Recordada e celebrada hoje em todo o País, a Revolução dos Cravos conta com 41 anos. Para quem não viveu este momento histórico, compilamos alguns dos sites onde pode aprender, recordar os filmes mais marcantes, as pinturas, as capas dos jornais da época e até um curso online.
Em resumo, o 25 de Abril de 1974 é definido como o dia em que o Movimento das Forças Armadas (MFA) derrubou o regime de ditadura, instalado por 48 anos em Portugal, pondo fim ao isolacionismo a que o País esteve condenado e restituindo a liberdade ao seu povo. Mas, saber mais sobre este momento histórico é sempre uma vontade, especialmente da população jovem que não viveu a Revolução.
Graças à Internet e às novas tecnologias viver o 25 de Abril é bem mais fácil. No site da organização Associação 25 de Abril (A25A), por exemplo, é possível encontrar uma panóplia de informações que vão de dados históricos, a filmes e documentários, pinturas até um curso de história contemporânea, com cinco módulos. A página disponibiliza também alguma informação sobre o pós 25 de Abril.
Outro trabalho igualmente interessante são as capas dos jornais e das revistas que noticiaram a Revolução do 25 de Abril de 1974, sendo que nem todas as primeiras páginas foram publicadas no dia seguinte à Revolução, conforme alerta o jornal Correio da Manhã responsável por esta edição.
Comemorações de Abril
As comemorações do 25 de Abril repetem-se por todo o País. Na Madeira, o momento foi histórico: dez anos depois, o parlamento regional voltou a comemorar esta efeméride com declarações de deputados de todos os partidos.
As sessões solenes estenderam-se às autarquias, o Funchal chamou Camané para celebrar a Revolução e muitas entidades associaram-se às comemorações com iniciativas privadas. Entre elas, a Confraria dos Cavaleiros da Tábua Redonda que convidou o alferes de Abril, José Júlio, a dar o seu testemunho de como viveu por dentro o processo de conquista da liberdade, um evento que juntou 80 pessoas.
Na capital do País, o presidente da República, Cavaco Silva, apelou a “uma reflexão séria e serena sobre os grandes desafios que o país terá de enfrentar”, naquele que foi o seu último discurso da sessão solene das comemorações da Revolução dos Cravos enquanto chefe de Estado
Já a presidente da Assembleia da República, Assunção Esteves, considerou hoje, durante as comemorações do 25 de Abril, no Parlamento nacional, que “Abril é a celebração da política como liberdade que se exerce, como esperança, como força emancipadora. Que nos diz que somos senhores do nosso destino e autores do mundo”.
Num ano em que se voltou a assinalar intensivamente o 25 de Abril, celebrar é também conhecer melhor a Revolução dos Cravos.