulares e coletivas) a retirarem o seu dinheiro da banca comercial e a comprarem produtos financeiros complexos, com rentabilidades altíssimas, mas depois vêm em letrinhas pequeninas, com riscos de insucesso altíssimos também.

Ou seja são autênticos Casinos de Las Vegas. E como nós sabemos até os casinos são controlados por super computadores que fazem nada mais nada menos do que roubar o dinheiro todo aos seus jogadores. E é esta a história da banca de investimento. O pior é que em muitos lugares do mundo banca comercial e banca de investimento fazem parte da mesma empresa.

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